segunda-feira, 31 de outubro de 2011

I Seminário Interno do PIBID Música da UFBA e UFS

PROGRAMAÇÃO


01 de novembro de 2011
17:00-18:00 Abertura e Apresentação PIBID Música UFBa e UFS - Flavia Candusso, Rejane Harder   e  Maurício Dória
18:00-19:15 Comunicações Bolsistas Ufba
19:15-19:30 Intervalo
19:30-21:00 Comunicações Bolsistas UFS

02 de novembro de 2011
09:00-12:00 Comunicações Bolsistas UFS e Oficina de Métodos Ativos
12:00-14:00 Pausa almoço
14:00-17:00 Oficinas ministradas pelos bolsistas: Percussão Corporal, Dança e Jogos de Copos
17:00-17:30 Encerramento





domingo, 30 de outubro de 2011

Crescimentos

OBSERVAÇÕES DO DIA 27/10 NA ESCOLA SANTA BÁRBARA

3º ANO C e E

O professor deu continuidade à atividade da aula passada, de identificar as rimas nas músicas apreciadas. Desta vez a turma apreciou quatro músicas com ritmos diferentes (um coco, um rap, um samba e uma peça de coral) os quais a mesma conseguiu distinguir. Depois a turma fez uma apreciação de um poema em áudio e foram identificadas as rimas na mesma.

Depois trabalhamos a versão que foi criada na aula passada em ritmo de coco onde toquei o pandeiro para eles cantar. Esta aula foi muito produtiva.

4º ANO A

A aula foi iniciada com a turma cantando a música de sua autoria junto com o professor Maurício – Reduzir, reutilizar e reciclar para o mundo melhorar. Maurício tocou o violão e disponibilizou alguns instrumentos percussivos para os alunos tocar e então eles foram revezando. Enquanto uns tocavam os outros cantavam (gritando). Cada um tocou do jeito que quis. Isso foi bom pra percebermos as dificuldades deles e buscarmos soluções para estas. Tudo foi bastante barulhento, pois eles estavam tocando e cantando muito forte. Acredito que um trabalho com canto coral melhore consideravelmente essa questão. Tocamos algumas vezes e, em determinado momento, a vice-diretora entrou na sala para dar um aviso sobre um mutirão que acontecerá no próximo dia 01 para realizar a limpeza da escola o qual terá a participação dos pais. A aula foi finalizada, mas os alunos ficaram muito eufóricos com os instrumentos.

5º ANO A

Começamos formando duas rodas. Pedro ficou em uma e eu fiquei na outra para auxiliarmos os alunos na atividade a ser desenvolvida. Repetimos a atividade da aula passada utilizando o movimento corporal. Depois formamos uma roda só e Maurício acrescentou mais uma parte do ritmo da música ‘fome come’, que foi realizada sem grandes dificuldades. Em seguida sentamos no chão, ainda em círculo, e executamos o mesmo exercício utilizando copos. Sempre quando colocamos os copos as dificuldades aparecem e aí temos que regredir um pouco. No final estavam todos realizando bem o ritmo. É bastante perceptível o crescimento musical desta turma.

Criatividade, atenção e concentração

OBSERVAÇÕES DO DIA 20/10 NA ESCOLA SANTA BÁRBARA

3º ANO C e E

Quando cheguei à aula o professor Maurício estava realizando uma atividade cujo objetivo era identificar as rimas nas músicas apreciadas. O objetivo final destas atividades é fazer com que a turma entenda a estrutura de uma poesia.

A primeira música apreciada foi a do burrinho a qual a turma foi identificando as rimas através dos sons parecidos entre as palavras:

  • v Loulé – café
  • v Estremoz – arroz
  • v Ildanha – castanha
  • v Melgaço – bagaço
  • v Guarda – mostarda
  • v Portel – papel

Em seguida o professor pediu à turma que falassem outras palavras que rimassem com as mesmas que têm na música, como: loulé – café – filé.

Depois fizemos uma audição com outra música, no primeiro momento completa depois pausada para que a turma fosse identificando as rimas. Com base nesta mesma música a turma criou sua própria versão encontrando palavras que rimam com os números, ficando assim:

  • v Era uma turma que tinha nove filhas que foram lavar o rosto, deu um tangolomango numa delas e das nove ficaram oito.
  • v Era uma turma que tinha oito filhas que foram fazer omelete, deu um tangolomango numa delas e das oito ficaram sete.
  • v ...estudar inglês, ...das sete ficaram seis.
  • v ...comprar um cinto, ...das seis ficaram cinco.
  • v ...brincar num quadrado, ...das cinco ficaram quatro.
  • v ...falar chinês, ...das quatro ficaram três.
  • v ...foram caçar uma perua, ...das três ficaram duas.
  • v ...foram apreciar a lua, ...das duas ficou só uma.
  • v ...que saiu correndo nua, ...dessa uma ficou nenhuma.

Antes de realizar essas atividades Maurício teve de fazer uma revisão sobre o significado de palavra e de frase (conteúdo da disciplina português). Mais uma prova de que as aulas de música contribuem significativamente com a construção do conhecimento desses alunos.

5º ANO A

Os alunos formaram um círculo no centro da sala depois de arrumarem as cadeiras em volta e então a aula foi iniciada com uma audição da música ‘Fome come’. Maurício pediu para a turma marcar o tempo forte da música batendo o pé direito no chão, inicialmente sem deslocar e depois deslocando para o lado fazendo assim a roda girar. Depois repetiram o mesmo exercício sem deslocar sendo um de cada vez (cada um marcando um tempo). Em seguida Maurício acrescentou duas palmas que vem logo depois da marcação do tempo forte, formando assim parte do ritmo executado na música ‘fome come’. Depois de treinarem bastante com o corpo eles sentaram em círculo e executaram o ritmo utilizando copos passando os mesmos um pro outro no lugar da marcação com os pés. Fizeram sem dificuldades. Primeiro utilizaram um copo apenas onde cada um executava o ritmo uma vez e passava o copo em seguida, depois Maurício distribuiu os copos para todos realizarem a atividade juntos. Inicialmente foi um caos total por conta da falta de atenção de alguns alunos e alunas. Depois de treinar bastante, todos executaram o ritmo junto com a música que Maurício colocou pra tocar no som.

Concentração é a palavra chave para o sucesso de uma atividade como esta.


Comentários ao post de Tiago e Maurício sobre a conversa com a profa. Letícia e dona Raimunda

Gente, que relato maravilhoso!
Resolvi escrever aqui porque o espaço destinado aos comentários ia ficar pequeno ...

Fiquei muito feliz que vcs tiveram este encontro tanto com a profa. Letícia como com a dona Raimunda!
Quantas informações valiosas e quanta humanidade que transpira pelas suas palavras!
Precisamos humanizar a escola e para humanizar a escola precisamos ter relações sinceras com os moradores da área ... percorrer as ruas dando bom dia para Dona Raimunda, para seu Antenor, seu Zé, dona Maria ...
E eles darem o bom dia, sabendo o nome de vcs, da gente.

E mesmo sabendo que esta conquista é uma construção ao longo do tempo, pois a confiança da comunidade obviamente não é imediata ... o resultado é quase matemático: uma vez que a escola se abre com sinceridade e honestidade, a comunidade abraça ...
E acho que a comunidade abraça quando sente que o sentimento é verdadeiro, que a relação que se pretende construir é horizontal, de parceria, não movida a interesses pontuais.

Enfim, é preciso que esta experiência contagie outras escolas.

E nós educadores não podemos pensar de entrar e sair dos muros das escolas ignorando o que acontece no entorno, sem conhecer quem mora lá. Como podemos dialogar de verdade com as crianças se de fato a gente nem quer saber nada da vida delas? Saber da vida delas implica em muitos casos conhecer, se envolver com um monte de problemas ... esquecendo também as coisas boas que acontecem na vida, que poderiam ser celebradas juntos.

Fico feliz me em ler este relato, porque confirma meu ideal de educador/a inserido/a no contexto no qual trabalha. Ele/a pode não morar na comunidade, não dormir lá, mas se sentir em casa quando estiver circulando pelas suas ruas.

Minha grande questão é ... será que é tão um caso quando eu trato o outro como marginal e o outro, de reflexo, se comporta como marginal? Será que todo mundo é marginal mesmo? Eu não quero acreditar nisso. Não quero mesmo!
Não será que tendo uma atitude positiva, confiante em relação ao outro, o outro se sentindo respeitado se comportaria de outra maneira?
As palavras de dona Raimunda deixam bem claro este aspecto.

Enfim ... sei que não posso simplificar, sei que a realidade é complicada mesmo, mas acho que muitas vezes as respostas que recebemos em termos de comportamento são reflexos e dependem MUITO de nossas atitudes. Então, como sempre, tudo começa por nós mesmos, nossas atitudes, nossa maneira de ser. Vamos aprendendo e vamos nos tornando pessoas melhores.

Espero que alguém continue comentando ...

Carmelitana ontem e hoje! D. Raimunda, uma voz na comunidade!


Na segunda feira, dia 24/10, eu e Maurício fomos até ao Carmelitana no intuito de tirarmos fotos, tanto da comunidade quanto da escola, para produzirmos os slides para os seminários. Além disso, iríamos coletar algumas informações com a diretora Letícia de como se processa a relação escola-comunidade, lá.

Cheguei por volta das 15:00h, Davi mais Maurício e Laércio tinham acabado de dar aula para o 5º ano e iriam pegar mais uma turma, que se não me engano, era do Mais Educação. A aula transcorreu muito bem e pude colaborar um pouco nas atividades. Logo em seguida, iríamos começar a coletar as fotos. É bem verdade que estávamos receosos de sair tirando fotos pelas ruas, pois, primeiro, não sabíamos como seria a reação da comunidade caso visse dois homens desconhecidos tirando fotos da região, e para piorar, ainda era feriado dos comerciários e as ruas estavam todas muito desertas. Enfim, decidimos coletar algumas fotos internas, e no caso, tirar algumas fotos da fachada da escola, apenas. Entretanto, antes, optamos por conversar com a professora Letícia, pois todos estavam meio agoniados para terminar as atividades do dia, considerando que muitos imprevistos estavam acontecendo – normal. No meio tempo, enquanto aguardávamos a professora, coletamos algumas fotos bem interessantes. Após uma certa espera fomos simpaticamente atendidos, daí vieram as maiores surpresas do dia.

Carmelitana ontem e hoje

Expliquei a professora o porquê estávamos precisando daquelas informações, falei dos seminários e também das fotos que tínhamos tirado. Ela com um sorriso nos indagou em quê ela poderia nos ajudar. Fui logo ao ponto e perguntei: - Professora, como a comunidade vê hoje a escola Carmelitana do Menino Jesus? Ela nos respondeu que, hoje, a relação da comunidade com a escola está sendo boa, está sendo mais afetuosa, que existe um respeito recíproco, porém, ela disse que tudo já foi muito difícil e que isso está sendo uma conquista de tempo. Nesse ponto, ela nos falou que a escola se encontra em uma área de risco, entre a “maloca” e o “gueto” - palavras dela. Confesso fiquei um pouco confuso em entender qual era a diferença da maloca e do gueto, pois não vivi essa realidade. Ela nos explicou que a maloca é uma espécie de invasão, é mais ou menos como se fosse os excluídos dos excluídos. Que é o lugar onde é “barra pesada”. Onde as famílias são mais desestruturadas. E por aí vai. Logo me lembrei da maloca, a pequena invasão que fica em baixo do Viaduto dos Motoristas, ela ainda nos salientou que alguns alunos são de lá. Já o gueto é a comunidade em si, é a área mais interna do bairro, onde as minorias se concentraram e onde existe uma certa “legalidade”. Consegui então fazer distinção entre uma e outra. Esse diagnóstico da localidade serve de parâmetro para entendermos qual é o público que freqüenta a escola; alunos, famílias e funcionários – lembrando que não está sendo feito aqui nenhum juízo de valor. Ela ainda nos contou casos de vandalismo que aconteceram, mas que não podemos inferir como um reflexo de quem é a comunidade. Foram fatos isolados. Quando nos demos conta, já ia dar 17:00h e estávamos com pressa por causa do feriado. Decidimos parar por ali, pois já tínhamos consideráveis informações. Foi aí que veio a maior surpresa.

D. Raimunda

Quando estávamos já na rua ela nos sugeriu: - Por que vocês não passam na casa de D. Raimunda? Fiquei surpreso porque D. Raimunda é sempre muito ocupada e não achei que iríamos conseguir encontrá-la em casa, mas ela estava. Fomos muito bem atendidos, não podíamos perder a oportunidade de falar com uma representante legítima da comunidade e muito respeitada. A professora Letícia mais Davi seguiram para o ponto de ônibus, enquanto eu e Maurício fomos convidados a adentrar na residência. Ela nos atendeu com um sorriso estonteante, muito alegre e vaidosa, e já foi falando: -“Tô achando uma maravilha o trabalho de vocês!” Agradecemos e mais uma vez expliquei o motivo da nossa presença. Repeti a pergunta que fiz a Letícia e ela ratificou tudo. Ela falou que hoje a comunidade respeita a escola, gosta da Carmelitana, que os comentários que se tem ouvido é de que no próximo ano as mães irão matricular seus filhos lá. Ela elogiou muito a professora Letícia, disse que ela está fazendo um trabalho maravilhoso. Daí, perguntei qual era diferença que ela encontrava nas gestões passadas e dessa agora. Ela falou que antes a escola era fechada, que não existia um compromisso dos educadores com as crianças, que eles chegavam com seus carros e depois saíam sem ninguém ver. Nesse ponto ela começou a fazer uma retrospectiva da Escola Carmelitana do Menino Jesus. Ela disse que mais ou menos a 46 anos atrás, a Irmã Suzane, uma irmã da Ordem das Carmelitanas, construiu uma associação naquela região, onde hoje se encontra a outra escola Carmelitana. D. Raimunda nos disse que aquela região era só mangue, e devido à escassez de alimentos como: leite, óleo, fubá de milho, esta irmã trazia dos Estados Unidos e distribuía na comunidade. Esta associação com o passar do tempo se transformou numa escola, no entanto, a Irmã Suzane começou a fechar para um grupo, apenas aqueles que ela queria tinham acesso à escola. A Irmã meio que quis tomar conta daquela região, até o campo de futebol, segundo D. Raimunda, ela queria tomar para si. Não consegui entrar nos detalhes, como o porque da irmã fechar para um grupo, esse grupo será que tinha que ter relação com a Igreja? A história estava muito empolgante. Continuando, com isso a comunidade começou a se revoltar, e sendo assim, começou a construir uma outra escola do outro lado do campo. A que hoje se chama Carmelitana do Menino Jesus. D. Raimunda nos disse que as pessoas de parte com a irmã construíam a escola de dia e à noite a população, junto com a própria D. Raimunda derrubava, ressaltou ela que até hoje tem o nome na justiça por ato de vandalismo. Com muito esforço a escola foi erguida, e após um tempo entregue ao Estado. Depois disso, ela comentou que veio o período de recessão da ditadura militar, e a escola se isolou completamente da comunidade, até praticamente outro dia voltar a abrir as suas portas. Enfatizou também que este ano, com Letícia, a escola está diferente. Ela usou frases como: - “Agora é uma escola!”, algo que nos emocionou bastante foi quando ela falou: - “hoje, temos educadores comprometidos com os menos favorecidos!” Mesmo que seja uma centelha em meio à imensidão, já vale à pena quando se escuta algo como isso. Ela falou que a escola já foi ponto de drogas, prostituição, que não tinham vigilantes da comunidade, e que isso para ela favorecia aos casos de vandalismo. Lembrei que quando Letícia falou dos casos de vandalismo ela disse que o vigilante não era da área. Tudo foi meio que confirmado pelas palavras de D. Raimunda. Hoje, até a filha dela, de forma voluntária, dá aula de reforço na leitura e escrita às crianças da escola. Então, essas e outras medidas fazem a diferença. A comunidade quer e precisa se sentir parte integrante e ativa da escola. A escola precisa colocar a cara na rua, e também, trazer a comunidade para dentro dela. Projetos e propostas que incluam os saberes de fora com os de dentro constroem uma relação forte e confiante.

Saímos quase por volta das 18:30h, muito satisfeitos.

Ps:. Relato produzido por Tiago Monteiro e Maurício Freitas.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pulsação

Acolhida com oração e o Hino da bahia 2 e 3 anos
O professor começa a aula explicando o que é uma banda e que na escola vai ser criada uma.
Na sala de aula tem vários instrumentos e são mostrados aos alunos para eles identificarem. São os instrumentos: tambor, caixa, agôgo, pandeiro,chocalho e clavas. São distribuidas as clavas para às crianças e elas experimentam tocando. Agora são apresentadas as figuras de valor: minima, seminima e colcheia.
De dois em dois os alunos tocam oritmo no tambor e outra aluna recebe o agôgo e eles executam uma célula rítmica.
O professor Davi explica o que é pulso dando como exemplo os batimentos do coração e pede que os alunos toquem na mesa o pulsar do coração. Depois os pés batema mesma pulsação. Batendo palmas respectivamente para cada pé e uma palma para dois pés. Está sendo trabalhada a poliritmia. As crianças tocam em conjunto criando a atitude de grupo respeitando o direito do outro. A atividade também concentra e motiva melhorando a auto-estima.

domingo, 16 de outubro de 2011

SAMBA REGGAE + BAGUNÇAÇO = IDENTIFICAÇÃO TOTAL

Escola Santa Bábara dia 13/10/11
O professor Maurício iniciou a aula como sempre faz perguntando aos alunos o que eles lembravam da aula passada, aos poucos as crianças foram lembrando, eles não conseguiam pronunciar corretamente os nomes dos ritmos a eles apresentados, mas, fizeram a identificação principalmente com o SAMBA REGGAE que é um ritmo presente no grupo BAGUNÇAÇO que atua lá na comunidade do Uruguai. Como já estávamos todos sentados na roda no meio da sala, Maurício então passou os copos para todos e pediu que eu e Ísis mostrássemos novamente o ritmo do SAMBA REGGAE para a turma. Na primeira parte da atividade, Eu mostrei a primeira parte do ritmo para que todos repetissem logo, observei algumas dificuldades e Ísis sugeriu que todos repetissem o ritmo com a boca para depois passar pro copo. Isso facilitou a assimilação da turma. Em seguida, já assimiladas as duas partes do ritmo, o professor transformou a roda em duas fileiras, uma de frente para a outra onde, uma fileira executaria a primeira parte do ritmo e a outra executaria a segunda parte do ritmo formando uma espécie de resposta. Aí percebi novamente a dificuldade da turma em executar as duas parte do ritmo. Sugeri então ao professor que fizesse igual à primeira parte onde Ísis sugeriu que fizessem o ritmo com a boca. Repetimos diversas vezes o ritmo completo até que a maioria compreendeu. Para finalizar, o professor Maurício escolheu uma aluna e um aluno para executar o ritmo para que a turma observasse e depois ele formou grupos de quatro alunos aonde cada grupo ia à frente da sala mostra o que aprenderam. Percebi a satisfação dos alunos principalmente por que o ritmo escolhido para ser trabalhado é um ritmo que faz parte do cotidiano deles, eles se identificam, se desenvolvem musicalmente, mostrando para nós, futuros educadores a importância do ensino de música musicalmente (que considera a bagagem musical que o aluno traz) como é proposto por SWANWICK.

sábado, 15 de outubro de 2011

Quando nos identificamos com o conteúdo...

Observação do dia 13/10/11 na Escola Municipal Santa Bárbara

Pude constatar, com esta atividade de hoje, que o fato dessas crianças conviverem com este ritmo, dentre outros, que faz parte de nossa cultura popular soteropolitana, contribuiu para o aprendizado mais dinâmico do jogo com copos que propusemos nesta aula, pois este é um ritmo que já está internalizado por elas. A cultura popular está, inevitavelmente, presente nos processos de ensino-aprendizagem todo o tempo, e cabe a nós educadores fazer um bom proveito disso.

O professor Maurício iniciou a aula perguntando à turma se eles e elas lembravam da conversa que tivemos na aula passada e depois de alguns estímulos, lembraram que tínhamos falado e mostrado os ritmos samba-reggae e ijexá. Em seguida o professor pediu para que todos sentassem no chão e em círculo e então distribuiu copos para a turma inteira. Regiane e eu mostramos novamente o ritmo samba-reggae e Maurício pediu pra que nós dividíssemos este em duas partes para ensinar à turma. Percebi a dificuldade em assimilarem o ritmo, daí pedi pra que todos(as) cantassem o mesmo pra depois tocarem enquanto cantam. Assim ficou mais fluente a aprendizagem, pois ao cantarem o ritmo eles(as) internalizaram o mesmo com mais facilidade. Depois de assimiladas as duas partes do ritmo, Maurício pediu que formassem duas fileiras, dispondo uma de frente à outra, e então um grupo executaria a primeira parte e o outro grupo a segunda parte, o que foi difícil, pois a turma não havia feito ainda a junção das duas partes do ritmo, por isso eles(as) não sabiam como dar continuidade. Então Maurício pediu pra que executassem o ritmo completo, e aí repetimos muitas vezes. Passadas algumas repetições, escolhemos um aluno e uma aluna, que estavam executando o ritmo com bastante fluência, e os colocamos à mesa para realizarem o jogo com copos, depois demos vez aos outros alunos e alunas formando grupos de quatro. A aula foi finalizada após este exercício.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Aula difícil 28/10

Este foi um dia difícil.

Ao chegar à escola fiquei sabendo de alguns problemas que estavam ocorrendo naquele tarde. Primeiro, Davi não se encontrava na escola devido aquelas questões judiciais. Segundo, a turma do 3º ano, na qual tinha preparado todo o meu plano de aula, tinha sido liberada, pois, a professora estava de licença médica. Nisso, todo o meu plano foi por água abaixo. Terceiro, a turma do Mais Educação estava na sala de artes. E quarto, a do 2º ano não tinha chegado ainda. Resumindo, teria que ficar com toda a turma do 2º ano e em uma outra sala, que não a de música. Fiquei um pouco apreensivo, pois, não sabia se o que eu tinha preparado para o 3º ano iria funcionar bem com o 2º, além do que, precisava utilizar o som. Conversei com a pró Letícia, e para amenizar um pouco a minha situação ela conseguiu transeferir a turma do Mais Educação para uma outra sala.

2º Ano

Preparei uma atividade de integração mas vi que eles não respoderam bem a mesma. Não sei se pelo cansaço da repetição, não sei se por uma má abordagem minha, percebi que eles acharam muito infantil a atividade que levei. Era recorrente ouvir: - Professor, eu quero fazer dever. Alguns relutaram em participar. Outros estavam desejosos em participar, entretanto, havia o contagio do desânimo dos demais. Fiz a canção "A caminho de Viseu", a mesma que fizemos naquele AC que participamos. Enfim, tive que parar diversas veses, pedir para que voltassem às cadeiras, tive que dar bronca, achei extremamente desgastante uma atividade na qual tinha colocado uma boa expectativa. Para então, equilibrar o "desastre" que tinha sido a primeira atividade, já que tinha preparado uma atividade com as notas musicais, decidi fazer com eles, - a pró Letícia pediu que eu ficasse com eles até a hora do recreio, de 13:30h até às 15:00h. O objetivo era ensinar a eles o nome das 7 principais notas. Fiz uma pirâmide no quadro, onde cada degrau correspondia a uma nota. Cada nota vinha com o seu número correspondente. A escala subia e descia dentro do desenho da pirâmide. Cantei uma canção para que eles automatizassem melhor o nome de cada uma. Pedi que eles cantassem junto comigo. Em seguida havia preparado exercícios para que eles fizessem. Coloquei dez pirâmides incompletas numa folha de papel, para que eles completassem, tanto com o nome das notas quanto com o número. Interessante foi perceber que eles se amarraram em fazer essa atividade. Pus uma música bem tranquila de fundo, descansei a voz e dexei eles lá pensando e fazendo o exercício. Daí fui até o fim da aula, sendo que, alguns não conseguiram concluir a tempo. Os que concluiram fizeram praticamente tudo certo. Ia auxiliando eles nas dúvidas.

Mais Educação

Após o recreio, como a turma do 3º ano tinha sido liberada, perguntei a pró Letícia se haveria algo em que poderia ajudar. Ela disse que não era pra eu me preocupar. Porém, vi que toda ajuda que eles tivessem naquele dia seria bem vinda. Me propus a pegar qualquer outra turma que necessitassem. Então, como a turma do Mais Educação estava já liberada da aula, porém, ainda se encontrava na escola peguei todos eles para fazerem aula de música. Tinham crianças do 3º, do 4º e do 5º ano. Tive realmente que buscar um improviso, pois, não iria aplicar o meu plano de trabalho com crianças que mal conhecia. Iniciei me apresentando, perguntei se alguns deles me conheciam, e para minha surpresa na sua maioria disseram que sim. Aí, pedi que cada um se apresentasse, dissesse o seu nome e a turma. E além disso, falasse de que tipo de música mais gostava. O Hip-Hop foi o campeão de predileção. Depois fiz uma atividade de auto-apresentação com a canção "Passe a Bola", onde em roda todos cantam a canção e aquele que ficar com a bola ao final tem que cantar seu nome. Sugeri que eles fizessem o nome no estilo de música do qual eles tiha dito que mais gostavam. Essa parte foi muito divertida. Após essa atividade, ao final, como estava com o violão, cantei com eles músicas que eles tinham sugeridos. Chamei-os a frente, formei grupos, e nos apresentamos. Teve Luan Santana, música gospel e até Leoni. Foi muito legal também.

Essa foi a tarde!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

1ª COMPOSIÇÃO

ESCOLA CARMELITANA DO MENINO JESUS

28 DE SETEMBRO DE 2011

Cheguei à escola e acompanhei a acolhida, logo após chegou Síndara, licenciando em música da UFBA que iria observar minha aula, expliquei a ela em poucas palavras o plano de aula e enquanto explicava vi que teria um pouco de dificuldade de colocar o plano em ação. Davi não estava na escola devido ao seu compromisso com a justiça e o seu armário estava trancado o que me impossibilitou de usar os instrumentos que havia planejado. Adaptei instantaneamente o plano as possibilidades e dei inicio a aula.

Começamos cantando a escala de dó escrita na pauta, como estava meio rouco, não pude servir como referencia de afinação para os educandos, o que provocou uma maior desafinação na turma. Repeti o exercício mais algumas vezes para que a turma se acostumasse com a sonoridade, mas como estava sem uma nota referência não levei a atividade por muito tempo.

Passamos então a composição, todos começaram a sugerir idéias e se envolveram bastante com a atividade. No fim tínhamos duas letras (uma de cada turma), a saber:

Turma I

Dó apenas um amigo só

Ré eu bato no meu pé

Mi eu falo assim

Fá eu durmo no sofá

Sol combina com verão

Lá é fácil de escutar

Si eu preciso ir ali

Turma II

Dó eu danço com minha vó

Ré eu quero ficar em pé

Mi você vai dormir

Fá eu quero só falar

Sol amigo do forró

Lá eu quero é viajar

Si eu quero é ir ali

Peguei o pandeiro porque eles decidiram que o ritmo da música seria pagode. Todos se animaram mais ainda quando viram o instrumento. Prometi que todos tocariam o pandeiro se eles se comportassem. Cantamos a música algumas vezes e durante a execução já foi possível perceber uma melhora na entonação dos educandos. Cantando a composição feita por eles, os educandos vão se acostumando com a entonação das alturas de maneira lúdica e significativa.

Antes aula terminar ainda imitamos o sons do pandeiro com a boca, depois tocamos com o corpo, para enfim cada um tocar no pandeiro o que tínhamos aprendido.

Depois dessa aula ficou bem claro como devo continuar as aulas, a idéia agora é continuar reproduzindo células rítmicas inicialmente dos instrumentos do pagode (para munir os educandos das competências necessárias para participar da banda rítmica do educador Davi), continuar aprendendo a entonação das notas e relacioná-la com os conteúdos de duração aprendidos, tudo isso contextualizado nas músicas que estamos aprendendo e compondo.

Até a próxima.

Quem é que manda!

RELATO DA OBSERVAÇÃO FEITA NO DIA 29/09/11 NA ESCOLA SANTA BÁRBARA:

Surgiu uma discussão muito interessante em torno do pagode baiano, o tipo de música que é exageradamente consumida pela população baiana a partir da massificação da mídia radiofônica e televisiva dentre outros meios. Com a turma do 3º ano C e E.
Maurício: "por quê vocês gostam dessa música?"
Turma: "porque nós somos jovens e porque faz sucesso"
Maurício: "por que faz sucesso?"
Turma: "porque toca na rádio, no bocão, no celular, no carro..."
Maurício: "mas vocês ouvem só esse tipo de música porque escolhem ou porque alguém escolhe pra vocês?"
Turma: "porque é só o que toca na rádio"
Maurício: "e quem é que bota pra tocar na rádio?"
Turma: "o locutor"
Maurício: "e quem manda o locutor tocar a música na rádio?"
Turma: "o empresário"
Maurício: "por que o empresário manda tocar esse tipo de música na rádio?"
Turma: "porque ele quer ganhar dinheiro"
Maurício: "se ele quer ganhar dinheiro ele vai mandar tocar muitas vezes ou poucas vezes?"
Turma: "muitas vezes"
Maurício: "vocês gostam mais das músicas que tocam poucas vezes ou muitas vezes?"
Turma: "muitas vezes"
Maurício: "e toda música que toca na rádio é boa?"
Turma: "não, nem todas"
Maurício: "a música que o Bagunçasso toca é boa ou ruim"
Turma: "é boa!"
Maurício: "e por que a música do Bagunçasso não toca na rádio, se ela é boa?"
O relato que estou fazendo desta conversa é apenas um resumo dos questionamentos e das respostas que se sucederam. Acredito muito na inteligência de nossas crianças e na capacidade de distinguir e reconhecer as coisas boas que nos são oferecidas, e esta conversa foi a prova disto. O que falta, na realidade, é que aconteçam mais debates como estes pra que elas sejam aguçadas a analisarem a qualidade do que elas consomem e possam escolher se querem ou não continuar consumindo. Entender também que elas são livres pra escolherem o que querem consumir, e pra que ocorra essa escolha é preciso que elas tenham a oportunidade de conhecerem outros produtos. Aí entra a nossa atuação enquanto educadores musicais: apresentar outros estilos musicais e fazer com que elas se apropriem dos mesmos e provocar este tipo de discussão relatado acima, dentre outro caminhos.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

TURMA:3ºANO B

A turma cantou a música da bolinha de sabão depois repetiu com boca chiusa e depois com la, la, la. Cantando destas duas últimas formas eles tiveram dificuldades de cantarem a melodia, pois já estão acostumados com a associação da melodia com a letra da música.
Depois Maurício tocou no violão a música "Quê que tá escrito" e a turma acompanhou cantando com bastante euforia batucando nas carteiras e dançando (o que é inevitável).
Em seguida Regiane e eu demonstramos dois jogos com copos criados pelo grupo de estudos: o ijexá e o samba-reggae. Depois falei um pouco sobre os ritmos, mas antes Maurício perguntou à turma se eles conheciam estes e quais músicas utilizam os mesmos e ninguém soube responder nem mesmo sobre o samba-reggae. Alguns chutaram que eram ritmos da capoeira.
Maurício colocou pra tocar no aparelho de som uma música que utiliza o ritmo ijexá para demonstrar à turma.
Quando demonstramos o ritmo ijexá pela primeira vez, Maurício pediu para a turma dançar e alguns dançaram como se fosse hap.

TURMA: 3º ANO C e E

A aula foi iniciada com a turma cantando a música da preguiça.
Depois Maurício iniciou uma conversa sobre poluição sonora e foi destrinchando o assunto falando sobre massa sonora, volume, intensidade, os efeitos dessas massas sonoras, propagação do som... tudo isso pra chamar a atenção para o silêncio frisando a importância do mesmo para a saúde auditiva. Acho que a abordagem deste tema estimulou a turma a fazer silêncio.
Depois Maurício tocou no violão uma canção bastante calma e a turma cantou.
Dando continuidade à aula, Maurício falou sobre o hap e depois fizemos uma audição. Ao ouvir este tipo de música os corpos já se movimentam no estilo hip hop, tanto dos meninos quanto das meninas.
Depois Regiani e eu repetimos a demonstração dos jogos com copos que fizemos na aula anterior. Esta turma conseguiu identificar os ritmos, só não sabiam os nomes. Referente ao ijexá, alguns alunos identificou como ritmo de candomblé, e nós nem íamos tocar no nome candomblé pra não entrar na questão da religiosidade, mas foi bem tranquilo.
Depois Maurício pediu à turma que cantasse uma música que eles gostam e eles cantaram, nada mais nada menos que o pagode sucesso do momento, e então Maurício iniciou uma conversa com a turma sobre as músicas que fazem sucesso e as que não fazem. Depois Maurício encerrou a aula deixando com eles a reflexão sobre o assunto.

TURMA: 4º ANO A

Maurício iniciou a aula tocando e cantando junto com a turma a música que foi composta por eles e elas sob sua orientação que fala sobre reciclagem, pois esta turma está desenvolvendo um trabalho com lixo reaproveitável junto com a professora Fátima. Depois Maurício pediu à turma sugestões de ritmos para serem tocados com copos durante a música e dois alunos criaram um jogo com os copos seguindo o pulso da música que foi aproveitado. Então Maurício convidou mais um aluno e uma aluna, chamando a atenção para o fato de que as meninas nunca se candidatam pra fazerem as atividades que ele propõe (neste momento ocorreu uma briga de gêneros: os meninos dizendo que as meninas não sabiam fazer nada, e as meninas listando as coisas que elas sabiam fazer como jogar bola, por exemplo, e coisas que elas sabiam e eles não). Em seguida Maurício propôs que essa música fosse cantada em ritmo de hap, e então os alunos e aluna que estavam fazendo o jogo com os copos reproduziram o ritmo enquanto os resto da turma cantava. A pretensão é de apresentar esta música na festa das crianças que acontecerá no dia 11/10.

domingo, 2 de outubro de 2011

RAP, IJEXÁ, SAMBA REGGAE e PAGODE na sala de aula - 29/09/2011

3º Ano B
Maurício iniciou a aula perguntando aos alunos o que eles gostariam de cantar. A música escolhida por eles foi “BOLINHA DE SABÃO”, Maurício pediu que eles cantassem com os lábios fechados, a famosa boca CHIUSA e com estalos de língua na parte em que a bolinha de sabão estoura, depois cantaram com Lá, Lá, Lá. Em seguida Maurício começou a tocar no violão a música “O QUE É QUE TA ESCRITO NA CAPA DO GIBI” e a turma rapidamente identificou e começou a tocar e bater na mesa e logo Maurício pediu que eles não batessem, mas não tem jeito, pois no meio da música todos estavam cantando e batendo o ritmo na mesa. Na segunda atividade, o professor pediu que Eu e Ísis mostrássemos os ritmos com jogos de copos que estamos trabalhando no grupo de estudos. Apresentamos o primeiro ritmo que foi o IJEXÁ onde Ísis explicou um pouco sobre o nascimento desse ritmo e logo depois mostramos o SAMBA REGGAE onde Maurício perguntou se aqueles ritmos estavam presentes em alguma música que eles conheciam e para nossa surpresa só um menino disse que parecia ritmo da África, mas, não conseguiram identificar nem um dos dois ritmos. Ísis citou o olodum como um dos grupos que toca SAMBA REGGAE e Filhos de Gandhi que tocam o IJEXÁ. Para que eles entendessem melhor, Maurício colocou um Cd com músicas em Ijexá e Samba Reggae.

3º Ano C e E
Maurício iniciou a aula cantando a música “A DANADA DA PREGUIÇA” escolhida pelos alunos.Percebi que a vivência deles com percussão é muito forte, pois quando começam a cantar, eles batem palmas ou marcam o ritmo na mesa. Como estava tendo muito ruído externo atrapalhando a aula a exemplo do ventilador que quando ligado ninguém escuta direito, pois ele faz bastante barulho, Maurício resolveu falar um pouco sobre a importância do silêncio. Ele desligou o ventilador e as crianças perceberam a diferença, logo ele falou da poluição sonora e exemplificou fazendo referência à praia da boa viagem onde ocorrem muitas festas, com muitas pessoas e muito barulho e a ilha de Maré onde é um lugar mais calmo. Ele tocou a música da maré que é bem tranqüila e perguntou aos alunos com qual das duas praias a música combinava e eles responderam que era com a ilha de maré. Maurício perguntou se eles lembravam do que tinham visto na aula passada e todos responderam que tinham visto o HIP HOP e Maurício perguntou qual era a música do HIP HOP e eles disseram que era o RAP. Logo, o professor colocou um Rap para tocar e o mais curioso é que eles se identificam muito com esses estilos, todos começam a desencostar da cadeira e a se balançar no ritmo da música. Enquanto a música rolava, Maurício fez o ritmo no copo mostrando para a turma. Em seguida ele pediu que Eu e Ísis mostrássemos os ritmos IJEXÁ e o SAMBA REGGAE nos copos. Mostramos primeiramente o Ijexá e logo depois o Samba Reggae, onde Ísis explicou um pouco sobre a origem de cada ritmo. Maurício perguntou se eles conheciam os ritmos apresentados e alguns identificaram o Ijexá como CANDOMBLÉ e o SAMBA REGGAE como ritmo tocado pelo olodum. Maurício pediu que a turma cantasse uma música da preferência deles para ver se encaixava nos ritmos apresentados e logo surgiu um grande coro cantando “A máquina de furar”, assim foi dado início a um debate onde o professor perguntou que estilo era aquele que eles estavam cantando, onde eles escutavam. Daí começaram a sair muitas respostas: eles disseram que aquele estilo era o pagode e eles escutavam em casa, na rua, com os amigos. Maurício perguntou por que eles gostavam de pagode e eles responderam: porque somos jovens e Maurício indagou novamente, todos os jovens gostam? Eles disseram que não e Maurício faz mais perguntas por que então os jovens ouvem pagode, Silvano Sales, Luan Santana entre outros e eles disseram que ouviam porque tocava na rádio e Maurício perguntou por que toca na rádio? E respostas foram: porque o cantor pede, porque o locutor gosta e a resposta mais surpreendente, Ah, professor essas músicas tocam porque o empresário pede para colocar nas rádios e o professor pergunta novamente, por que o empresário pede para tocar na rádio? E novamente uma resposta surpreendente: ele pede para tocar na rádio porque ele quer ganhar dinheiro. Eles concluíram que as músicas que tocam nas rádios são escolha dos empresários e não pelo público. O debate foi muito interessante e a aula maravilhosa. Fui para casa refletindo sobre tudo que eles falaram.