segunda-feira, 30 de abril de 2012

Relato Santa Bárbara dia 24/04 - Onde está a água?

Por conta da falta de água em todo o bairro, só houve aula para a turma do grupo 5, a primeira da manhã, logo após, todos foram liberados para casa.

A aula transcorreu normalmente, cantamos canções já conhecidas da turma com todos marcando nas clavas. Inicialmente, Maurício pedia para marcarem apenas com uma batida, depois, ia paulatinamente alterando as células rítmicas, em duas batidas, três até chegar a quatro. Em seguida, cantamos Asa Branca e criamos uma batida nas pernas onde todos repetiram. E assim a aula se encerrou, nos despedimos de todos e fomos em direção as outras turmas, só que logo em seguida Maurício nos avisou que não haveria mais aula, então, fomos para casa.

domingo, 29 de abril de 2012

"Bolacha só de sal"



26 de abril de 2012
Cheguei para mais um dia de observações no Colégio Santa Bárbara com bastante sede e fui direto beber um pouco d’água. Foi quando percebi que mais uma vez não havia água na escola. Enfim...
Ao entrarmos na turma do 3° ano A, o professor percebeu que a sala estava bem cheia. Ele tinha a intenção de iniciar a aula com uma atividade de roda, mas o grande número de estudantes traria um pouco de dificuldade. Então começamos relembrado a música “Da maré”, onde todos cantavam juntos com o auxílio do violão tocado por Maurício. Também foram cantadas as músicas “o que é que está escrito” – onde foi realizada uma atividade de intensidade (forte, franco) – e “Sai preguiça”.
Dando sequencia a aula, foi colocada para ser ouvida a música “Bolacha de água e sal”. Foi pedido aos alunos que batessem palmas no som mais forte (marcar o andamento), depois distribuiu para a primeira fileira umas clavas, então, no lugar das palmas, bateriam um tempo com a clava e o outro com o pé, e assim foi feito uma fileira de cada vez.
Já no 3° ano B tivemos pouco tempo para a realização da aula. Os alunos estavam terminando de copiar a atividade do quadro por isso, começamos com atraso. Deu-se início às atividades com o professor cantado junto com os alunos as músicas “Da maré”, “Sai preguiça” e “O que é que está escrito” - onde foi feito um exercício rítmico com palmas e batidas com os pés. Em seguida começamos a ouvia a música “Bolacha de água e sal”, onde os alunos, no tempo da música, marcariam um tempo com uma palma e o outro batendo com o pé. Foi então que o Maurício mostrou que a mesma atividade poderia ser feita de forma diferente, quando fossem bater o pé, seria dado um passo para frente, e assim foi feito com alguns alunos como um treino para a próxima aula.
Foi um proveitoso dia de aula. As duas turmas realizaram bem as atividades.




sábado, 28 de abril de 2012

Uma aula musical


            “Quem se lembra da música que ouvimos semana passada?”, assim começou a aula de música do prof. Maurício na sala do 3º ano A. A música era “Bolacha de água e sal” e os alunos acertaram a resposta depois de algumas tentativas e lembranças de fragmentos da letra. Com a turma um pouco dispersa o professor então pegou o violão e começou a tocar suavemente a música “Da maré” e pediu que todos ouvissem os sons produzidos no ambiente e depois pediu que cantassem a melodia com lábios fechados e com a sílaba “UM” (boca chiusa). Em seguida Maurício tocou no violão apenas o início da música “O que é que está escrita” para que as crianças adivinhassem, depois de alguns chutes acabaram acertando e todos cantaram juntos acompanhados pelo professor. Na próxima música (“Sai preguiça”) Maurício insistiu na tática de fazer com que os alunos descobrissem qual era sem ele falar o nome ou cantar a música, e começou fazer alguns comentários a respeito da letra, logo depois ele passou a cantar estrofe por estrofe da música para que os alunos repetissem e depois todos cantaram juntos muito animados batucando nas cadeiras.
            Dando segmento, o professor propôs uma competição entre as filas, começou colocando a música “Bolacha de água e sal” para que todos apenas ouvissem e depois pediu que todos identificassem o som mais forte e batessem palma quando ele aparecesse, tarefa executada com facilidade. Seguindo, o professor distribuiu clavas para a primeira fila e pediu que os alunos dessa fila, no som forte, batessem alternadamente as clavas e os pés no chão, e a tarefa se repetiu em todas as outras filas sempre com a turma inteira batendo palmas quando cada fila executava a atividade, atitude motivada pelo professor que eu particularmente achei muito interessante por promover a integração e união da turma. Depois todos cantaram a música.
            Na sala do 3º ano B a aula teve início também com os alunos cantando acompanhados pelo violão do professor, as músicas foram “Da maré” e “Sai preguiça”. Na música “O que é que está escrito” o professor relembrou uma atividade já feita pela turma anteriormente, colocou a música pra tocar no som e pediu que os alunos, no fim de determinadas frases, batessem os pés seguidos de palmas.
            Em seguida Maurício fez uma atividade com a música “Bolacha de água e sal”. O professor pediu que, enquanto ouviam a música, os alunos batessem palmas e pés no chão junto com o som mais forte da canção. Depois disso Maurício demonstrou a turma outra dinâmica, na frente da sala ele andou dando passos junto com o som mais forte e chamou um aluno para tentar fazer a tarefa também. Os alunos se animaram, então o professor elegeu um representante de cada fila para fazer também, argumentando que na próxima aula todos os alunos fariam. Por fim, a turma ouviu e cantou junto a música!
            Ainda por conta da falta de água na escola, os alunos só tiveram aula até às 10:00 da manhã!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Marcando o pulso


Logo ao entrar na sala da turma do 3° ano A Maurício, o professor, já perguntou se lembravam da música trabalhada na última aula, depois de vários "chutes", lembraram da canção “Bolacha de água e Sal”.
Dando seguimento, cantaram a música “da maré”, percebendo que não lembraram, instantaneamente, o professor pediu que cantassem com boca “chiusa” – o professor explicou aos bolsistas que essa era uma técnica para ativar memória musical através da melodia – e continuou cantando as canções “o quê que está escrito” e “sai preguiça”.
O professor colocou a música “bolacha de água e sal” no som (grande parte da turma sem qualquer explicação da próxima atividade já começaram a bater o pulso corretamente). Com a atenção agora voltada para Maurício, explica a atividade que nada mais era o que eles já tinha feito: identificar o pulso da música batendo, alternadamente, os pés e as clavas.
A atividade foi feita, separadamente, fila por fila. Todos executaram a atividade com facilidade.
Na turma 3° B a aula foi menor por conta dos discentes que não haviam terminado de copiar a atividade de revisão da aula anterior que teriam avaliação no dia seguinte.
Seguindo o mesmo repertório da turma anterior cantando com acompanhamento do violão do professor, que ao terminar lembrou a atividade feita na última aula com a música “bolacha de água e sal”.
Agora, com a mesma música, Maurício propôs a turma uma nova atividade, que será realizada na próxima aula, batendo palma e dando um passo a frente. Pediu voluntários para realizar a atividade e todos que se dispuseram executaram corretamente. Chegando ao fim da aula.

Ritmando


A aula do 3° ano A foi iniciada com o pedido do professor para que os alunos escutassem todos os sons à sua volta (ventilador, colegas etc) conseguindo o silencio necessário para que os alunos cantassem `` A maré``. Em seguida foi tocada a introdução da música `` O que é que está ‘’escrito’’ para que os alunos tentassem adivinhar qual era a música e apenas um aluno foi capaz de reconhecer. Na sequência, a música foi executada com o trabalho de dinâmica (piano e forte) com grande sucesso.

A terceira canção trabalhada foi a canção da preguiça onde foi trabalhada a memorização da letra com alternância, ou seja, uma estrofe cantada pelo professor e a outra pelos estudantes.

Após essa primeira sequencia de atividades foi perguntado se eles se lembravam da música ‘’Bolacha de água e sal’’ e quais eram os ingredientes da bolacha e depois de escutar a canção marcando o som mais forte com a palma, o professor propôs um desafio entre as filas: executar a música utilizando as clavas, onde um tempo seria marcado com a clava e outro com o pé. A ideia de competição pereceu estimular muito a turma, e com poucas exceções a atividade foi facilmente executada. Um ponto interessante nessa atividade é que as clavas eram passadas para a outra fila após a atividade trabalhando a idéia de compartilhar o material. No início eles faziam silencio para ouvir a outra fila executar a tarefa mas com o passar do tempo houve um pouco de dispersão por estarem sem ocupação. O professor Maurício logo os chamou a atenção de que as outras filas escutaram com boa postura a execução dos demais. No final todas as filas são aplaudidas por eles mesmos desconstruindo, dessa forma, qualquer ideia de melhor ou pior que tenha sido mal interpretada e que a disputa não passou de uma atividade lúdica. Ao final, eles escutam novamente a canção e dançam ao som dela.

No 3° ano C entramos um pouco depois do horário pois os alunos ainda estavam copiando uma atividade da aula anterior. Começamos com a canção da``Maré’’ seguida da ‘’Preguiça’’ e da recapitulação de ‘’O que é que está escrito’’. Nessa turma, aquele estudante ao qual me referi no final do último post, tenta de alguma forma chamar a atenção de todos, ele passeia livremente pela sala como se quisesse obter a atenção que talvez não tenha em casa. Maurício sabe muito bem como lidar com ele e permite que ele se movimente e se expresse até o momento em que começa a interferir no bom andamento da atividade. Nesse momento ele é repreendido pelo professor que o lembra de que sempre o trata bem, que sempre o respeita , ao passo que ressalta qualidades como a ajuda que ele presta nas aulas. Ele se acalma mas em um dado momento ele se retira da sala, o que eu encarei como uma atitude de respeito com relação ao professor pois continuou com o seu comportamento inadequado fora da sala de aula.

Na sequência voltamos com a canção da Bolacha de água e sal com a proposta de marcar um tempo com a palma e outro com o pé. Foram chamados à frente da turma três alunos para que executassem a tarefa e demonstrassem para os colegas finalizando com a música cantada por toda a sala.

Por conta da falta de água mais uma vez tivemos que sair antes e aproveitamos para ouvir mais um pouco da experiência do Prof. Maurício na rede publica.


quarta-feira, 25 de abril de 2012

No ritmo da Asa Branca

Grupo 5

Mauricio iniciou a aula com a música de apresentação que foi cantada individualmente por todos. Logo depois foi cantada a musica do peixinho e do relógio que foi executada com ritmos nas clavas. No final da aula Mauricio nos pediu para cantar a música asa branca de Luis Gonzaga para que as crianças aprendessem a canção.
    Portanto, pude perceber que enquanto eu e os colegas cantávamos asa branca os meninos batiam os pés no ritmo da musica, alem de acompanharem certinho as atividades com as clavas. Acredito que seja possível obter bons resultado com essa turma, pois, é notável o desenvolvimento dos alunos em sala de aula.

Observação: não foi possível observar as outras turmas  em virtude da falta de água na escola.

Avaliações simultâneas e recíprocas


Essa segunda não foi dia de ver aulas, os alunos da Escola Carmelitana estavam todos em prova.Quando cheguei, os meninos estavam em fila para irem para as suas salas e o professor Davi ficava o tempo todo nos corredores repetindo a mesma frase: "Quero ver todo mundo tirar dez!"
Os meninos pareciam muito motivados a fazer a prova; parece assim que todos estavam preparados, a pergunta que não quer calar é: Como vão fazer a avaliação os alunos  do ensino fundamental que não sabem escrever?
Enquanto isso, nossa preocupação com o projeto "Todo dia é dia de leitura" não foi esquecida, e por isso e muito mais é que, além dos alunos da Carmelitana, nós professores e alunos do PIBID também estávamos fazendo um check-up dos conteúdos já ministrados e visualizando o que será passado daqui em diante. Percebi que quase tudo o que foi planejado foi transmitido com sucesso (Nossa! Como Davi é disciplinado...).

O chato é que os alunos que vieram de outras escolas e que não tiveram a mesma chance de aprender o conteúdo dos alunos antigos terão, infelizmente, que ficar com esta lacuna (a não ser que se esforcem para entrar no ritmo). Por outro lado, quem permanecer lá, terá desde cedo uma boa base de iniciação musical o que contribuirá, e muito, para um maior desenvolvimento de sua sensibilidade, bem como de habilidades que vão além da prática musical, indo para o cotidiano. Segundo Piaget: A alfabetização musical propicia uma construção interdisciplinar. A melhora dos conhecimentos é, assim, vista não como uma acumulação de saberes, mas como uma complexificação dos mecanismos intelectuais.

Swanwick também afirma que a avaliação deve ser processual e é fundamental observar, não só as habilidades, mas também o valor dos resultados alcançados pelos alunos. E isso só é percebido pelo diálogo e pela vivência, exigindo do professor uma atenção multiplicada por dez, além de ser um bom articulador de críticas. Sem dúvida, avaliar requer muita sabedoria e, neste ponto, tenho que concordar com a proposta do "NEOPROFESSOR" comentado pelo meu companheiro, Tiago, em um desses relatos que fiz. O conteúdo, neste caso, se torna apenas uma ferramenta para, na verdade, fazermos um gráfico do nível de aproveitamento que vai muito além da sala de aula e do conteúdo.

Nós do PIBID (E acredito que Davi também) aproveitamos esta oportunidade para ver se nós como eternos aprendizes de educação musical estamos aproveitando 100% do nosso potencial na transmissão de valores competências e habilidades para a futura geração de nosso país ser NOTA 10!!!!



terça-feira, 24 de abril de 2012

Pesquisa na Biblioteca


23/04/2012

Semana de provas

Nesta semana a Escola Carmelitana está em semana de provas, por este motivo não houve aula de música. Aproveite a semana para realizar uma pesquisa dos materiais disponíveis na biblioteca da escola. O professor Davi me deixou a vontade na biblioteca da escola.
Realizei a pesquisa dos livros didáticos junto com a professora Renivalda Roque do programa mais Educação.
Nesta pesquisa, tive acesso a matérias excelentes que se encontravam na biblioteca da escola. Dentre os materiais pesquisados o que mais me chamou atenção foi o CD Teka, (Cantigas Infantis).
Este material apresenta 120 canções da cultura popular.
Material com CDs de áudio e play-back das canções, e partitura cifrada no livro. Estarei usado este material nas aulas de música.

Quem gosta de bolacha de água e sal?

Colégio Santa Barbara dia 19 de abril de 2012.


Mais uma manhã de aulas se inicia. Nossa primeira turma do dia foi a do 3° ano A.
A aula inicia-se com a chamada onde nós, os bolsistas, ficamos atentos para ver se conseguimos guardar o nome dos alunos, mas, isso vai nos custar um pouco mais de tempo. A primeira atividade foi uma leitura a primeira vista usando-se uma tabela com as indicações: pé, dedo língua e mão.

X



X

Dedo


X


X
Língua

X



X
Mão



X
X


Após passar cada som com os alunos, o professor Maurício pedia para que se preparassem e apontava a coluna onde deveriam executar o som indicado na tabela. Eles tiveram muita dificuldade de realizar a tarefa, pois, não conseguiam em tempo hábil identificar onde estava o “X” e ler qual deveria ser o som a ser reproduzido. Foi então que o professor retirou dois elementos da tabela, ficando somente o Pé e o Dedo. Dessa maneira, os alunos sentiram mais facilidade, pois, decoraram cada posição e executaram a atividade de maneira satisfatória.
Para testar a capacidade dos alunos o professor inseriu mais uma coluna.  Um deles, Ezequiel, sugeriu a mão, e assim foi feito com a atividade seguindo sem maiores problemas.
Dando seguimento a aula, Maurício pediu para que os alunos ficassem em silêncio para que escutassem a música que será trabalhada durante o ano “Bolacha de água e sal”. Após a apreciação, foi perguntado se gostaram da música. A resposta foi positiva de toda a turma. Também foi perguntada qual parte da música eles se recordavam. Muitos lembraram de várias partes. Algo que me deixou surpreso, pois, nem eu captei tantas partes na primeira escuta.
Na outra turma da manhã, o 3° ano C, já inicia a aula com a apreciação da música “Bolacha de água e sal” e também foram feitas as mesmas perguntas da turma anterior. Desta vez, alguns poucos alunos declararam que não gostaram da música, um deles disse que não gostou porque a achou sem ritmo, argumento esse rebatido pelo professor e por outros alunos. Foi colocada novamente pra tocar a música onde foi pedido que eles identificassem o som mais forte e estralassem os dedos sempre que esse som aparecesse. O som mais forte era o do tambor e com o estralar dos dedos, ficou bem claro qual o ritmo da música.
A próxima atividade dessa turma foi a leitura a primeira vista da tabela, onde, com a experiência adquirida na turma anterior, inicio-se com apenas dois sons:

Língua
X

X

X


X

X

X

Depois que os alunos fizeram a leitura, fizemos a atividade acompanhado a música e em seguida, o professor abriu espaço no centro da sala e continuamos a tarefa só que dessa vez em círculo, todos de mãos dadas – professor, alunos e bolsistas – e girando em sentido horário.
Foi um dia proveitoso onde tivemos a oportunidade de conhecer duas novas turmas. A primeira tinha um pouco mais de facilidade de executar as atividades por estar mais familiarizada com as aulas de música. A segunda turma é formada por alunos na sua maioria, oriundos de outras escolas onde não tinham acesso às aulas de música.

Falta respeito, mas sobra comprometimento


Em virtude da falta de água na escola, só houve hoje, a aula do grupo 5. As turmas do primeiro e segundo ano, infelizmente ficaram sem aula; não só a de música, como a de outras disciplinas. Já é tão difícil manter as crianças na escola e oferecer-lhes uma educação de qualidade, por causa de uma série de outras questões, a comunidade escolar ainda tem que lidar com essa falta de respeito, pois, parte do bairro já está sem água a alguns dias, prejudicando as atividades escolares, bem como o cotidiano dos moradores das proximidades.
Mesmos assim, houve a aula dos pequenos.  Foi feita com eles uma atividade usando as clavas. Eles as batiam levantando as mãos para cima e depois as tocavam no chão. Em seguida cantamos a música “Cadê meu relógio que botei no chão”, fazendo vários ritmos diferentes. O interessante é que eles fizeram os ritmos de maneira satisfatória, algo que impressionou e deixou felizes o professor e os bolsistas. Por último Maurício tocou a música Asa branca e pediu para que nós, os bolsistas, a cantássemos para as crianças. Enquanto cantávamos, sem que fosse combinado de antemão, começamos a bater a célula do baião nas pernas. O educador aproveitou-se disso para realizar outra atividade com eles. Pediu-lhes para que fizessem o mesmo. O mais interessante disso tudo foi a resposta deles às solicitações do professor, realizando as atividades com qualidade; e a capacidade do educador de aproveitar elementos que surgiam na aula para o aprendizado dos alunos.

Uma verdadeira festa


Aula do dia 17/04/2012
O professor Maurício continuou avaliando os alunos do 2° ano, utilizando-se da atividade realizada nas últimas aulas, para ver o desenvolvimento deles em relação à leitura dos símbolos convencionados pelo educador. Nesse dia muitos não quiseram participar das atividades, tivemos que pular a ordem da caderneta. Rodrigo e eu ficamos responsáveis por conduzir a atividade enquanto Maurício concertava a caixa de som que era imprescindível para a realização da mesma. Algo interessante nesse momento é que um dos meninos mais “abusados” da turma se prontificou a participar. Estabeleci um pouco mais de contato afetivo com ela. Acredito que ele precise um pouco mais disso, pois ele recebeu o “estigma de menino problema” da turma, apesar de nem sempre ser o responsável pela bagunça. Até comentei com o professor depois: engraçado como os mais abusados, geralmente se saem melhor nas atividades.
Seguimos ruma à sala do 1° ano. Eles nos receberam da mesma forma simpática e motivadora de sempre. O professor perguntou-lhes sobre a música do “Índio Cassuá” que estava pendurada na parede atrás deles, que a professora generalista havia ensinado. Eles começaram a cantá-la. O educador aproveitou a canção para trabalhar ritmo com as clavas. Cantamos também a música Asa branca, e por fim, uma canção muito interessante, interpretada pelo Arnaldo Antunes (“Um leitinho é muito bom”). As crianças se “amarraram”, e foi uma verdadeira festa. Tem sempre os pequenos que adoram se balançar ao som da música. A manhã foi fechada com chave de ouro. É sempre muito interessante ver a resposta deles em relação à música. 

domingo, 22 de abril de 2012

Som “Fino” e Som “Grosso”

Aula Ministrada no dia 20/04/2012 na Escola Carmelitana do Menino Jesus



O Professor Davi iniciou a aula com o acolhimento que é a hora onde as crianças fazem silencio e fecham os olhos para escutar a música que ele vai tocar. Percebo que esse momento é cheio de importância já que as crianças chegam na aula agitadas e felizes porque vão ter aula de música que se esse relaxamento não for feito não da pra continuar a aula. Em seguida, Davi tocou a música Marcha soldado e a música de apresentação do nome. Após esse acolhimento. O professor conversou com os alunos sobre o que tinha acontecido na aula anterior. Essa hora é muito legal, pois todos querem falar o que lembram. Falaram do som, imitaram som dos bichos e o professor continuou a aula explicando para eles que os sons eram diferentes, tem som fininho (agudo) e o som grosso (grave). Em seguida, Davi ensinou para eles a música “O Grilinho e o Besouro”.

Cri, Cri, Cri, canta o grilinho.
Cri, Cri, Cri, sempre a cricrilar.
Zum, Zum, Zum, responde o besourinho.
Cri, Cri, Cri, Zum, Zum, Zum, Zum, Zum.


Davi pegou o triangulo e o tambor para demonstrar o som agudo e grave. Enquanto ele cantava com as crianças eu tocava o triangulo na hora do (Cri) do grilinho e o tambor na hora do (Zum) do besouro. Logo após, ele chamou os alunos para fazerem uma roda no tatame que fica no centro da sala. Aí a felicidade foi geral, eles adoram o contato mais próximo com o professor. Roda pronta no centro da sala, as crianças tinham que cantar a música e na hora de representar o som fino elas ficavam em pé e para representar o som grave, eles abaixavam igual à brincadeira do vivo-morto. Eu continuei sentada tocando o triangulo e o tambor, porque não estava podendo me movimentar muito. Depois tiramos a música e ficou só a brincadeira do vivo-morto, onde eu tocava o triangulo e o tambor sem ordem e eles juntamente com o professor Davi tinham que ficar de pé se o som ouvido fosse o agudo e abaixados se o som tocado fosse o grave. Para finalizar a aula, Davi cantou com a música de despedida da aula e pediu que cada um colocasse sua cadeira no lugar e fizesse uma fila e não parassem de cantar a música. Eu os acompanhei até a sala de aula.

sábado, 21 de abril de 2012

"Bolacha de água e sal"


Ao entrarmos na sala demorou um pouco até o professor Maurício conseguir atenção e fazer a chamada. Essa turma 3° ano A teve o privilégio de ter aulas música desde o grupo 5, pois a maioria é aluno da casa.

Aos poucos o professor relembrou as atividades de sons com o pé, dedo, língua e mão. Deu seguimento à atividade, reconstruiu a tabela com essas opções de sons e onde estivesse assinalada com um “X” executava a batida de uma opção apontada pelo professor.
Fig.1
X



X

Dedo


X


X
Língua

X



X
Mão



X
X









Não houve muito sucesso – acho que tinha muita informação de leitura para as crianças e percebi que elas tentavam de alguma maneira decorar o exercício para executar melhor. Dessa maneira o professor propôs somente com o pé e dedo e após algumas tentativas soou como bem.

Numa segunda atividade o professor perguntou quem conhecia a música “Bolacha de Água e Sal” e alguns responderam positivamente. Ressaltando que essa turma teve preparação musical desde os primeiros anos de formação foi bem fácil conseguir silêncio relembrando-os de que no grupo 5 havia a hora de ouvir, e ali era a hora de por em prática. Maurício perguntou quais as partes que mais gostaram e com auxílio relembrou as partes sem dificuldade. Partimos para outra turma.

Já na sala do 3° ano C – observei que a turma era mais velha que a anterior – começou a aula com a audição da música “Bolacha de Água e Sal” acrescentando que esta será trabalhada durante o ano. Após a audição o professor pergunta a turma se havia gostado e teve um resultado negativo de uma minoria e um deles se manifestou dizendo que a música não tinha ritmo mais logo foi amparando pelo professor com a explicação que tinha sim ritmo.

Em seguida Maurício sugeriu que marcassem o pulso da música com os dedos para dar inicio a atividade de leitura, como a mesma notação da Fig.1, só que com duas linhas, uma para bater o pé e outra para os dedos ainda no pulso da musica. Executaram naturalmente.

A última atividade foi feito uma roda – o professor nos ensinou como conseguir o centro da sala em pouco tempo e sem bagunça – onde todos de mãos dadas deveriam bater no primeiro pulso a língua e depois dar um passo para a esquerda dando movimento à roda. Inicialmente embolaram um pouco mais conseguiram facilmente e gostaram da brincadeira.

Em virtude duma eventual falta de água os alunos tiveram que ser liberados às 10h, portanto, não houve mais aulas e aproveitamos o tempo para uma conversa sobre as turmas. O professor Maurício explicou o porquê da minha observação em relação à segunda turma, por terem uma idade avançada, disse que se tratava de uma turma de fluxo (um modo ou tentativa de acelerar o aprendizado dos alunos com idade avançada em relação à turma), que não eram alunos da casa e por conta disso não tinha ainda aulas de música nem o perfil da escola.  





"Leitura à primeira vista" e "Bolacha de água e sal"

Turma muito agitada, assim começa a primeira aula na sala do 3º ano A, com o professor Maurício tendo um pouco de trabalho para organizar os alunos e manter a ordem. O professor fez inicialmente a chamada, argumentando que era uma boa maneira de nós, bolsistas, começarmos a identificar e conhecer os alunos. Em seguida ele começou a relembrar algumas atividades feitas no ano passado, com estalo de dedo e língua e batidas de pés e mãos.

Com base nas atividades passadas, a primeira atividade do dia foi uma espécie de leitura à primeira vista não convencional, usando os elementos relembrados anteriormente. O professor desenhou o gráfico abaixo no quadro:





Ele apontava para cada coluna e os alunos teriam que executar o som utilizando a parte do corpo marcada pelo “X”. O professor sugeriu que a turma se separasse em filas e que cada fila ficasse responsável por uma das linhas do gráfico, mas pra começar todos fizeram juntos e encontram dificuldades para realizar a tarefa. Eu achei que a dificuldade dos pequenos estava no fato de que o professor não fazia uma contagem indicando o momento exato em que executar, ele apenas falava, “prepara” e apontava para a coluna do gráfico, mas após a aula Maurício explicou que, não fazer a contagem era parte da atividade. Para facilitar, o professor excluiu duas linhas do gráfico, deixando-o da seguinte forma:




Assim, a turma começou a conseguir realizar até com certa facilidade, então o professor perguntou se poderia acrescentar mais uma linha ao gráfico e uma das crianças sugeriu que incluísse a "mão". A atividade seguiu bem, porém não deu pra realizar a separação das filas como sugerido inicialmente por Maurício.

A segunda atividade foi a apresentação da música que será trabalhada durante o ano, “Bolacha de água e sal”, o professor colocou a música pra tocar no aparelho de som e cobrou atenção de todos. Todos afirmaram gostar da música e Maurício começou a fazer perguntas relacionadas à letra. Notoriamente os alunos captaram muito bem as informações, respondendo alguns questionamentos do professor, que para finalizar a aula colocou novamente a música para tocar.

Na segunda aula, na turma 3º ano C, a aula começou com a audição da música “Bolacha de água e sal” e Maurício alertou para que todos ouvissem com atenção, pois teriam que responder perguntas sobre a música. Depois de ouvir, alguns disseram que não gostaram da música, um dos alunos chegou a dizer que a música não tinha ritmo, mas a maioria afirmou gostar da canção. O professor passou a fazer perguntas sobre a letra da música, as crianças captaram algumas mensagens meio quebradas, o professor tocou a música de novo repetindo as perguntas e dessa vez os acertos aconteceram. A próxima pergunta feita por Maurício foi: “Qual o instrumento que faz o som mais forte da música?” e a reposta, “Tambor!”. Então o professor pediu que acompanhassem a música e estalassem os dedos quando o som do tambor aparecesse.

Em seguida Maurício sugeriu uma atividade parecida com a feita na turma anterior, porém mais simples. Desenhou o mesmo gráfico no quadro, mas apenas com duas linhas (indicando língua e pé) e pediu que a turma seguisse o ritmo da música de acordo com a marcação do quadro.

No fim da aula o professor rapidamente conseguiu organizar a sala de modo que o centro ficasse livre e pediu que todos (inclusive os bolsistas) ficassem de pé, formassem um circulo e de mãos dadas estalassem a língua e batessem o pé ao ritmo da música. Em seguida a atividade continuou só que a batida de pé era pra ser feita dando um passo para a esquerda de forma que o círculo girasse no sentido horário.

Deu para perceber que essa turma precisou de mais orientações do professor do que a turma anterior. Depois Maurício explicou que isso ocorre porque as crianças dessa turma eram provenientes de outras escolas que não tinha o ensino de música desde pequenos e a primeira turma já via música desde o grupo cinco.

Infelizmente não houve a terceira aula. Por conta da falta de água na escola, os alunos tiveram que ser liberados às 10 horas.