domingo, 29 de agosto de 2010

Relato escola Santa Bárbara (05/08/2010)

Não choveu! Consegui chegar à escola a tempo de assistir a aula do 1º ano. Maurício estava entrando na sala, me explicou que iria trabalhar com eles a memória musical. A regente de classe ainda estava presente, e perguntou: “como é que a gente faz quando tem visita na classe?”. Prontamente os alunos começaram a cantar “Boa Tarde, Visitante”. Achei tão doce! Depois de mais dois minutos de algazarra, silêncio. Essa turma é muito agitada e mista, alguns alunos vieram do grupo cinco da Santa Barbara; outros de outras escolas, creches. De modo geral não é uma turma difícil, mas tem, como todas as turmas, suas pérolas. A primeira música trabalhada foi a “Loja do Mestre André”, ela é trabalhada associada a gestos corporais (imita que toca um violino, violão etc.). Há também uma preocupação transdisciplinar por parte do educador, todo tempo ele está questionando os alunos: “mas são quantos instrumentos?...”. A segunda musica recordada é “Xique-xique”: Mauricio separa as fileiras como grupos e cria um ritmo com as claves para que os alunos imitem, sucessivamente até a última fila. Pede-me para que crie um ritmo também, timidamente esboço um ritmo bem familiar aos alunos, eles repetem com destreza. A próxima música é “Da Maré”, cantada por todos com mudanças de dinâmica e gestos corporais. Ainda faltam alguns minutos para o fim da aula, os alunos começam a se mostrar mais agitados e pouco interessados no que Maurício fala, ele percebe e, com os objetivos alcançados finda a aula.

A próxima turma é do 3º ano C, ele me explica que vai iniciar um novo jogo com eles. Jogo com copos, cantando “Viva o rabo do tatu”. Dividimos a turma em duas rodas, ele fica numa e eu em outra. No primeiro momento trabalhamos com um único copo passando pela roda, cada criança bate palma contando um numero e passa o copo dizendo passa. Depois sincronizamos as duas rodas (ex.: Uma roda diz: 1-passa, a outra responde: 2-passa... assim sucessivamente). No segundo momento eles não falam nem contam, só batem palma e passam o copo prestando atenção ao andamento. Alguns se mostram muito concentrados e levam a brincadeira a sério, outros nem tanto, mas todos se divertem. Aos poucos vamos colocando mais copos na roda, tornando o jogo mais difícil. O nível de concentração da turma é baixo, no que resulta em várias paradas para recomeçar o jogo. Com um copo pra cada aluno, conseguimos bem de vagar manter o andamento durante alguns segundos, até que tudo vira festa e bagunça novamente. Fim de aula.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Relato do Colégio Municipal Olga Figueiredo - 20 de agosto de 2010 / Sexta-feira

Hoje, ao chegar à escola Olga Figueiredo fui recepcionado pelos alunos do projeto aguardando o início das atividades, mas dessa vez encontrei um grupo menor. Fiquei até surpreso diante o número reduzido de alunos por estar acostumado com o grupo bem maior. Logo fui informado que não teria aula para o grupo de teatro apenas para a turma da banda de percussão.
Se tornou um hábito ao chegar a escola me dirigir na direção para cumprimentar a todos e lá adquirir informações sobre a atividade regular da escola para aquele dia. Entretanto acontecera algo empolgante. A turma toda me acompanhou e me fizeram perguntas a respeito da aula: “Se eu iria dar aula... Se iríamos fazer alguma brincadeira...” Ao me encontrar com a diretora, além dos cumprimentos e boas vindas, me passou a informação que não haveria atividade com o projeto Olgarte. Então eu comentei que não fui informado a respeito e lamentava por não ter ligado para confirmar se realmente teria aula. Os alunos, que estavam perto, logo ratificaram que não teria ensaio para a turma de teatro, mas que o professor Ráiden tinha marcado ensaio com os alunos da banda.
Sendo assim aguardamos a chegada do professor no pátio da escola. Aproveitei o momento para conhecê-los mais, saber um pouco sobre como e quando eles entraram no projeto, como nasceu o gosto pela arte, se na família tinha algum artista, como eles se sentiam após as apresentações, se os familiares ficavam satisfeitos com a vida artística deles e se eles pretendiam se especializar na dança ou na música.
As respostas foram bastante interessantes, cada um se expressava de um jeito. Uns com muita empolgação outros meio tímidos e poucos sem vontade de falar por ainda ter duvidas a respeito.
Ao desenrolar da conversa veio a idéia de fazer um trabalho de improvisação musical com eles. Quando compartilhei que se tratava de uma improvisação e que não tinha planejado aquela atividade, mas que iríamos tentar fazer e ver no que iria dar, ficaram super animados. Falei que eles ficassem livres para criar, improvisar e viajar com o som. Então expliquei como iríamos fazer aquela atividade, e nem bem terminei de falar, empolgados, começaram a dar início à seqüência rítmica batendo na cadeira, batendo palmas, batendo na perna e por aí foi.
O som produzido por eles foi ganhando volume e proporção cada vez maior então pedir para que eles usassem apenas o corpo como fonte de sonora. Eles realmente viajaram com a idéia e nem precisei direcioná-los em que parte do corpo eles poderiam extrair som, eles mesmos foram explorando o corpo e descobrindo as partes que poderiam tirar um som mais alto. A idéia foi ganhando forma e nascendo uma paisagem sonora. Era perceptível a satisfação em estar vivenciando aquele momento, tanto para eles com para mim que não tinha planejado a atividade, porém a idéia deu certo e conseguimos fazer algo super interessante.
Quando eu pensei em despensá-los eles pediram para jogar futebol na quadra. Aí eu pedirpara que eles fossem pegar a bola na secretaria, mas para minha alegria eles já estavam preparados. Parecia que eles já tinham combinado o babinha antes, pois já estavam com a bola na mão. Eu permiti e é claro, acompanhei o jogo. Eu até pedi para jogar também e eles se demonstraram surpresos e ao mesmo tempo contentes com minha participação e olha que tem um tempão que não chuto uma bolinha viu?!
Como o findar da tarde se aproximava fui à direção e perguntei a diretora se poderia dispensar a turma. Ela autorizou e me agradeceu por ter assumido a turma.
Alguns alunos não ficaram muito satisfeitos com a idéia de ter que terminar o jogo, mas mesmo assim conversei com eles e disse que na próxima aula veria a possibilidade de jogarmos novamente.
A experiência que tive com eles fora muito legal, bastante proveitosa.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

RELATÓRIO OBSERVAÇÃO ESCOLA SANTA BÁRBARA (GRUPO 5) 19 DE AGOSTO DE 2010

O Educador antes do inicio da aula, apresentou verbalmente o plano de aula, explicando que todas as atividades serviriam para a avaliação de algumas das habilidades desenvolvidas durante o primeiro semestre (Concentração, Memória rítmica e melódica).
A primeira atividade do dia foi a “Hora do ouvido” (apreciação). O educador tocou no aparelho de som uma música instrumental e uma musica vocal, perguntando logo após, qual a principal diferença entre as duas. Surgiram classificações como musica “normal e anormal”, da boca/voz e do instrumento, então o educador tocou mais musicas alternando entre instrumentais e vocais, inclusive com duas versões de “Escravo de Jó”, uma vocal e uma instrumental. O educador explicou antes da aula que a “Hora do ouvido” tem grande importância no desenvolvimento da capacidade de concentração dos educandos, e que essa capacidade, principalmente nas turmas do grupo cinco, ainda é bem pouco desenvolvida, devido à faixa etária e ao bombardeio de informações a que são submetidas diariamente. Mesmo assim no decorrer da atividade todos manteram um nível de concentração mínima, ouvindo as musicas e dizendo se era da voz ou do instrumento.
Na segunda atividade o educador tocou ao violão a “Musica da Preguiça” (Musica que os educandos não conheciam, repetindo novamente com pouca participação dos educandos. Antes da aula o educador afirmou que a “Musica da preguiça” tinha uma letra muito grande para o padrão etário de assimilação dos educandos e que essa atividade era justamente para testar os limites das habilidades de memorização melódica desenvolvidas durante o primeiro semestre. Cantou mais uma vez a “Musica da preguiça” desta vez com algum acompanhamento dos educandos no refrão.
Formamos então a “Rodinha da amizade”, ultima atividade da aula e avaliação da capacidade de criação e memorização rítmica dos educandos. A atividade consistiu em criação de um ritmo qualquer com as clavas por parte de um educando e a imitação conseqüente por parte de outro educando, assim toda o circulo foi percorrido, com todos os educandos criando e imitando ritmos com as clavas. Todos se envolveram e gostaram muito dessa atividade.

RELATÓRIO OBSERVAÇÃO ESCOLA SANTA BÁRBARA (3º ANO A) 19 DE AGOSTO DE 2010

O educador aproveitando que havia uma sala vaga ao lado da sala do terceiro ano A, dividiu os educandos em duas turmas, ficando uma metade na sala com Tânia e Mauricio e a outra metade foi para a sala vaga comigo e com Jean.
Dividimos novamente a turma em duas metades, uma comigo e a outra com Jean e iniciamos a dinâmica rítmica do copo (Rabo do tatu).
Em circulo começamos batendo palma e passando o copo, acrescentando um copo a cada rodada, a medida que o numero de copos ia aumentando, os educandos se atrapalhavam com o pulso, então inseri as palavras palma/passa articulando-as com os movimentos, o que auxiliou um pouco os mais desatentos ao pulso.
Depois a dinâmica completa do “Rabo do Tatu” foi apresentada em partes, com cada parte sendo repetida por todos. Quando todos já tinham assimilado a atividade comecei a introduzir mudanças de andamento, exagerando propositalmente algumas vezes, com o andamento muito lento e rápido. Também colocamos o copo no ouvido, percebendo a diferença entre os sons “dentro e fora do copo”. Usamos ainda o “corpo como copo”, cantando a musica do “Rabo do tatu” e movendo o corpo no momento de mover o copo. A sensação que ficou ao fim da aula é que todos poderiam ficar ali e produzir ainda por uma boa meia hora. Que venha a próxima...

domingo, 22 de agosto de 2010

Relato Santa Bárbara, quinta-feira, 19/08/2010.

Compareci à escola Santa Bárbara para mais uma visita. Nesta, observei a ausência de alguns alunos do grupo cinco: Natanael, Gabriel e outro aluno cujo nome me falha à memória. A sala estava um tanto silenciosa, mesmo estando a maioria da turma. Estes alunos haviam sido suspensos, mas não foi possível saber os reais motivos que levaram a esta atitude. Cheguei um pouco atrasada por conta de alguns transtornos que vêm acontecendo ha alguns meses (plano inclinado interditado p/ obras), dificultando bastante a vida das pessoas que como eu dependem desse meio para chegar a Calçada e ter acesso aos ônibus que circulam nessa área. Maurício iniciou a aula com a hora do ouvido, fazendo com que os alunos observassem as principais diferenças entre as músicas que estavam sendo ouvidas. Então, surge a perguntinha “chave”: - o que vocês estão percebendo de diferente nas músicas que acabaram de ouvir? Uma das alunas respondeu que na primeira música havia o uso da “boca” (voz) e a outra apenas o som dos instrumentos (música instrumental). Fizeram a identificação de alguns instrumentos dentro dessa atividade, embora algumas vezes chutando nomes de instrumentos que não estavam presentes na música, não sendo possível perceber se alguns alunos não sabiam mesmo o nome dos instrumentos ou se não conseguiram identificá-los a partir do som escutado. Em seguida colocou a música “Os escravos de Jó”. Na primeira “versão” a música aparece cantada e na segunda instrumental. Os alunos conseguiram perceber que apesar da ausência da voz se tratava da mesma música e relataram isso utilizando os seguintes argumentos : - a primeira tem o uso da voz e a segunda o do instrumento. Em seguida fizemos a “Roda da Amizade”, onde desenvolvemos atividades com as clavas. Maurício começou criando um ritmo (batendo com as clavas no chão) e o aluno seguinte repetia a sua execução, tendo este, sua vez de criação de um novo ritmo para o aluno seguinte reproduzir, sempre seguindo este procedimento. Também houve um momento em que foram apresentadas algumas músicas que são trabalhadas com as turmas do terceiro ano (“Sai Preguiça” e outra música) tendo os alunos diferentes reações ao escutá-las. Alguns ficavam só ouvindo e observando o Maurício executar a música no violão; outra aluna se arriscava tentando cantar alguma coisa do refrão junto com Maurício. O processo de desenvolvimento musical nessa turma está indo muito bem. Aninha, uma das alunas, conseguia mesmo não conhecendo o suficiente as músicas, cantar o pouco da letra que dominava no ritmo e tom certo. Partimos para o terceiro ano A, onde desenvolvemos a dinâmica “Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu” utilizando copos plásticos. Maurício dividiu a turma em dois grupos, separando-os em salas distintas, por haver uma sala vazia na escola. Eu fiquei com o Maurício em uma sala e o Ricardo com o Jean em outra. Treinamos com os alunos a dinâmica por parte, em um primeiro momento apenas batendo palmas, pegando e passando o copo para o colega. Repetimos esse procedimento várias vezes até que todos estivessem seguros nessa primeira parte. Seguimos essa mesma prática com as partes seguintes da dinâmica. Enfim, conseguimos desenvolvê-la até o final. Iríamos juntar os dois grupos, mas não foi possível devido à falta de tempo, ficando em aberto essa possibilidade para a semana que vem.

sábado, 21 de agosto de 2010

Relato Olga 19 de agosto de 2010

Nesse dia não teve aula de música para o 1° A, pois eles ficaram em atividade com a professora de educação física. Enquanto chegava o horário do 1° B, eu e professor Raiden, lançamos uma discussão a respeito da experiência que tive em sala de aula na semana passada. No decorrer da discussão, o professor lançou algumas criticas construtivas á respeito, e dentre elas, ressaltou que, precisamos estabelecer algumas regras para que a atividade seja realizada com êxito. Regras como: 1- enquanto o professor fala, o aluno escuta; 2- quando o professor pede para parar de tocar, o aluno pára. Ele também ressaltou que quando precisarmos pedir algo aos alunos, deveríamos começar solicitando o que quer que seja feito, e não pelo contrário. Isso exemplifica o momento em que eu pedi aos alunos para ‘’não’’arrastarem as cadeiras. O professor falou da importância da repetição de atividades até que estas sejam fixadas pelos educando desse grau. Então partimos para o 1° B. Fizemos um círculo, nesse momento o professor mais uma vez enfatizou as regras do jogo, conforme eu pontuei acima, e pediu para que os alunos repetissem. Depois disso, o professor trabalhou com o ritmo da capoeira, usando as sílabas “chocolate leite” ( a primeira palavra para as quatro semicolcheias e a segunda para as colcheias) e pediu que fizéssemos primeiramente com o corpo. Nós batemos nas pernas, palma da mão e depois, fizemos uma roda de improviso, a fim de que cada um mostrasse uma forma diferente de executar esse mesmo ritmo. De vez em quando, os alunos perguntavam: professor não vai fazer com o instrumento não? Ele respondeu que o nosso corpo é um instrumento e que é interessante partir dele. Essa atividade foi proveitosa, pois tive também a possibilidade de aplicar em alguns momentos, elementos da percussão corporal que estudamos no nosso grupo de estudo, sugerindo aos alunos outros meios de explorar o som com o corpo, como o som da boca em forma de concha, do rosto, etc. Deu se fim a aula e acabou não dando tempo para ir para os instrumentos de percussão, ficou “no ar” um “gostinho de quero mais”.

Relato escola Santa Bárbara (15/07/2010)


O percurso da minha casa até a escola normalmente é peculiar, mas esse dia foi único. Mais uma vez atravessava a nossa querida “Bate-Estaca”, quando um verdadeiro toró (pode escrever “toró?!) invadiu o Jardim Cruzeiro, me encostei embaixo de um toldo e esperei a chuva serenar. Neste dia não passava ninguém na rua, todas as fachadas trancadas, todas as portas fechadas. A rua estava tão silenciosa que até assustava. 
A chuva vai embora, e eu também segui meu caminho. De repente um som de violoncelo corta o silêncio. Tive que parar! A música vinha de uma portinhola azul, semicerrada, sem grades. Parecia algum arranjo para quarteto de cordas, era realmente muito bonita. Fiquei impressionada! Segui para Santa Bárbara com essa idéia na cabeça: “Mas porque eles não ouviriam Bach ou Mozart?! Será que essa tradição da ‘quebradeira’ não pode conviver harmoniosamente com outras tantas tradições?!”. Cheguei à escola quase enxuta, a caminhada é longa! O porteiro conversava com um aluno sobre o novo CD de Claudia Leite (ou alguém do tipo), me perguntei se o quarteto que ouvi não era um pedaço/um arranjo do tal novo CD...

Cheguei atrasada, perdi o 1º Ano, a próxima turma: 3º C. Maurício me explicou que estava trabalhando a memória musical. A primeira música trabalhada foi a “música do vagalume”, a primeira que eles lembraram. Ele pediu ás crianças que primeiro o ouvissem e depois cantassem juntos. Durante a música, uma pequena coreografia com alguns gestos corporais que sugerem tempo e contra-tempo. Alguns alunos conseguem acompanhar o ritmo com facilidade outros nem tanto, mas a atividade é realizada por toda sala. Um aluno disperso faz um estalo de língua, e a turma começa a relembrar uma atividade de percussão corporal, Mauricio prontamente segue o gancho e recria a tal atividade. Cada fila é responsável por um elemento (estalo de dedo, estalo de língua, palma e batida de pé no chão), Maurício rege aleatoriamente as filas, exigindo concentração e atenção das crianças. Após pouco mais de 15 minutos de atividade, a turma se dispersa novamente. O professor aproveita para retomar a atividade da memória, e puxa a “música da preguiça”. Essa música é quase um hino! Todos cantam muito entusiasticamente! A próxima música rememorada é “Da Maré”. Nesse momento a aula entra em outra dinâmica, a música é cantada mais calmamente e, muitos alunos, “regem” a música enquanto cantam. Regem como um regente mesmo, fingindo que o dedo é a batuta, e o mais incrível: todos acompanham perfeitamente o ritmo da música! Passamos para a “música do Pastorzinho”, também relembrada por quase todos. A próxima música trabalhada é a “música das 4 notinhas”: “ dó, ré, mi; dó, ré, mi, fá / Quatro notinhas eu já sei cantar”. Ela é cantada de diversas formas: primeiro só com “A”, depois “O” e “U”. Objetivos alcançados, finda-se a aula.

No 3º D a mesma atividade, memória musical. Desta vez começamos com a “música da preguiça”(HINO!!!), passamos para “Da maré” e “o que é que está escrito”. Maurício pergunta se eles lembram mais alguma música, silêncio. Alguns pensativos, outros dispersos, outros tentavam cantarolar algo timidamente. O professor começa a dedilhar alguns acordes e aos poucos vão se lembrando de “criança não trabalha” e “o pastorzinho”. A próxima atividade é percussão corporal, cada fila é responsável por um elemento (estalo de dedo, estalo de língua, palma e batida de pé no chão). Maurício rege aleatoriamente as filas. Essa turma é um pouco mais barulhenta e o nível de concentração é um pouco mais baixo. De forma geral, são imensamente carinhosos. Neste dia ganhei um desenho e um poema!


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO ESCOLA SANTA BARBARA 12/08/2010

RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO ESCOLA SANTA BARBARA

3º Ano A
Ao entrar na sala o professor solicitou que os educandos arrumassem as carteiras na sala de forma que ficassem divididas à direita e a esquerda. A sala fora fracionada em quatro grupos sendo que a mesma atividade da semana anterior (Rabo do Tatu) foi repassada com as turmas. A diferença é que fracionando em grupos cada educador (Maurício, Jean, Tânia e Ricardo) ficou responsável por um grupo. As atividades ocorreram dentro do cronograma já estabelecido. Na turma a qual eu coordenei executou as atividades com louvor, ainda havendo algumas intempéries de comportamento. De uma forma geral a sala toda executou a atividade como proposta anteriormente. O educador atingiu o seu objetivo que fora trabalhar pulso e coordenação motora dentro deste contexto musical.

3º Ano B
Percebendo que a turma já estava agitada devido à aula anterior, o professor teve o insight de tocar uma música que acalmassem os ânimos dos garotos. Então ele tocou a "Música da Maré". Em seguida cantou “o que é que tá escrito” e a "Música da preguiça". Os alunos estavam agitados. Quando o professor perguntou sobre a música do Vagalume, os alunos então começam novamente com “We will rock you”. Percebeu-se então que a tentativa com esta música não era o fazer musical, mas desconcentrar e não executar a atividade proposta. O professor então aguardou pacientemente eles pararem de executar os movimentos. Em seguida o professor dividiu a sala e solicitou que formassem 1 grupo inicialmente dentro do espaço que ficou no meio da sala. A atividade foi um pouco diferente da outra turma. O professor solicitou que os alunos batessem palmas e passassem o copo sem necessariamente marcar um pulso e dizer o número ao qual eles correspondiam dentro do círculo. Em seguida o professor solicitou que marcassem um pulso. A mesma atividade foi realizada com o 2º grupo. Depois o professor pediu para eles se dividirem em 2 grupos e cada grupo correspondia a uma número diferente. Exemplo: Grupo 1 batia palma e passava o copo e dizia 1. Grupo 2 batia palma e passava o copo e dizia 2. Grupo 1 batia palma e passava o copo e dizia 3. Grupo 2 batia palma e passava o copo e dizia 4 e assim sucessivamente. Tudo isso para desenvolver a concentração, coordenação motora e noção de pulsação musical. A princípio esta atividade ficou um pouco confusa porém, ainda com um pouco de dificuldade no grupo a atividade foi executada com êxito.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

RELATÓRIO OBSERVAÇÃO ESCOLA SANTA BÁRBARA (GRUPO 5) 12 DE AGOSTO DE 2010

O educador começou a aula com a musica “Fazendinha do Mestre Zé”, utilizando ainda as figuras coloridas pelos educandos, sendo mostradas por mim e Tânia. Alguns entre os educandos reclamaram que íamos repetir a mesma atividade mas o educador chamou atenção para o fato de que na semana passada a dinâmica tinha sido realizada com outras pessoas (os próprios educandos). Mostrou as figuras e perguntou aos educandos se eles recordavam quem tinha mostrado as figuras na aula passada. O curioso é que eles não se recordavam de terem sido os atores principais da dinâmica sugerindo o nome dos bolsistas, dos professores de outros alunos maiores, só não mencionando a si próprios. Provavelmente ainda não se vêem como sujeitos ativos do mundo em que vivem, precisando de estímulo a essa percepção. Apesar da reclamação de repetição, todos cantaram a musica e imitaram os bichos de modo até violento. Havia um educando que estava realmente agressivo, desestabilizando todas as atividades. E outros dois que se atracaram algumas vezes durante a aula, sendo que esses dois já apresentaram um comportamento agressivo desde as primeiras observações.
Acabada a atividade da “fazendinha”, o educador começou a puxar pela memória dos educandos uma musica já trabalhada, a “Musica do peixinho”, com a letra estimulando a associação som movimento: primeiro o educador cantou a música, depois os educandos a cantaram fazendo os movimentos pedidos pela letra, depois repetiram a música realizando os movimentos sem cantá-la. O educador após a aula discorreu sobre a atividade, citando o material da Professora Marineide, como uma boa fonte de músicas que trabalham som e movimento.
Após a “Música do peixinho”, cantamos a “Música do relógio” com cada educando cantando um verso da canção.

RELATÓRIO OBSERVAÇÃO ESCOLA SANTA BÁRBARA (3º ANO A e B) 12 DE AGOSTO DE 2010

Turma 3º A
O educador, começando a aula com a turma do 3º A, não encontrou dificuldades para arrumar a sala liberando espaço no centro. Os educandos foram divididos em quatro grupos, ficando um a cargo do educador e os outros três coordenados pelos bolsistas. Sentamos em círculo e iniciamos a dinâmica do copo, cada educando passando o copo para o outro educando dentro de um pulso condicionado ao verso do “Rabo do Tatu”.
Como os grupos trabalharam inicialmente de forma independente, ocorreram diversas variações da atividade visando à dinâmica do “rabo do tatu”. (Mudança na letra, ordem de girar a roda, quantidades de copo, alternância da pulsação, exploração das sonoridades do copo). A atividade levou quase todo o tempo da aula, dando oportunidade para ressaltar em diversos momentos a importância de que só conseguiríamos realizar a atividade a contento se trabalhássemos em grupo e com concentração.
O educador ainda conseguiu que os grupos passassem os copos em um pulso comum, um grupo após o outro (ouvindo antes, prestando atenção ao grupo que executava a dinâmica e mantendo o pulso estabelecido na sua vez de executar a atividade.). Esta atividade foi registrada em vídeo.


Turma 3ºB

Quando chegamos à sala do terceiro ano B a turma estava muito agitada. O educador decidiu então começar a aula cantando algumas musicas acompanhado do violão. A primeira musica foi a “Da maré”, os educandos como sempre cantaram muito alto, o educador então pediu que eles cantassem o mais suave possível e todos diminuíram a intensidade, repetiu mais uma vez a canção cantando baixinho. A segunda musica foi “O que é que esta escrito”, (música na qual os educandos ficam muito excitados e geralmente gritam muito). Dessa vez o retrato foi outro, cantaram sem gritar, talvez devido à dinâmica desenvolvida na música anterior. A terceira foi a "Música da Preguiça", que todos cantaram com muita empolgação e afinação. Houve a tentativa ainda de uma quarta musica “Do vaga-lume”, que não foi adiante porque os educandos não “lembravam” da musica.
Então o educador começou a trabalhar a dinâmica do copo. Pediu que afastassem as carteiras para os lados para liberar espaço no meio. Devido à sujeira da sala o educador chamou a atenção dos educandos, trabalhando conteúdos transversais como higiene pessoal e em grupo.
A primeira atividade, visando à dinâmica do copo/Rabo do Tatu, com o roteiro previamente apresentado pelo educador consistiu em:
Bater palma contando 1..., passar copo. Onde se trabalhou compasso binário realizando primeiro com grupo pequeno de uns dez educandos, depois com metade da sala (cerca de quinze), depois com as duas metades em rodas separadas, uma de cada vez, uma depois da outra no mesmo pulso, uma interagindo com a outra alternando alunos. A atividade também foi feita sem falar o número, só com som da palma e passando o copo.

RELATÓRIO OBSERVAÇÃO ESCOLA SANTA BÁRBARA 05 DE AGOSTO DE 2010

GRUPO 5

O educador começou a aula com a hora do ouvido, tocando no aparelho de som a “musica de ninar”, lembrando aos educandos o que eles identificaram ao ouvir a mesma musica na semana passada (Musica de dormir, tocada ao piano), o educador então perguntou se a musica que eles estavam ouvindo estimulava a brincar, todos responderam que não, pois uma “musica de brincar” deveria ser mais animada, o educador então tocou no aparelho de som uma musica mais animada para escutarem.
Distribuímos (eu e Géssica), entre os educandos os desenhos coloridos por eles na atividade da fazendinha, cada dupla ficou com uma figura, então o educador tocou ao violão a musica “Fazendinha do mestre Zé”, com os educandos mostrando a figura que estavam nas mãos na hora em que eram solicitados, levando a figura ate a Fazenda (desenhada por Gessica) e escolhendo um lugar para a figura ser colada.
Foi uma atividade muito interessante, apesar de termos planejado outra, que era criar uma historia junto com os educandos que envolvessem os bichos da fazenda. Na já conhecida reunião após a aula, conversando sobre o que planejamos e o que aconteceu, o educador nos fez ver que o fato de não termos realizado um roteiro escrito da atividade foi um dos fatores que contribuiu para a insegurança, faltando também o elemento teatral na hora de começar a contar a historia, Géssica expressou que não se sentiu totalmente a vontade de trabalhar em dupla propondo que mudemos a forma de trabalhar, definindo um coordenador para a atividade enquanto os outros bolsistas observarão e cooperarão.

3º ANO A


No terceiro ano A, o educador esta desenvolvendo a dinâmica do copo (Rabo do tatu), nessa segunda aula de desenvolvimento a dinâmica ocorreu de maneira satisfatória, o educador organizou as carteiras sem problemas, dividiu as salas em grupos e trabalhou a passagem do copo dentro do pulso (sempre acrescentando copos). Os educandos estavam muito agitados, protagonizando algumas cenas de violência, o que nos levou a questionar a Mauricio sobre como agir nessas ocasiões, sem desrespeitar a autoridade dele dentro da sala. O educador deixou claro que deveríamos reprovar claramente esse tipo de atitude e informá-lo sobre casos mais graves.

domingo, 15 de agosto de 2010

Relato Santa Bárbara quinta-feira, 12/08/2010.

Cheguei à escola Santa Bárbara por volta de oito horas e cinqüenta minutos, estando presentes na secretaria com Maurício o Ricardo e o Jean. Maurício, como sempre, nos orientando a respeito de diversas formas para a elaboração do que ele chama de roteiro de aula, uma espécie de planejamento, onde é estipulada a duração da primeira atividade (atividade inicial), que não deve ultrapassar 15 minutos, incluindo dentro desse primeiro momento uma preparação para a atividade principal (atividade foco) ao final desta. Esse roteiro ou tipo de planejamento foi idealizado para ser utilizado em aulas que devem ter uma continuidade, visando desta forma alcançar os objetivos propostos numa seqüência de quatro aulas no máximo.
Após conversarmos sobre a elaboração do roteiro para as aulas seguintes, fomos para o grupo cinco dar continuidade a atividade da “Fazendinha do Mestre Zé”, que já vem sendo trabalhada há algum tempo nessa turma.
Como na semana passada os alunos já haviam participado de uma atividade com esse tema, utilizando outro tipo de raciocínio, ou seja, a partir das ilustrações contidas nos painéis onde aparecia apenas a “moradia” dos animais, os alunos fizeram associações entre o animal e a sua moradia, imitando os sons de cada bicho e colando as ilustrações destes nos lugares indicados no painel; então, foi sugerido por Maurício trabalharmos nessa aula apenas com as figuras das aulas anteriores (figuras dos animais) partindo diretamente da reprodução dos sons dos animais na canção do “Mestre Zé” sem o uso do painel. Em seguida cantamos a música do “Peixinho” com a turma, fazendo os movimentos sugeridos na letra. Alguns alunos se queixaram a respeito da repetição de algumas aulas sugerindo outras atividades, como por exemplo, utilizando as clavas. Também é perceptível o envolvimento da turma conosco; os alunos estão a cada dia mais próximos, cobrando atividades, participando, o que é muito legal! Às vezes nem percebemos a chegada do final da aula. Após a música do peixinho, com todos os alunos sentados em círculo no chão, Maurício propôs a canção do “Relógio” da seguinte forma: um aluno cantava a primeira frase, e seguindo a seqüência da roda, outro aluno dava continuidade a canção cantando a frase seguinte e assim por diante. Ao final da aula no grupo cinco, conversamos um pouco com Maurício a respeito do desenvolvimento dos alunos e fomos para a sala do terceiro ano A. Nesta turma, demos continuidade a atividade da semana passada, utilizando copos para marcar o pulso na música “Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu”. Foram feitas quatro rodas com a turma, ficando cada um (eu, Jean, Maurício e Ricardo) responsável por uma delas. A princípio estava correndo tudo muito bem com os alunos da “minha roda”. Até que uma das alunas começou a criar alguns probleminhas do tipo: - Ah! Eu gosto das aulas com o meu professor Maurício, acho chato ter outros professores na sala, estamos acostumados com as aulas de música e isso não é música! Conversei um pouco com ela e tentei convencê- la, mostrando para ela os colegas que estavam na roda do Maurício desenvolvendo bem a atividade, e expliquei que esta aula foi proposta por ele e não por nós, mas que se tratava de uma brincadeira musical que irá auxiliar muito no seu desenvolvimento. Consegui convencê- la por alguns minutos. Não demorou muito! Desta vez, não argumentou nada, mas desestruturava a dinâmica passando o copo atrasado e jogando-o de qualquer jeito para mim. Então a colega que estava ao lado dela, percebendo que estava bagunçando, ao invés de passar o copo para ela, “saltou” e passou para mim. Então fizemos várias rodadas ignorando-a de certa forma, o que tornou possível um bom desenvolvimento do grupo. Ao perceber que todos estavam conseguindo desenvolver a atividade mesmo com a sua “ausência”, resolveu entrar na roda! Foi quando eu a adverti, dizendo que iria deixá- la participar, mas que teria que se comportar como os outros. Após termos desenvolvido a dinâmica com os copos (começando com um copo e acrescentando outros quando possível) em cada grupo, Maurício numerou os grupos, e estes executavam a dinâmica até o final sem a nossa ajuda, passando para o próximo grupo, seguindo a ordem numérica. Todos conseguiram manter o pulso desenvolvido pelo grupo que deu iniciou a dinâmica. No terceiro ano B, Maurício relembrou o repertório da turma e também fez a dinâmica com os copos.

Relato Olga 27/07


Neste dia havíamos combinado de construir os ganzás com as crianças do segundo ano.
Começamos dividindo a turma em grupo para que todos pudessem participar da atividade. Entregamos o material para eles enquanto Ana orientava todos a fazer a montagem, paralelo a isso, alguns meninos interessavam-se pelo pífano que o professor havia levado para a aula, então Raiden começou a orientá-los em relação à postura da flauta.
Nesta altura os ganzás já estavam todos prontos o trabalho era o de ornamentação, como Ana havia dito no grupo essa foi a parte mais interessante para a turma, eles ficaram muito felizes.
Como a escola estava em semana de prova e o jornal passou uma noticia falsa em relação a uma suposta greve de professores só colaboramos nesta turma.

Relato Olga 19/07

Quando cheguei à escola a aula já estava começando, Diego e Ráiden preparavam-se para começar no segundo ano A.
Ráiden tirou o pandeiro e pediu pra que todos fizessem um circulo, daí perguntou se eles se lembravam da aula passada, as crianças responderam afoitas: ”Leite, pão e chocolate” referiam-se a uma atividade feita na aula anterior onde Raidén “apelidava” as figuras com nomes correspondentes a duração de cada uma, sendo pão a semínima, leite duas colcheias e chocolate quatro semicolcheias.
Quando Ana chegou com os instrumentos, mostramos para todos eles que ficaram muito empolgados ainda mais quando Ana disse que eles aprenderiam a fazer na próxima aula.
Já no segundo ano B e C, os instrumentos foram aproveitados para executar uma série de seqüências rítmicas propostas por Raiden, assim formando uma pequena banda, sendo Diego responsávem pelo grupo das clavas, Ana pelo grupo das tampinhas, Eu dos ganzás e Raiden com a percussão corporal.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Relatório Escola Olga 12 de agosto de 20

Nessa quinta-feira, tive a oportunidade de substituir o professor Ráiden, que não fora a escola devido a uma reunião. Ele me pediu para que eu continuasse com as atividades de prática de conjunto, que estavam sendo desenvolvidas no primeiro ano A e B. Até então, os remanejamentos das aulas tradicionais com as de musica e educação física, acontecem da seguinte forma: a turma é dividida em duas partes, uma para música e outra para educação física, com quarenta minutos de duração.
Nesse dia a professora de educação física ficou com a turma do primeiro ano A completa. Fui então tentar passar para a turma B, onde a professora pediu que eu esperasse mais um pouco, pois não era a hora dessa turma. Como não faltava muito tempo resolvi esperar nessa sala mesmo. A professora nos deixou na sala, e pediu para que os alunos terminassem a atividade enquanto ela subiria novamente. Ainda não era a minha hora. Os alunos comeram a dispersar, alguns saíram de seus lugares e foram perturbar o outro colega, um menino de cabelo duro fez gozação com uma menina, chamando-a de “cabelo duro”! E além do mais ficaram interrogando, quanto a mim e a meu instrumento que estava do meu lado, eu falei que quando chegasse a nossa hora, agente conversaria. A propósito perguntei: -porque vocês não terminam suas atividades? Fui até a porta e menti dizendo que já estava vindo a professora, todos calaram no mesmo momento. Eu perguntei: -porque vocês fizeram silêncio repentinamente?, alguns responderam: -porque a professora briga. Eu disse então será que é preciso isso para manter a atenção dos alunos? Fui então a minha experiencia sozinho em sala de aula.
Falei aos alunos que o professor não viria, e que ele pediu que eu desse essa aula. Disse então que precisaríamos ajudar uns aos outros, da seguinte maneira: não fazendo bagunça, etc. Fizemos um círculo onde distribuí os instrumentos em forma de sequência. Os tamborezinhos foram os prediletos. Tentamos trabalhar com o ritmo da capoeira, nem todos conseguiram executar, pois a maioria tocava aleatoriamente, ou seja, cada um no seu ritmo. Falei então aos alunos que estávamos fazendo uma prática de conjunto, e que a ideia principal era um ouvir o outro. Em seguida tentei um outro ritmo, em forma de brincadeira, o que deixou mais prazerosa a atividade. Os alunos propuseram dividir em grupos, mulheres e homens. Foi um ritmo inventado ali, naquele momento, o “Papa Mama” no qual um grupo tocava as sílabas papa e o outro mama, nessa atividade eles já conseguiram ser menos aleatórios.
Toquei “samba lele” no trombone, e eles cantavam bem alto e batucavam com muita empolgação. Depois disso, ainda em círculo, nos últimos minutos da aula, que passou muito rápido, conversamos mais um pouco. Falamos sobre a dispersão que ocorreu durante a aula, e que essa foi a razão na qual maioria do tempo foi gasto, e eu tentando falar, mais não conseguia... Perguntei se era preciso gritar para manter a atenção deles, eu disse que não, pois isso pode ser resolvido com diálogo. Deu três horas e todos ali foram liberados.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Relato da Escola Santa Bárbara 05 de agosto de 2010

Grupo 5

Maurício iniciou a aula com “A rodinha da amizade” e “A hora do ouvido”, nesse momento algumas das crianças pediram as outras que fizessem silêncio, depois um deles que estava mais agitado chegou um pouco chateado, creio eu que porque deve ter recebido alguma advertência da professora que estava conversando com ele, então esse que chegou depois, ficou tentando chamar a atenção para si e tentando desestruturar a aula e atrapalhar a hora do ouvido fazendo sons no violão que estava em cima da mesa. Ricardo sugeriu a Maurício tirar o violão de lá, mas ele recusou, imagino que sua idéia era mostrar a ele que tem hora para tudo. Então depois disso ele nos deu sinal, para darmos continuidade à atividade que foi iniciada na aula anterior então eu e Ricardo abrimos o painel com o desenho da fazendinha e os animais que os meninos haviam colorido.
Começamos a falar da fazendinha do mestre Zé enquanto eles viam o desenho, Ricardo começou a perguntar os sons que tinha na fazendinha e eles responderam, Maurício percebeu que estávamos meio perdidos na condução da atividade e iniciou a canção “Fazendinha do Mestre Zé” e na hora de imitar os sons dos bichos nós acrescentamos perguntando a eles onde cada bicho ficava no painel e conseguimos finalizar a atividade, mas conseguimos perceber algumas coisas na condução da atividade que precisaram ser discutidas mais tarde.

3º ano A

Partimos depois do grupo 5 para sala do terceiro ano enquanto Maurício foi pegar os copos. Dividimos a sala como Maurício normalmente faz e quando ele entrou na sala com os copos formamos dois círculos que cada vez estão sendo formados com maior facilidade. Começamos a atividade dos copos com um copo e fomos até cinco copos. Como haviam dois círculos percebemos que naturalmente foi formado um estímulo de competição, que fez com que eles se dedicassem mais a atividade até mesmo os que no inicio haviam se recusado.

No final das aulas, na sala dos professores, nós conversamos com Maurício sobre a situação da turma, sobre o comportamento de alguns alunos e sobre a nossa atividade no grupo cinco, refletimos sobre as nossas falhas na aplicação da atividade e percebemos que apesar de tanta conversa e planejamento do que faríamos nós não fizemos um plano de aula detalhado. Nosso plano girou em torno do planejamento da atividade e não em torno do desenvolvimento da atividade, sabíamos o que fazer, mas não definimos quem faria o que e acabamos nos comunicando mais na intuição.
Conversamos bastante e uma das conclusões que tirei foi que, conversamos sobre o plano, fizemos cada um a sua imagem da aula na cabeça e não descrevemos o que parte exatamente da atividade cada um desempenharia, então percebemos na prática, mesmo já sabendo disso antes, a importância do planejamento e principalmente pra desenvolver uma aula em grupo.
Relatório de Observação Colégio Santa Barbara dia 05/08/2010

Devido a problemas com o trânsito no bairro de São Caetano, não pude chegar a tempo para assistir a aula do grupo 5. Cheguei quando se iniciava as aulas 5º ano B. A sala estava dividida em 2 círculos. O professor estava começando a ensinar ao grupo a música “Viva eu, Viva tu, Viva o rabo do tatu” (Lenga La Lenga). Enquanto o grupo cantou a música, passou os copos conforme o pulso da música. Cada vez que os grupos acertavam o professor adicionava então mais um copo. A sala estava um pouco inquieta. Enquanto o professor ensinava pra um grupo, o outro grupo fazia barulho. No final da aula, todos os grupos estavam com 5 copos em mãos e passando simultaneamente. Algo interessante a ser constatado é que no final da aula, quando o professor mencionou que um grupo estava correto e outro não (e vice versa) os alunos se sentiram desafiados a executar corretamente a música e a aula ocorreu com maior motivação em relação ao começo.
Não houve aula no 5º ano A porquanto a professora ficou doente, então Maurício conversou conosco (Ricardo e Géssica) sobre o ocorrido na turma e a importância do planejamento de uma aula. Em seguida o mesmo nos ensinou como executar o com os copos a canção “viva o rabo do tatu”.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Relato do Colégio Municipal Olga Figueiredo - 06 de julho de 2010 / Sexta-feira

Mas um dia de sexta-feira e a escola Olga Figueiredo em “ritmo de festa”, dessa vez o evento contava com a exposição de artes do 4º ano A e B e uma homenagem aos Pais por se aproximar o seu dia. Foi um tempo de grande importância para vida pedagoga de cada criança, principalmente para os alunos que estavam prestigiando o evento. Cada obra de arte exposta revelava os materiais utilizados pelos nossos artistas mirins desde lápis de cor, lápis grafite, colagem em papel, palitos de picolé, cordões, tampinhas, matérias reaproveitáveis etc. Os alunos se inspiraram a partir de um texto passado pela professora deles de português.

A programação aconteceu no pátio da escola, todos arrumados e envolvidos com evento. O professor Igor do 1º e 2º ano fez a abertura cantando com os alunos algumas canções e, o legal foi que todas as crianças estavam cantando. Ao terminar o momento de cânticos foi passada a palavra para a professora do 3º ano A, Jocilene da 3ª A que conduziu a apresentação de uma Peça onde os personagens foram interpretados pelos alunos da 3ª A.

A programação continuou homenageando os pais presentes com nossa canção tradicional “parabéns pra você”.

Para finalizar os trabalhos as professoras pediram que cada turma em fila fosse passando e olhando os trabalhos expostos e em seguida fossem se dirigindo para suas salas.

Terminado a programação da “exposição de artes” o professor Ráiden me informou que o ensaio do projeto iria ser dirigido por ele com o auxílio dos monitores que a professora previamente já tinha elegido na aula anterior para dar suporte ao seu trabalho e desenvolvimento do espírito de liderança de cada um. Salientou que a professora Rita não estaria presente em virtude de ter ido fazer a matricula do seu curso de mestrado.

Fui orientado a fazer um trabalho mais direcionado à voz falada no contexto teatral. Combinamos de começar o trabalho com um alongamento físico orientado pelo professor Ráiden e em seguida o condicionamento vocal orientado por mim.

Enquanto a professora do ensino fundamental estava concluindo as atividades regulares para ceder o espaço para as aulas do projeto ficamos aguardando no corredor da escola. Os trabalhos começaram às 14:35hs, como sempre, contamos com a colaboração dos alunos na arrumação da sala para dar inicio as nossas atividades.

Nesse dia os alunos estavam muito agitados, a comunicação estava impossível. Tentei sensibilizá-los no sentido de não gritarem em ambientes fechados, principalmente na sala de aula, a valorizar o ouvir e a importância da concentração para conseguirmos uma aula produtiva e um trabalho de qualidade, mas ainda assim foi difícil. O professo Ráiden pediu a palavra, orientou-os a sentarem em circulo no chão e fez um bate papo levando-os a refletirem na conduta em sala de aula. Depois pediu que todos se levantassem e continuassem em circulo para dar inicio ao alongamento físico.

Continua...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

sábado, 7 de agosto de 2010

Relato Olga

Boa tarde!!! Devido ao témino do recesso das aulas, não pude mais ir obsevar as aulas do segundo ano desde essa última terça-feira. Eu propus ir na quinta para poder observar o primeiro ano, e segunda ou quarta acompanhar os ensaios-aula do Olgart. Nessa semana eu não fui, pois antes disso eu estava me recuperando de uma gripe mais logo veio uma recaída. Estou tossindo e espirrando muito.
Abraço a todos!!!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Relato Santa Bárbara, quinta-feira, 29/07/2010.

Após uma semana sem comparecer a escola Santa Bárbara por conta de alguns problemas de saúde ocorridos com Maurício além de uma paralisação na rede municipal de ensino, voltamos a visitar o grupo cinco e o grupo do terceiro ano A. Quando cheguei à escola, já se encontravam por lá, Géssica e Ricardo. Maurício estava desenvolvendo “a hora do ouvido” no grupo cinco, com os alunos sentados em círculo e escutando uma canção de ninar, e após terem ouvido a canção os alunos diziam o nome do instrumento que estava em evidência na música e imitavam a execução deste. Os alunos dessa turma estão cada vez mais familiarizados com as atividades que vem sendo desenvolvidas por Maurício; não tem havido a necessidade de grandes interferências no tocante ao comportamento da turma, pois, os alunos se identificam bastante com as atividades, sendo os contratempos, de certa forma releváveis. Em seguida, Maurício colocou um cd, onde apareciam diversos sons (moto, pássaros, assovio) e em seguida cada aluno identificava o tipo de som mais agudo e grave. Utilizou os termos “grosso e fino” como forma de analogia aos termos grave e agudo respectivamente. As aulas nessa turma sempre parecem mais curtas que as demais; acaba a aula e os alunos ficam ansiosos por mais uma atividade, principalmente as que utilizam instrumentos.
Fomos para a turma do terceiro ano A, onde demos continuidade a uma atividade utilizando copos para marcar o pulso na música “Viva eu, viva tu” com a turma dividida em dois círculos. Eu e o Ricardo ficamos em uma das rodas e Géssica e o Maurício em outra. Primeiro utilizamos apenas um copo, para depois inserir mais um, ficando dois copos em cada roda. Foi bastante complicado trabalhar com essa turma, os alunos estavam bastante desconcentrados, dificultando o desenvolvimento da atividade e a participação dos alunos que estavam mais interessados. Embora essa turma tenha apresentado um comportamento um pouco melhor do que o da semana anterior, não foi o bastante para podermos desenvolver uma atividade que surtisse um efeito abrangente, no que diz respeito a aprendizagem. Conversamos com Maurício após a aula sobre essas questões, e chegamos a algumas conclusões. Notamos que mesmo que uma atividade possa parecer simples, nem sempre devemos colocar expectativas em relação ao desenvolvimento dos alunos, pois, se trata de um processo onde diversos fatores estão envolvidos além da percepção de cada um. Géssica tocou num ponto importante nesse processo, que diz respeito ao nosso entrosamento com a turma, independente do comportamento desta, ou seja, que não devemos esperar uma adequação dos alunos ao nosso ritmo e sim nos adequarmos a eles.

Relato do Colégio Municipal Olga Figueiredo - 16 de julho de 2010 / Sexta-feira

Chegando à escola fui recepcionado pelos alunos do projeto que estavam na entrada esperando o horário para entrarem. Logo quando me viram começaram a gritar: Professor! Professor! Professor André... Olha, é o professor André... E, é claro, fui cumprimentando por cada um deles que demonstraram muita satisfação em me ver. O agente de portaria permitiu a minha entrada e logo fui à sala dos professores onde encontrei a professora Rita que estava fazendo algumas alterações no texto da fala dos personagens do novo musical cujo tema é: Áfricas, E Quem É Diferente?

Como a professora precisava de mais tempo para concluir as falas e fazer copias para cada aluno me pediu para ficar com eles enquanto estava terminando o texto. Ela cuidou de direcionar os alunos para uma das salas de ensino regular para que o trabalho começasse logo e aproveitassem bastante.

A sala de aula estava com muitas cadeiras e isso prejudicaria o ensaio da dança então sugerir que os alunos removessem as cadeiras para a área externa da sala com o intuito de ganharmos mais espaço para trabalharmos. Não foi difícil conseguir a ajuda deles, por serem solidários. É visível a disponibilidade de cada um em por a mão na massa. Todos colaboraram.

As atividades não puderam acontecer no laboratório de informática como de costume porque a direção da escola estava com alguns funcionários conferindo a remessa de novos computadores que a escola recebera.

Logo que terminamos de retirar todas as cadeiras pedir que os alunos entrassem e formassem uma grande roda. À medida que eles iam se arrumando fui percebendo que a sala que era maior que o laboratório de informática se tornara pequena diante do número presente de alunos. Então, pedir que fossem formadas duas grandes rodas para que coubessem todos dentro da sala e fosse possível o desenvolvimento da primeira atividade.

Atividade número I: Expressão corporal e canto

Desenvolvimento:

Letra da canção:

À direita dois,

À esquerda dois,

Quatro para frente divagar com vosso par.

Calcanhar e ponta,

Gira um, dói, três,

Calcanhar e ponta,

Vamos outra vez!

Um, dois, três vai para a direita-palmas.

Um, dois, três para a esquerda-palmas.

Essa atividade foi desenvolvida com ele com o objetivo de aquecimento vocal, preparo físico, integração e trabalho de equipe, reconhecimento de espaço, e despertar a concentração e atenção.

Segunda atividade:

Expliquei se tratava de uma atividade de imitação. Eu iria emitir um som e eles iriam reproduzir. Assim, todos seguiram a orientação. Brincamos com a voz emitindo sons grandes e sons agudos; saímos do som grave para o agudo, do som agudo para o grave. Depois expliquei a importância e participação dos músculos da respiração. Pedir que eles se concentrassem e tentasse sentir cada músculo trabalhando no processo da respiração – inspiração e expiração.

A O professor Ráiden chegou e ficou observando o desenvolvimento das atividades e fez algumas filmagens. Houve aplausos, e os alunos foram parabenizados pela interação e colaboração na atividade. Em seguida a professor Ráiden distribuiu o novo texto e o roteiro do novo musical dando inicio ao trabalho das falas. Foram feito alguns ajustes ao longo do ensaio.

Levei os figurinos como tínhamos combinado para que a professora Rita verificar se seria interessante para apresentação. Foram feitos alguns avisos inclusive que os alunos não poderiam faltar aos ensaios porque tínhamos pouco tempo para prepararmos tudo. O professor Ráiden falou da aprovação do projeto e continuidade das atividades no Olga e salientou que tinham que trabalhar batente para que tudo desse certo. Logo depois os alunos foram dispensados.

A professora Rita não pode ficar até o final do ensaio porque teve que levar os resultados dos exames para seu médico.

Relato do Colégio Municipal Olga Figueiredo - 30 de julho de 2010 / Sexta-feira

...

Relato do Colégio Municipal Olga Figueiredo - 09 de julho de 2010 / Sexta-feira

Não pude ir para a escola porque estava com a perna engessada...

Relato do Colégio Municipal Olga Figueiredo - 23 de julho de 2010 / Sexta-feira

A INFRA-ESTRUTURA FAVORECE A QUALIDADE DO TRABALHO

Apesar de ainda não ter uma sala apropriada que possibilita-se melhor locomoção, marcação de sena e ensaio da banda de musica os alunos do projeto continuam freqüentando as aulas bastante animados e otimistas. Atualmente continuam ensaiando no laboratório de informática que não comporta todos os alunos, porém quando acontece de o laboratório ser ocupado por outras atividades aí a situação muda, mais uma correria para se conseguir outro espaço para que o trabalho não deixe de acontecer. Temos outras alternativas: esperar uma aula regular terminar para usarmos essa sala, a quadra de esporte que fica no funda das salas ou o pátio da escola onde é servido a merenda contudo devido as aulas serem ministradas perto dessas áreas o som da música do ensaio pode tirar a concentração dos alunos nas salas de aula causando assim uma dispersão.

Além de cuidar da disciplina dos alunos temos que manter a chama do entusiasmo acesa para não deixar que essas coisas os desanimem e o trabalho seja prejudicado. Poderia se pensar em um espaço melhor, mais apropriado para as vivencias artísticas, entretanto a escola não tem estrutura física para isso, não dispõe de salas extras. Mesmo com dificuldades o projeto não deixa de realizar suas aulas e alcançar os objetivos esperados. Como exemplo temos apresentação do musical “Poderia Ser Diferente”, a vida pedagógica da escola não para.

Nessa sexta-feira, foi um dia de muita chuva eu ate pensei que não iria ter aula na escola por conta do temporal, mas me enganei. Para minha surpresa todos os alunos estavam lá e com muita empolgação. O professor Ráiden regendo a banda enquanto que a professora Rita passava a coreografia com os alunos. Tudo acontecia simultaneamente.

Foram feitos alguns avisos e distribuído o roteiro do novo musical “África” para que os alunos já fossem se familiarizando com tudo que ira acontecer no dia da apresentação e tivessem a idéia do que eles estariam preparando durante o período de construção.

Depois de ter feito os avisos os alunos foram dispensados porque os professores Ráiden e Rita teriam logo depois uma reunião com a diretora e coordenadora para discutir e planejar a aquisição de figurino, cenário, som e iluminação para o espetáculo dentre outros assuntos. O professor me convidou para estar presente.

Na reunião vi a necessidade de contribuir com o figurino, ficou combinado que levaria alguns figurinos em nosso próximo encontro para vermos o que poderia ser usado e com isso diminuir os custos do orçamento.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

RELATÓRIO OBSERVAÇÃO ESCOLA SANTA BÁRBARA (3º ANO A) 29 DE JULHO DE 2010

Saímos do grupo cinco e fomos todos para a sala do 3º ano A, o educador pediu aos educandos que arrumassem as carteiras (fila do meio pra trás, três filas para o lado direito, três para o esquerdo) liberando o meio da sala para a aula.
Com as carteiras arrumadas o educador escreveu no quadro a musica “Rabo do tatu” (viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu), pedindo aos educandos que o acompanhassem batendo palmas, primeiro as palmas representavam o pulso, logo após na parte do “viva o rabo do tatu”, o pulso foi subdividido em metade. Todos realizaram essa atividade sem dificuldades. Então o educador organizou uma mini-roda utilizando os alunos da fila do fundo, e deu um copo a eles para que fosse passado dentro do pulso da musica, todos conseguiram, deu mais um, todos conseguiram, deu mais um e o pulso começou a se perder. O que deu pra perceber claramente nessa atividade foi a alegria em que eles ficavam quando o educador aumentava o grau de dificuldade acrescentando os copos. Terminada a atividade com a mini-roda, o educador organizou duas rodas maiores, cada uma com metade da sala e repetiu a atividade coordenando com Gessica uma roda, enquanto eu e Tânia coordenávamos a outra. Em dado momento do decorrer da atividade, foi muito difícil manter o pulso, alguns educandos dispersaram e outros começaram a bater o copo com muita força no chão demonstrando irritação e desafio, foram chamados a atenção por mim, e a atividade prosseguiu. Conversando depois da aula sobre a dispersão e dificuldade dos educandos de manter o pulso, chegamos a conclusão de que o fato de termos duas rodas dependentes uma da outra dificultou o trabalho do educador, sendo possível a organização de uma roda só, ou então trabalhar com duas rodas independentes cada uma com o seu pulso. O educador nos explicou tambem que essas atividades são preparatórias para a dinâmica completa do “rabo do tatu”, executando a dinâmica completa para a gente (trata-se de um jogo rítmico super dinâmico e sonoro). Talvez se nós aprendêssemos a dinâmica e executássemos em grupo para os educandos verem o quanto é instigante jogar aumentando o pulso e acrescentando os copos sem errar, eles poderiam se motivar mais e aprender com mais concentração.
Na já recorrente reunião depois do fim das aulas, o educador nos apresentou o plano de aula explicando que sempre estabelece metas para alcançar os objetivos, definindo em quantas aulas pretende que o trabalho se mostre satisfatório, pois isso ajuda no momento da auto-avaliação frente aos objetivos propostos. Ressaltando também que alem das habilidades rítmicas necessárias a realização da dinâmica do copo (Rabo do tatu), os educandos tem que trabalhar em grupo, cooperando entre si para que o som produzido por todos soe coerente, o que contempla os conteúdos atitudinais. O educador então direcionou a discussão para a atividade de produzir um artigo, em grupo chegamos a conclusão que temos que escrever sobre o que estamos vivenciando, decidindo escrever um Estudo de Caso.

RELATÓRIO OBSERVAÇÃO ESCOLA SANTA BÁRBARA (GRUPO 5) 29 DE JULHO DE 2010

Ir à escola Santa Barbara quinta feira foi uma grande oportunidade de aprendizado para qualquer estudante de licenciatura, maior ainda para o estudante de licenciatura em musica. As questões praticas do cotidiano da escola, o chamado “que fazer” necessários a profissão de educador musical, a reflexão pós-aula, critica-propositiva, foram os conteúdos básicos da manhã.
Quando cheguei, o educador Mauricio Doria estava na sala dos professores, pouco tempo depois da minha chegada, fomos convidados por uma educanda a ir para a sala do grupo cinco que fica ao lado da dos professores, entramos na sala, damos os bons dias a todos e o educador então, pediu que todos dessem as mãos para formar a roda da amizade. A roda se formou, (o tamanho da sala e a disposição das carteiras não facilitaram a formação da roda). Então o educador começou a cantar a musica de apresentação, desta vez quase todos cantaram, se recusando apenas dois (mais tímidos), “sendo que um terceiro cantou com a camisa no rosto”.
O educador tirou o aparelho de som e anunciou a “hora do ouvido”, antes porem quero ressaltar um detalhe do espaço físico da escola e por conseqüência sua paisagem sonora:
“já no fim da atividade de apresentação, trabalhando os conteúdos atitudinais básicos a vida em grupo, fomos invadidos na sala pelo som alto que partia de uma das casas vizinhas. (nos fundos da escola há varias edificações de 2 andares, a sala do grupo cinco fica exatamente no fundo, próxima ao muro, com a janela voltada para a janela das casas)”.
A “hora do ouvido” se viu então um pouco prejudicada, mas mesmo assim os educandos conseguiram manter a concentração na atividade que transcorreu sem problemas, com o educador apresentando a eles a musica de ninar..., todos identificaram o piano como instrumento que estava sendo tocado, depois tocaram piano no ar ouvindo novamente a musica. Cantei a melodia da musica enquanto tocávamos “piano no ar”, mas não fui acompanhado, surgindo então umas questões em minha cabeça (eles não cantaram porque não conseguiram gravar a melodia em duas audições? O fato de ter que dividir a audição da musica de ninar com a musica que vinha da casa vizinha atrapalhou o processo? O que fazer para que o obstáculo se torne material de aula?). O educador perguntou qual o som mais “fino” (agudo) que eles estavam ouvindo, e qual o mais grosso (grave), todos responderam que o carro era o mais grosso e saíram imitando o carro, e ficaram divididos entre o apito e o passarinho quanto ao mais fino imitando os dois.
Ficou decidido que na próxima aula começaremos a aula com as clavas.
Todos nós (eu, Mauricio, Gessica, Tânia) refletindo depois sobre a aula, chegamos a alguns direcionamentos:
– não realizamos a segunda parte da atividade da Fazendinha do mestre Zé e fomos cobrados por isso pelos próprios educandos, então na próxima quinta levaremos a Fazendinha para que os animais sejam colados enquanto faremos uma composição semi-dirigirda de uma historia com Seu Zé e os bichos da fazenda, tentando recriar a paisagem sonora da fazenda.
– e possivelmente a “invasão do som”, poderia ser utilizada como motivo para realizarmos algumas das atividades de Schafer propostas no capitulo “limpeza de ouvidos” do livro “O ouvido pensante”.

domingo, 1 de agosto de 2010

Relato de observação Escola Sta Bárbara 29/07/10

Grupo 5
A aula iniciou com a "Rodinha da amizade" e a música de apresentação, que foi cantada por quase todos os alunos, sem muitos problemas de timidez. Em seguida se iniciou "A hora do ouvido", a maioria conseguiu identificar que a música que Maurício colocou era tocada só com o piano e depois imitaram como é que se toca o piano, depois Maurício colocou outra faixa de cd que continha sons de trânsito, eles identificaram os apitos como os sons mais agudos e os ruídos de alguns carros como os mais graves. em alguns momentos da hora do ouvido alguns pediam aos outros que se aquietassem para poderem escutar melhor, percebi que a turma estava bem tranquila esta manhã. O tempo acabou e eles demonstraram querer continuar com a aula e mais específicamente usar as clavas mas ficou a promessa para as atividades da próxima semana começarem com as clavas.
3º Ano B
O Professor usou uma estrátegia para afastar as carteiras sem algazarra direcionando duas fileiras para a direita, duas para a esquerda e a do meio para o fundo. Após a arrumação das carteiras ele ensinou a canção "Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu" cantando e fazendo nas palmas quatro pulsos depois a sua divisão, então chamou cinco crianças da fileira que foi para o fundo para ajuda-lo na demonstração da atividade que inseriu agora os copos, depois dividiu toda a turma em dois grupos e cada grupo formou um círculo com a dispersão natural deles, mas rapidamente e organizado então eles cantaram a canção passando um copo no rítmo e depois com dois copos. Aatividade foi finalizada nesse momento porque as aulas da escola foram encerradas ás 10h.
Ficamos na sala discutindo um pouco algumas das nossas percepções sobre as aulas com Maurício e trocando informações.

Relato de observação Escola Sta Bárbara 15/07/10

Grupo 5
Maurício inicio a aula com a "Rodinha da amizade" e em seguida iniciou "A hora do ouvido" onde eles se preparam só para escutar e nada de falar. O que me chamou a atenção foi que após ouvir "Canção triste" de Carmem Mettig uma das crianças disse que a canção era triste então outra criança logo interrompeu dizendo que a canção não era triste, era boa, isso mostra que esse associa bom com alegre e mau com triste. No final dessa atvidade eles pediram que Jean se apresentasse porque era primeira vez que ele estava conosco e por isso cantamos todos a música de apresentação. Para início da atividade que preparamos Maurício cantou "A fazendinha do mestre Zé" e na hora da imitação dos animais nos mostramos os desenhos que trouxemos para eles e então a imitação correspondia ao desenho mostrado. Após a canção nós entregamos os desenhos para eles colorirem, e foi interessante porque não havia desenhos para cada um então nós os colocamos em dupla, inicialmente eu pensei que fosse dar alguma confusão mas foi excelente a experiência de vê-los compartilhando os desenhos e cada um pintando uma parte. Maurício foi para outra turma e nós ficamos com eles até o final da pintura.

3º Ano A
Quando chegamos na turma seguinte já estava ocorrendo a atividade. Maurício estava com a turma dividida em dois grupos, um esperava e olhava enquanto o outro estava numa roda com ele cantando "escravos de Jó" e passando os copos no ritmo da canção. Depois ele chamou o segundo grupo para fazerem outra roda e distribuiu as clavas para que eles fizesse o mesmo que o primeiro grupo, em seguida os dois grupos cantaram enquanto coordenavam os ritmos das clavas e dos copos. Nós participamos da roda e observamos o desenvolvimento das crianças no jogo com suas dificuldades e superações.

3º Ano B
Nesta turma o professor conversou um pouco sobre o semestre anterior pois essa foi a primeira aula do segundo semestre e cantaram juntos a canção "Da maré", depois ele começou a listar com a ajuda dos alunos as canções aprendidas no semestre anterior.
1. Da maré
2. O que é que tá escrito
3. Vagalume
4. Sai preguiça
5. Galo
No meio da listagem das músicas houve um excesso de dispersão de alguns e neste caso a estratégia usada pelo professor foi aumentar o volume da voz e a rigidez para poder ter atenção, todos se calaram nesse momento, a listagem continuou e começaram a participar, depois cantaram juntos "O que é que tá escrito" e "Sai preguiça". O professor pediu que não gritassem, que cantassem e eles atenderam, mesmo com a dispersão de um ou outro o Professor deixou que cantassem até o fim. Em seguida ele deu início a outra atividade escrevendo dois graficos no quadro com pilotos de cores diferentes, dividiu a turma em dois grupos, cada grupo para uma cor. Os gráficos coordenavam entre os grupos movimentos corporais sonoros como palmas e estalos. De repente, após uma combinação discreta entre alguns deles, uma boa parte começou a cantar "We will rock you" em estilo de comercial de tv, o Professor Maurício esperou eles terminarem a manifestação e deu continuidade a aula, concluindo a atividade com os gráficos até libera-los para casa.