terça-feira, 29 de março de 2011

Relato Santa Bárbara dia 24/03

Bom dia amigos,

Este é o meu primeiro relato do encontro com o professor Maurício e nossa colega Ísis na Escola Santa Bárbara no dia 24/03. Não estava conseguindo postar, mas aí vai!

Minha primeira impressão foi realmente boa. Claro que a primeira mesmo foi a do portão principal que estava quebrado e o da entrada do parque que estava ameaçando cair em cima de algo ou alguém, mas isso é um detalhe que já estamos acostumados a passar por cima. O que importa mesmo é que fomos muito bem recebidos por todos. Talvez por já estarem acostumados com os “aspiras” de música circulando pela escola, não foi nenhuma surpresa para os funcionários quando perguntei onde o professor de música estava. Já me indicaram e claramente percebi que todos já sabiam quem eu era – o porteiro, inclusive, já sabia meu nome.

Apresentações preliminares à parte, cheguei na sala da direção e me encontrei com Maurício e Ísis. Não houve aula no primeiro horário. Maurício foi explicando o funcionamento de algumas coisas da escola e das turmas e, então, fomos para a aula de 8:50h do 3º ano C.

Fomos apresentados à turma e sentamos no canto da sala, junto com os meninos. O título da música que Maurício ia trabalhar já foi uma observação interessante. A idade que “se espera” que os alunos do 3º ano tenham seria exatamente o título da música a ser trabalhada, mas uma música chamada “oito anos” talvez não retrate a realidade do 3º ano no Santa Bárbara (e sabemos que não apenas lá...). Afinal de contas, diria que apenas um terço da turma levantou a mão quando Maurício perguntou quantos tinham os oito anos da música. Quando foi perguntando quantos tinham nove, dez, onze, doze ou treze os outros dois terços se manifestou. Treze, por sinal, foi um chute de Maurício talvez propositalmente alto, mas para minha surpresa um aluno levantou a mão.

Após o banho de realidade Maurício pediu que os meninos identificassem os instrumentos da música proposta e aos poucos as respostas iam surgindo. Deu para ver que a variedade de instrumentos conhecidos não era muito grande, mas isso é normal especialmente nessa idade.

Outro ponto interessante da aula foi a dificuldade dos meninos em identificarem a letra da música. É mais fácil identificarmos palavras com as quais estamos familiarizados, os meninos obviamente entenderiam a significado se nós cantássemos para eles, mas ao ouvir a gravação eles não identificaram o poema.

Após mais algumas atividades, fomos para o 4º ano. Ao entrar na sala deu pra perceber que os alunos eram mais entrosados, que a turma já se conhecia há algum tempo. Isso porque a quantidade de brincadeiras entre os meninos era muito maior e, com isso, o grau de agitação da turma também. Bom “aspira” que sou, copiei a música “Bolacha de Água e Sal” no quadro enquanto Maurício colocava a música para os meninos irem escutando. Ele tinha feito um comentário sobre o nível de alfabetização da turma e percebi que mesmo com minha letra no quadro eles, de modo geral, leram com bastante facilidade o que estava escrito.

A música foi tocada mais algumas vezes e após algum tempo Maurício pegou o violão e acompanhou os meninos, mas como a agitação da turma era maior que a anterior, as atividades iam em um ritmo mais lento, mas sem problemas maiores. Houve ainda uma pequena conversa no final da aula porque um dos alunos bateu em outro. Tudo resolvido e fomos para o intervalo.

De volta à diretoria, conversamos sobre as aulas que tinham passado. Falamos também sobre os projetos da escola e um pouco mais sobre algumas experiências de Maurício. Depois da pausa fomos para a última aula do dia, no 5º ano A.

Fomos recebidos com gritos ao entrarmos na sala e Maurício, após as apresentações iniciais, anunciou o aniversário de alguém importante e perguntou quem poderia ser. Depois de palpites incríveis como Hebe Camargo, Ana Hickman, Dilma e Lula a cidade de Salvador foi apresentada como aniversariante. As referências dos meninos já incluem Dilma Rousseff e Lula. Vou me acostumando com o amadurecimento de cada idade, é uma questão de tempo...

Ísis distribuiu a letra da música “Fome Come” de Sandra Peres, Paulo Tatif e Luiz Tatif. Ao perguntar o nome dos instrumentos da gravação percebi um maior conhecimento dos nomes e timbres. Atribuí isso ao fato da turma já ter tido aula de música nos anos anteriores com o próprio Maurício. A resposta, na verdade, nem eu mesmo identifiquei. Era um groove massa com palmas e um copo na mesa. Esse groove, inclusive, prendeu a atenção dos meninos na hora. A interpretação da letra da música pode ser mais desenvolvida pelas respostas da turma e, naturalmente, pela maior maturidade dos meninos.

Voltamos para a coordenação e conversamos um pouco sobre a manhã, nossas aspirações com o ensino de música e nosso plano de trabalho. Eu, sinceramente, ainda não tinha amadurecido a idéia de meu plano, mas como Maurício foi favorável à minha proposta inicial de trabalhar trilhas sonoras e a integração da música com outras linguagens artísticas, me empolguei um pouco mais para desenvolver algo nesse caminho.

Gostei do meu começo. Fiquei bastante feliz com o resultado e que venham as próximas semanas!

Aquele abraço!

PS: Primeiro relato é o lugar ideal para críticas e sugestões não apenas sobre o conteúdo, mas também sobre a formatação do texto para o blog!!

2 comentários: