sexta-feira, 30 de abril de 2010

Visita dia 26/04/2010


4º ANO

Classe com 24 alunos e faixa etária entre 8 e 10 anos. Todos observaram as informações e participaram das atividades. O professor trabalhava com sinais não pertencentes à escrita convencional de música (quadrado, circulo, x) para ilustrar as variações de dinâmica, ritmo.
Devido à sala conter muitos alunos, o professor não poderia utilizar o espaço da sala de uma forma mais livre e então o mesmo utilizou o espaço dos corredores para execução da atividade de musicalização proposta. O mesmo solicitou que os alunos executassem os ritmos propostos com os movimentos a serem feitos no espaço do corredor das carteiras. O material utilizado nesta aula fora apenas uma clava no qual seria passado para o colega que estava sentado no banco anterior a ele e assim sucessivamente.
É interessante ressaltar que no momento da aula houve conversa paralela, entretanto o professor repreendeu os alunos de uma forma não ríspida, mas que impusera respeito ressaltando um acordo de silêncio que o mesmo tinha feito no início da aula.




5º ANO A
Classe com aproximadamente 28 alunos e faixa etária entre 10 e 12 anos. O professor iniciou a atividade com leitura da letra da música Nasce o Sol ao 2 de Julho. O mesmo distribuiu a letra da música, solicitou que os alunos lessem antes de cantar. Depois colocou o aparelho de som com o áudio da música e em seguida solicitou que os mesmos cantassem a música. O mesmo já havia trabalhado a música anteriormente.
Os alunos demonstraram certo “desinteresse” porquanto aparentemente não estavam habituados a lidar com o repertório desconhecido. O professor estava ciente da situação e teve a regência da sala normalmente.
5º ANO B
Professor inicia aula com repreensão devido à inquietude dos alunos que já havia se iniciado na aula anterior. Após o diálogo a situação de bagunça e desequilíbrio já havia sido controlada e os alunos fizeram a atividade estabelecida que fora a mesma que a do 5º ano A. A afinação não era levada em conta. O objetivo principal era trazer a discussão dos aspectos cívicos como os símbolos pátrios. Até o final da aula os alunos pararam de cantar e se dispersaram. O professor lançou um desafio de dicção para saber quem cantaria a música do começo ao fim. Então a turma se reanimou e cantou a música completa.

Esta foi a minha primeira visita à escola Santa Bárbara. Espero que nossas visitas e relatos sejam tão interessantes quando a própria educação musical!!!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Primeira Visita 23/04/10

Na sexta, dia 23/04, fiz minha primeira visita à Escola Olga. Minha saga começou no ponto de ônibus. Esperei 1 hora de relógio, e depois demorou mais 1 hora de viajem. Tudo bem, eu já aprendi outras possibilidades de ônibus! Cheguei atrasada, e assisti o final do ensaio do musical Poderia Ter Sido De Outra Maneira, montado pelos professores Raiden e Rita, a professora de dança. O ensaio aconteceu no pátio da escola, e como eles estão próximos da estréia, eles tiveram que ensaiar no horário da capoeira. Ouve uma interferência total dos sons externos. O som da rua também chegava dentro da escola, dando para escutar os carros e um pastor pregando na Igreja Universal, que fica bem em frente a escola. Notei que os professores precisavam de falar alto, para os alunos escutarem. E cheguei a conclusão que a escola precisa de ser projetada com parâmetros acústiscos, e que as vezes é necessário um microfone, e se puder ter um fonoaudiólogo dentro da escola para reeducar professores e alunos, melhor ainda. Acho que estou falando sobre saúde vocal e auditiva.

Depois do ensaio, Raiden me apresentou para vários professores. Maurício Freitas já estava interagindo com os alunos. Raiden entrou em uma sala e convidou nós dois. Ele explicou que iria começar uma reunião com os pais sobre o projeto Mais Educação, e resolvemos ficar e assistir. Neste momento aproveitamos para tirar algumas curiosidades. Logo depois Diego chegou.

Durante a reunião os professores explicaram para os pais e alunos como funcionava o projeto. Este projeto mais educação proporciona ao aluno educação integral. Dança, Música e Teatro estão envolvidas neste projeto. Eles até criaram um grupo chamado Olgart, que são estes alunos matriculados em artes que aprendem, ensaiam e se apresentam.

As minhas primeiras impressões estão muito ligadas ao que é ser professor. Reparei muito na dedicação dos professores para a realização do musical; o desprendimento da falta de espaço e instrumentos; a criatividade para a criação desse musical; a preocupação de mostrar aos alunos a possibilidade de ser artista.

Acho que ainda é muito cedo para dizer sobre tanta coisa!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Primeiras impressões 26/04/2010

Hoje compareci à Escola Municipal Santa Bárbara localizada na comunidade do "Bate estaca", próxima ao fim de linha do Uruguai. Felizmente não esperei muito pelo ônibus, tampouco enfrentei dificuldades para encontrar a escola. Ao chegar, encontrei o Jean na portaria e fui pego de surpresa pela estrutura que encontrei na escola. Sinceramente eu não esperava encontrar em uma escola municipal tamanha organização e limpeza, visto que estudei toda a minha vida em escolas públicas.

Os profissionais desde a portaria à direção foram todos muito educados e nos receberam muito bem, assim como o professor Maurício, que por sinal é um exemplo de educador que veste a camisa. Em cada turma pude observar a maneira como procede em sala de aula, as atividades trabalhadas e principalmente como lida com as limitações encontradas em salas com mais de 30 alunos, pouco espaço e o barulho ambiente de conversas paralelas.

Foi fácil enxergar a disparidade na faixa etária em todas as salas em que estive observando as aulas do professor Maurício, uma turma de quarto ano e duas turmas de quinto ano. As duas primeiras, responderam de maneira um tanto satisfatória às atividades, mas a última turma de quinto ano estava um tanto agitada e inquieta, a professora de inglês que estava dando aula antes do professor Maurício não conseguiu terminar sua aula, então foi necessário que o professor tivesse uma conversa com os educandos visando conscientizá-los e acalmar os ânimos.

A turma permaneceu um tanto agitada no início da aula, mas na segunda metade o professor conseguiu trabalhar melhor, pude observar que o professor conseguiu manter um certo controle sobre a situação, mesmo os alunos mais agitados responderam às atividades trabalhadas, embora um aluno em especial me chamou a atenção, ele ficou calado a aula inteira, então conversei com ele e fiz um acordo com o mesmo para que na próxima aula ele participe mais ativamente, será que ele vai cumprir?

Esse é um resumo do que pude presenciar no primeiro dia de trabalho no PIBID, minhas primeiras impressões foram boas em relação à escola e à metodologia do professor, mas já esperava encontrar as limitações da sala com um número grande de alunos e a indisciplina com conversas paralelas, brincadeiras fora de hora, etc. No mais, foi enriquecedor, espero que continue sendo, pois estou aprendendo de forma prática e significativa através desse projeto que certamente veio para revolucionar o conceito da educação criando pontes entre a universidade e as escolas.

Primeira Reunião 16/04/2010



Devo confessar que não tinha uma idéia formada sobre o que aconteceria nesta reunião. Estava um pouco preocupado já que o projeto era e ainda é algo muito novo pra mim. Confortava-me o fato de saber que meus colegas também partilhavam de uma sensação parecida pelo que pude notar.
Mesmo estando cheio de expectativas naquele momento não tive o dissabor de ter nenhuma delas frustradas, muito pelo contrário, fui surpreendido com a ingencia do projeto, não imaginava o quão grande que ele é. Os depoimentos do Ráiden e do Maurício foram simplesmente fundamentais para dar uma idéia de como trabalhar, agir e reagir a toda uma gama de dificuldades que encontraremos pela frente.  Cada depoimento dos companheiros também foi de fundamental importância, ter uma idéia do que cada um pensa do trabalho amalgama mais ainda nossos objetivos um dos outros, e assim fica mais fácil perfilhar da mesma idéia, tornando o grupo mais coeso.
Ainda tenho dúvidas sim, mas agora tenho a certeza de que as respostas pra cada uma delas serão construídas junto com o trabalho e produção do grupo. E então vamos lá.

domingo, 25 de abril de 2010

Uma idéia ...

Na literatura da nossa área uma questão muito recorrente diz respeito ao conhecimento prévio ou experiência prévia dos alunos. Durante nossa última reunião alguém (me perdoem, mas não me lembro quem) constatou que Ráiden, no caso, estava trabalhando com musicais na escola, sendo que em sua trajetória profissional muitos dos seus trabalhos foram justamente em contextos teatrais.
Ai, hoje pensei ... por que não fazer um estudo sobre a experiência prévia dos educadores para compreender os porquês de suas práticas em sala de aula?

REFLEXÕES ACERCA DA PRIMEIRA REUNIÃO

Nos depoimentos dos educadores Raidén e Mauricio, transpareceram claramente o que já intuíamos nas cartas de motivação!!!!!!

O sistema público de ensino não oferece as condições necessárias para a educação musical. Não há salas de música na maioria das escolas e não existem materiais em quantidade suficiente para a prática musical. A disciplina ainda é considerada pelos colegas de profissão como sendo de segunda importância e não há organização no currículo do curso de música no município.

Mas, o que mais apareceu nos depoimentos dos educadores, é que com boa vontade, imaginação e atitude, todas essas dificuldades podem ser senão sanadas, contornadas. Da falta de salas, faz-se a sala de música itinerante, da falta de material, cria-se um projeto possível. Quanto aos colegas, bem, o melhor é produzir e não se importar com os "ditos malditos". Os que agora são passarão, outros virão a ser educados pela música, se tornando pessoas sensíveis e globalizadoras, essas sim cooperadoras e pesquisadoras.

Através de soluções “simples” e vontade de trabalho, esses educadores partiram de um ponto inicial adverso , mas com os resultados obtidos conquistaram respeito e crédito, sendo convidados a participar no processo de formação curricular da área de música do município, participando também ativamente de políticas públicas que visam alterar positivamente o quadro da educação brasileira através de melhor formação do educador (PIBID).

É necessário que compreendamos que o discurso que versa sobre a escola pública sem solução, onde o ensino de música não é possível, só interessa aos que querem manter o status quo, onde educandos semi-analfabetos e consumistas, nunca se perguntam o porque do fato de existirem casas de 200m² e barracos de 5m², ou se perguntam, não tem bases teóricas suficientes para responderem a estes questionamentos.

E o que isso tem a ver com música?

A música é mais um meio que a classe dominante se utiliza para manter o “estado das coisas”. Mas se bem utilizada também pode ser um meio de questioná-lo e transformá-lo.

Então,

De que lado você esta?

Execução do Hino Nacional nas escolas do ensino fundamental pass a ser obrigatória

Essa notícia é antiga, mas é necessária

21/09 - 23:27 - Agência Brasil
BRASÍLIA - A partir desta terça-feira (22), as escolas públicas e
particulares de ensino fundamental terão que executar o Hino Nacional
pelo menos uma vez por semana. A lei com a obrigação foi sancionada
nesta segunda (21) pelo presidente em exercício, José Alencar, que
recebeu alta médica no último sábado (19). A autoria da proposta é do
deputado federal Lincoln Portela (PR-MG). Em 2009, a letra do hino,
escrita por Joaquim Osório Duque Estrada, completou 100 anos. *

sábado, 24 de abril de 2010

Primeira Reunião (16/04)

Sexta-Feira, 16 de abril, primeira reunião do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Devo confessar que a ansiedade me devorava por dentro afinal, que fazemos nós?! Para onde vamos? Alguns bolsistas ainda me eram desconhecidos, quem seriam essas figuras? E os professores das escolas? Bom, algumas dessas perguntas ainda não foram respondidas e creio que tudo ainda é muito novo, esse é o primeiro ano do Programa na EMUS, e de fato a minha primeira impressão foi essa: necessitaremos de muita PACIÊNCIA e ORGANIZAÇÃO. Fiquei imensamente feliz com a motivação e o ímpeto de todos bolsistas e professores presentes, mas esse ímpeto pode acabar prejudicando o bom andamento do Programa se não for bem organizado, acredito na capacidade de todos nós, mas de fato ficara tudo muito difícil se não houver colaboração e esforço de todas as partes.
Sobre os professores Maurício e Ráiden resumo claramente os dois discursos em duas palavras: AMOR e TRABALHO. Para Ráiden chegou a virar uma questão de saúde. Após anos de estudo, se percebeu numa sala de aula sem a mínima preparação para lidar com crianças de realidades tão complexas, muitas vezes violentas. Resultado: tendinite, afonismo e muitas outras dores de cabeça. Depois de alguns anos de TRABALHO, DEDICAÇÃO e AMOR a realidade parece modificada, ao menos em parte, mais uma prova do poder transformador da música. Já Maurício se insere num contexto diferente, ele participou efetivamente da história da comunidade que cerca sua escola e da trajetória da própria escola. Através de IDÉIAS inusitadas e de muita INICIATIVA conseguiu transformações na sua escola. Nos dois casos observo que nós bolsistas encontraremos – de certa forma – nas palavras de Ráiden: “A cama pronta para deitarmos e rolarmos!”.
“Em todo homem existe um ímpeto criador. O ímpeto de criar nasce da inconclusão do homem. A educação é mais autêntica quanto mais desenvolve este ímpeto ontológico de criar.” (FREIRE, Paulo. Educação e Mudança:O ímpeto criador do homem. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.)
Toda ansiedade inicial está se convertendo em estudos e leituras, e todo ímpeto ([Do latim impetu] Manifestação súbita e violenta; Movimento arrebatado; Pressa irrefletida), por hora levemente dormente, aguardando o momento certo para se transmutar em TRABALHO e DEDICAÇÃO.

Primeiro encontro (16/04/2010)

Estava cheia de expectativas neste dia. Finalmente um encontro com os bolsistas, Ráiden e Maurício (os professores) e eu! Preparei uma pauta com a lista dos assuntos que queria abordar, mas tudo foi logo se misturando a partir do primeiro assunto, ou seja, as apresentações. O papo estava tão interessante que não tive coragem de cortá-lo para redirecioná-lo para os pontos da pauta ...
Ráiden começou e logo foi contando sobre sua trajetória de estudante/músico até ser concursado pela escola municipal Olga Figueiredo no Vale do Matatu de Brotas. Descreveu bem o desânimo ao entrar na escola pelo desconhecimento deste mundo para o qual não tinha sido preparado. "E agora o que eu faço?"  ... este foi o ponto inicial de um ano atormentado que, aos poucos, foi amenizado através do estudo, do compartilhamento de experiências com outros colegas, do conhecimento da realidade e da capacidade de vislumbrar soluções. Liderou junto a outros colegas um trabalho que se materializou no documento "Marcos de aprendizagem em música". Após muita batalha, conseguiu montar um musical e levá-lo a um teatro. Iniciativa esta que foi muito elogiada e tida como referência. Este ano, então, deu continuidade e com algumas turmas está montando outro musical que tem como tema a África.
Os bolsistas presentes foram se apresentando, mostrando entusiasmo e vontade com esta proposta que permitirá a eles de ingressar nas escolas de forma suave e gradativa.
Maurício não contou muito sobre sua vida musical. Especificou que estudou na Católica e logo foi entrando no mérito da escola onde trabalha, a Santa Bárbara no Jardim Cruzeiro. Como aconteceu com Ráiden, o choque inicial foi grande. A pergunta "e agora, o que eu faço?" também se fez logo presente. Após um primeiro período de ambientação, ele manifestou uma interessante mudança de atitude, que espero contagie todos nós nas horas das adversidades. A este respeito ele contou que não tendo a disposição uma sala para a aula de música, fez com que todas as 9 salas da escola se tornassem sua sala de música. Começou pela decoração: da mesma forma que os professores alfabetizadores colocam as letras do alfabeto com desenhos e tudo mais, por que não fazer o mesmo com figuras musicais (ou outros aspectos relacionados com a música)?
Para viabilizar o deslocamento de uma sala para outra, transformou uma mesa de computador, que ficava inutilizada em sua casa, num carrinho com rodas, onde começou a colocar tudo que for preciso para as aulas daquele dia. Falou um pouco também do trabalho que está desenvolvendo com o EJA (Educação de Jovens e Adultos). Além destas soluções que transformaram o dia-a-dia dele mostrou um grande comprometimento e idealismo no seu trabalho.
Eu fiquei muito feliz em ter a sorte de poder colaborar com dois professores batalhadores, eternos estudantes e inconformados. Entendo que nestas horas o exemplo vale muito mais de milhares de palavras. Ter atitudes positivas, transformadoras, ter iniciativa serão com certeza elementos contagiantes.
Sem dúvida a construção de uma passarela de mão dupla entre as escolas e o curso de licenciatura será um marco. Tudo a partir desta experiência começará a mudar ... primeiro de tudo em nós.
Sucesso para o nosso trabalho!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

BEM VINDOS

SEJAMOS MUITO BEM VINDOS A ESTE MOMENTO DE GRANDES POSSIBILIDADES, VAMOS UTILIZAR ESTE ESPAÇO PARA ACRESCENTAR O MÁXIMO POSSÍVEL À NOSSA PRÁTICA PEDAGÓGICA.

MUSICALIZAR PARA A VIDA.

MAURÍCIO