quarta-feira, 30 de março de 2011
Relato Carmelitana dia 30/03
Muitas expectativas e uma certa ansiedade também. Cheguei lá por volta das 14:00h, o professor Davi estava em sua hora de almoço. Dentro de 30 minutos mais ou menos ele chegou e me colocou a par do que iria acontecer durante a tarde na escola. Fui apresentado a diretora da escola, - não lembro o nome agora - que por sinal mostrou ser uma pessoa muito simpática e envolvida com as questões artísticas que são desenvolvidadas na escola. Senti disposição da parte dela. Ele me apresentou também a professora de Artes, Cristina. Ao conversar com ela, ela me falou sobre outros projetos ao qual a escola está envolvida, como: o Mais Educação, onde serão oferecidas oficinas aos alunos no turno oposto ao de suas aulas. A idéia é de permitir que o aluno fique em tempo integral na escola. A abertura desse projeto será agora no dia 04/04, pela manhã e tarde. Existe também o Projeto Sinaleira, onde jovens que trabalham em sinaleiras e por isso acabaram abandonando os estudos ou então sofrendo dificuldades para se desenvolverem normalmente nas aulas, tem uma nova oportunidade. Não estou muito inteirado desse projeto ainda. Existe ainda um projeto de abertura da escola aos finais de semana para a comunidade, com cursos de corte e costura, tricô, etc...
Mas retornando ao que foi desenvolvido hoje. Hoje foi um dia em comemoração ao aniversário de 462 anos da cidade de Salvador. Davi preparou uma apresentação com a escola toda. Foi ensaiado com os meninos o Hino da Cidade do Salvador. Os meninos do 4º e do 5º ano ensaiaram a letra toda e os demais apenas o refrão. Senti apenas um certa relutância nos meninos do Projeto Sinaleira. Davi, com muito esforço, conseguiu a bandeira nacional, a bandeira estadual e a bandeira municipal, que foi estendida por 4 alunos, cada. A idéia é de que coloquem logo mais os 3 mastros. Hino ensaiado, letra na mão, meninos e meninas perfilados, peito estufado. Por volta das 16:15h, a diretora iniciou um pronunciamento, contando um breve história da fundação de Salvador - gostei muito. Depois, Davi colocou um cd com o hino, para dar suporte a meninada. Foi muito interessante, todos cantaram bem e com entusiasmo. É verdade que alguns alunos estavam meio agitados e dispersos, principalmente o 3º ano, e existiam ainda alguns casos específicos de 2 ou 3 meninos que não obedeciam aos professores.
Mas para mim o ponto forte foi a interdisciplinaridade que rolou. Ponto este que faz parte do projeto pedagógico da escola. Ao mesmo tempo em que a música ia se desenvolvendo ali, ainda tinha a aula de Geografia, com reconhecimento das bandeiras, da nação, do estado e do munícipio e a aula de História, através do relato da fundação da cidade pela diretora. Mas o que mais me chamou a atenção foi o trabalho de desenvolvimento, já na tenra idade, de reconhecimento da cidadania. Esse talvez seja o maior fruto que eles tenham colhido nessa tarde.
No mais, conversei bastante com Davi e Cristina. Suas idéias sobre o plano de curso bimestral (Promover uma reflexão a partir do som e do ritmo, apreciando e percebendo esses valores na vida cotidiana das pessoas, elevando a auto-estima, cuidando do meio ambiente e preservando a natureza como saúde musical) e sobre o plano de trabalho dele. Percebi uma interação entre o meu plano e o dele.
Saí de lá por volta das 17:15h, com muita coisa pra contar!
Ps:. Aí vai o blog do escola, http://educarmelitana.blogspot.com/ - vale a pena dar uma conferida!
terça-feira, 29 de março de 2011
Relato Santa Bárbara dia 24/03
Bom dia amigos,
Este é o meu primeiro relato do encontro com o professor Maurício e nossa colega Ísis na Escola Santa Bárbara no dia 24/03. Não estava conseguindo postar, mas aí vai!
Minha primeira impressão foi realmente boa. Claro que a primeira mesmo foi a do portão principal que estava quebrado e o da entrada do parque que estava ameaçando cair em cima de algo ou alguém, mas isso é um detalhe que já estamos acostumados a passar por cima. O que importa mesmo é que fomos muito bem recebidos por todos. Talvez por já estarem acostumados com os “aspiras” de música circulando pela escola, não foi nenhuma surpresa para os funcionários quando perguntei onde o professor de música estava. Já me indicaram e claramente percebi que todos já sabiam quem eu era – o porteiro, inclusive, já sabia meu nome.
Apresentações preliminares à parte, cheguei na sala da direção e me encontrei com Maurício e Ísis. Não houve aula no primeiro horário. Maurício foi explicando o funcionamento de algumas coisas da escola e das turmas e, então, fomos para a aula de 8:50h do 3º ano C.
Fomos apresentados à turma e sentamos no canto da sala, junto com os meninos. O título da música que Maurício ia trabalhar já foi uma observação interessante. A idade que “se espera” que os alunos do 3º ano tenham seria exatamente o título da música a ser trabalhada, mas uma música chamada “oito anos” talvez não retrate a realidade do 3º ano no Santa Bárbara (e sabemos que não apenas lá...). Afinal de contas, diria que apenas um terço da turma levantou a mão quando Maurício perguntou quantos tinham os oito anos da música. Quando foi perguntando quantos tinham nove, dez, onze, doze ou treze os outros dois terços se manifestou. Treze, por sinal, foi um chute de Maurício talvez propositalmente alto, mas para minha surpresa um aluno levantou a mão.
Após o banho de realidade Maurício pediu que os meninos identificassem os instrumentos da música proposta e aos poucos as respostas iam surgindo. Deu para ver que a variedade de instrumentos conhecidos não era muito grande, mas isso é normal especialmente nessa idade.
Outro ponto interessante da aula foi a dificuldade dos meninos em identificarem a letra da música. É mais fácil identificarmos palavras com as quais estamos familiarizados, os meninos obviamente entenderiam a significado se nós cantássemos para eles, mas ao ouvir a gravação eles não identificaram o poema.
Após mais algumas atividades, fomos para o 4º ano. Ao entrar na sala deu pra perceber que os alunos eram mais entrosados, que a turma já se conhecia há algum tempo. Isso porque a quantidade de brincadeiras entre os meninos era muito maior e, com isso, o grau de agitação da turma também. Bom “aspira” que sou, copiei a música “Bolacha de Água e Sal” no quadro enquanto Maurício colocava a música para os meninos irem escutando. Ele tinha feito um comentário sobre o nível de alfabetização da turma e percebi que mesmo com minha letra no quadro eles, de modo geral, leram com bastante facilidade o que estava escrito.
A música foi tocada mais algumas vezes e após algum tempo Maurício pegou o violão e acompanhou os meninos, mas como a agitação da turma era maior que a anterior, as atividades iam em um ritmo mais lento, mas sem problemas maiores. Houve ainda uma pequena conversa no final da aula porque um dos alunos bateu em outro. Tudo resolvido e fomos para o intervalo.
De volta à diretoria, conversamos sobre as aulas que tinham passado. Falamos também sobre os projetos da escola e um pouco mais sobre algumas experiências de Maurício. Depois da pausa fomos para a última aula do dia, no 5º ano A.
Fomos recebidos com gritos ao entrarmos na sala e Maurício, após as apresentações iniciais, anunciou o aniversário de alguém importante e perguntou quem poderia ser. Depois de palpites incríveis como Hebe Camargo, Ana Hickman, Dilma e Lula a cidade de Salvador foi apresentada como aniversariante. As referências dos meninos já incluem Dilma Rousseff e Lula. Vou me acostumando com o amadurecimento de cada idade, é uma questão de tempo...
Ísis distribuiu a letra da música “Fome Come” de Sandra Peres, Paulo Tatif e Luiz Tatif. Ao perguntar o nome dos instrumentos da gravação percebi um maior conhecimento dos nomes e timbres. Atribuí isso ao fato da turma já ter tido aula de música nos anos anteriores com o próprio Maurício. A resposta, na verdade, nem eu mesmo identifiquei. Era um groove massa com palmas e um copo na mesa. Esse groove, inclusive, prendeu a atenção dos meninos na hora. A interpretação da letra da música pode ser mais desenvolvida pelas respostas da turma e, naturalmente, pela maior maturidade dos meninos.
Voltamos para a coordenação e conversamos um pouco sobre a manhã, nossas aspirações com o ensino de música e nosso plano de trabalho. Eu, sinceramente, ainda não tinha amadurecido a idéia de meu plano, mas como Maurício foi favorável à minha proposta inicial de trabalhar trilhas sonoras e a integração da música com outras linguagens artísticas, me empolguei um pouco mais para desenvolver algo nesse caminho.
Gostei do meu começo. Fiquei bastante feliz com o resultado e que venham as próximas semanas!
Aquele abraço!
PS: Primeiro relato é o lugar ideal para críticas e sugestões não apenas sobre o conteúdo, mas também sobre a formatação do texto para o blog!!
segunda-feira, 28 de março de 2011
Relato Carmelitana 28/03
Relato de atividades na Escola Carmelitana - 28/03/11
terça-feira, 22 de março de 2011
Eu e André chaves estivemos hoje na escola municipal Santa Bárbara para a nossa primeira observação, que não foi possível devido a suspensão das aulas por falta de água na escola.
Fizemos o reconhecimento do espaço físico e Participamos de uma pequena reunião com o professor Maurício Dórea para discutirmos o plano de trabalho, para conhecermos um pouco da realidade da escola e saber de Maurício quais eram os seus objetivos para que pudessemos a partir do parecer dele elaborar um plano de trabalho que atenda da melhor forma possível as necessidades da ecola Santa Bárbara.