terça-feira, 29 de novembro de 2011

Primeiro contato com a escola Carmelitana

No dia 28 de novembro tive o meu primeiro contato com a escola Carmelitana no período da tarde. Nesta minha visita fui acompanhado por Tiago. Ao chegarmos à escola o estagiário Tiago apresentou-me ao quadro de professores e à diretora da Escola. Em seguida fui conhecer as instalações da escola e a sala de música, que encontrava-se ocupada com armários, pois em algumas salas foram abrigados  alguns moradores do S. Antoônio, devido aos problemas causados pela chuva.
Fiquei muito feliz em saber que a escola Carmelitana tem um espaço reservado para as aulas de música. Meu primeiro contado com os alunos foi com a turma do 4º ano. Ao entrar na sala percebi que o professor David estava à frente da turma ministrando uma atividade de Matemática, auxiliado por Maurício, pois a professora do 4º ano havia faltado. Quando cheguei à sala, a atividade já havia começado. Aproveitei a oportunidade e fui juntamente com Tiago ajudar Mauricio e David. Auxiliei duas alunas, pois elas estavam com dúvidas na atividade. Mesmo sendo uma atividade de matemática o professor David estava trabalhando a leitura e pediu que cada aluno lesse um trecho de cada questão da atividade.
A correção dos exercícios foi feita por Mauricio, Tiago e o professor David. Após esta aula, fui conhecer a turma do 5º ano. Ao entrar na sala antes mesmo da professora me apresentar à turma, uma aluna já foi perguntando meu nome. A professora responsável pelo 5º ano é a professora Paula. Observei um pouco da aula dela.
O conteúdo foi adjetivos pátrios e a professora trabalhou com cada aluno individualmente fazendo ditado sobre o conteúdo estudado. Neste dia apareceu na escola o pessoal da “Defesa Civil”. Estes funcionários foram conversar com alguns dos representantes das famílias que estão abrigados na escola. Acompanhei de longe o diálogo entre os moradores e os funcionários da defesa civil.
No final da tarde, conversei com os professores David e Paula, juntamente com Mauricio Tiago. Fui muito bem recebido por todos os professores da escola Carmelitana.

Muitas sementes, poucos semeadores. Reabrindo os portões da escola!


Hoje foi um dia bastante agitado na Carmelitana.
As crianças ainda não se adaptaram aos novos costumes. Como ficar sempre dentro da sala, levar garrafas para beber água dentro da sala, ficar sem o intervalo no pátio, merendar dentro da sala, usar o banheiro dos professores que fica em outro local diferente do deles, enfim, muitos cuidados e medidas profiláticas geraram todas essas mudanças bruscas na dinâmica da escola.

A professora do 4° ano faltou então a turma ficou para mim e David, como a sala de música ainda está lotada de material, ficamos ali mesmo na sala deles.

Hoje seria o dia em que iriamos arrumar a sala e organizar algumas coisas e não daríamos aula de música, foi o que havíamos planejado na sexta-feira, mas com esse imprevisto acabamos pegando a turma.
Como David sempre comenta, precisamos estar preparados para tudo, em uma escola onde você se envolve em tudo e com todos. 
Desde quando comecei a trabalhar com o pessoal da Carmelitana compreendi que somos soldados prontos para a batalha e a nossa arma sempre é o saber e a nossa égide o prazer em lecionar.

Então começamos com a turma aplicando uma atividade de compreensão de texto e gramática, como sempre ressalto, é perceptível que algumas crianças ainda têm muitas dificuldades com leitura, nessa turma são poucas, mas fomos lendo juntos e devagar para tentar homogeneizar o curso da atividade, incluir os que tinham dificuldades e fazer com que todos compreendessem bem a atividade. Fui aos poucos de carteira em carteira ajudando as crianças nas suas dúvidas individuais, não houve problemas graves com a execução da atividade, apenas algumas confusões com plural e singular e alguns problemas de ortografia, onde pude aos poucos ir mostrando um meio e maneiras mais “corretas” de se escrever.
Em seguida aplicamos uma atividade de matemática, logo no inicio os educandos reclamaram por não saber identificar as horas em um relógio de ponteiro, já que a primeira questão era baseada em uma figura que mostrava um relógio marcando 11h35min. Peguei um piloto, fui ao quadro e paulatinamente fui mostrando como funciona o relógio, como identificar as horas a partir do ponteiro menor e com mais calma ainda como identificar os minutos com o ponteiro maior, pareceram entender. Foi quando Tiago e Rodrigo (trompete) chegaram, David havia ido resolver alguns problemas e então Tiago Levou Rodrigo para conhecer a escola, as turmas, as crianças, as professoras, as funcionarias e os funcionários. 

O 5° ano estava pegando fogo, pois as crianças estavam explodindo dentro da sala, a professora Paula já não aguentava mais, mas como sempre ela contornou a situação com maestria, deixei David na sala do 4° ano com a atividade de matemática e fui ajudar Paula no 5° ano, logo Rodrigo se chegou e eu o apresentei para a turma. Nesse meio tempo o pessoal da defesa civil chegou para fazer alguns cadastramentos do pessoal que ainda está abrigado na escola, sai da sala por um instante, deixando Paula e Rodrigo no 5°ano e Tiago e David no 4°, para perguntar como as coisas estavam caminhando a respeito dos abrigados, eles me explicaram que estavam ali para uma possibilidade de encaminhar para alguma outra casa as famílias que ali estavam e me garantiram que em uma semana tudo estará resolvido, coisa que só acredito vendo.
Professora Leticia me perguntou sobre a situação, expliquei o que eles me disseram, mas mesmo assim todos ainda estão desconfiados e esperando para ver acontecer.

Voltando para a sala, tendo em vista que Paula já havia tomado total controle sobre a turma, voltei com Rodrigo para o 4° ano, para corrigir a tal atividade de matemática, comecei a corrigir, mas desta vez contei com a grande ajuda de Tiago e Rodrigo que já chegou para trabalhar e então tudo foi mais fácil. Dando o horário, que agora é mais cedo, liberamos as turmas e então ficamos conversando até a hora de irmos embora. Todos nós fomos juntos e felizes para o ponto, onde o ônibus demorou quase uma hora inteira para chegar.     

domingo, 27 de novembro de 2011

Os Primeiros contatos com a escola

Observação do dia 24/11/2011 na escola Santa Barbara



Observei três turmas com perfis distintos.A sala do 3ª ano é uma turma pequena com alunos relativamente obedientes logo a colega Regiane conseguiu aplicar as atividades com certa facilidade, trabalhando a percepção, coordenação e através da repetição, a execução de ritmos feitos com as mãos e os pés, no final da aula foi feita uma roda, e aplicada a atividade dos copos, o colega Pedro chegou com uma sanfona que chamou muita atenção dos alunos, logo, fizeram algumas perguntas sobre o instrumento, e apreciaram a sonoridades e os diversos gênero pelo colega executado. A segunda turma a do 4ª ano, já era mais agitada, os alunos tinham idades diferentes, de 9 a 14 anos além de ter um numero de alunos muito maiores que a turma anterior, nessa sala não foi possível aplicar todas as atividades planejadas, pois estavam muito agitados, no entanto, quando os alunos começaram a cantar a música composta pela turma, houve uma maior interação, a sanfona também teve uma grande importância nessa aula ,pois a curiosidade dos alunos fez com que houvesse uma maior atenção. Pegamos o final da aula do 5ª ano, o professor Maurício me apresentou a turma, e o colega Pedro entrou com a sanfona dentro da capa, eles ficaram muito curiosos para saber que instrumento era o colega apresentou e falou sobre o instrumento, e a partir de um acorde dado começaram a cantar uma música sugerida por Pedro e outra que eles mesmos escolheram na hora.
Portanto, os primeiros contatos com a escola foi com certeza positivo, pois pude perceber na prática a necessidade do ensino de música para os estudantes. O contato com as turmas de perfis diferentes fez com que refletisse sobre a importância da sensibilidade do professor em perceber como agir em diversas situações na sala de aula, e assim podendo fazer com que possamos alcançar nossos objetivos, para que através da educação musical possamos transformar a sociedade em um lugar melhor.

Explorando os sons e a criatividade

Escola Santa Bárbara dia 17/11/2011

3º ano A

A aula foi iniciada com o professor Maurício perguntando o que tinha acontecido na aula passada. Uma aluna relatou que aprendeu a explorar sons com a percussão corporal na aula ministrada por Pedro e Ísis. Mauricio pediu que todos mostrassem juntos o ritmo da música que Ísis ensinou. Em seguida, o professor pediu que eles mostrassem o mesmo ritmo usando a percussão corporal. Uma aluna foi a frente mostrar como ela estava executando o ritmo, depois outra aluna mostrou outra forma de tocar o mesmo ritmo e Maurício pediu a um aluno que mostrasse como ele poderia tocar o ritmo e Luan acabou misturando as duas formas tocadas anteriormente pelas meninas. Ele conseguiu dividir as células rítmicas utilizando sons graves e agudos. Maurício perguntou o nome do ritmo tocado pelo bagunçaço e a turma não lembrou, ele disse que era o samba reggae e chamou dois alunos para apresentar esse ritmo com o copo e os alunos acabaram criando outro ritmo. Maurício pediu a Ísis que mostrasse o samba reggae no copo e em seguida colocou a música FORÇA E PUDOR para que a turma e escutasse acompanhada por Ísis que estava executando o ritmo com o copo. Logo depois, Maurício pediu que a turma cantasse a música TODO MENINO É UM REI ensinada por Ísis na aula passada enquanto ela tocava o ritmo com o copo. No começo foi difícil eles acompanharem Ísis ao mesmo tempo em que cantavam, mas depois eles conseguiram. Na penúltima atividade, ele dividiu a turma onde uma parte da turma iria executar a primeira parte do ritmo e a outra parte ficaria com a segunda parte do ritmo. Metade da turma ficou sendo auxiliada por Pedro e Ísis e a outra por mim e Maurício, ele executaram o ritmo utilizando a percussão corporal. Para finalizar a aula, Maurício colocou a música FORÇA E PUDOR para que a turma fizesse uma apreciação.


Ano C e E

Maurício iniciou a aula dando um sermão na turma devido a bagunça ocorrida na aula anterior. Depois , ele perguntou se a turma lembrava o conteúdo que ele estava trabalhando á algumas aulas e ele responderam que era a RIMA. Maurício então, deu uma aula sobre rima a pedido da professora que relatou que eles ainda não tinham de fato se apropriado do conteúdo. Após explicar sobre a rima, Maurício colocou uma música para a turma escutar e identificar as palavras que rimavam e eles ainda mostravam muitas dificuldades a identificação, mas uma aluno fez a identificação da rima nas frases:

Vixi como tem Zé, Zé de baixo Zé de riba

Desconjuro com tanto Zé, como tem Zé lá na Paraíba

Maurício desta vez colocou um RAP e pediu que eles identificassem novamente as palavras que rimavam e os alunos não conseguiam entender que o professor só queria as palavras que faziam a rima, eles sempre falavam a frase toda e não diziam onde se encontrava a rima. Maurício explicou a rima novamente. Em seguida, ele pediu a Ísis pra tocar no pandeiro um samba coco e pediu que a turma cantasse a música O QUE É QUE TA ESCRITO NA CAPA DO GIBI no ritmo que Ísis estava tocando. Depois ele pediu que a turma identificasse nessa música as rimas existentes e dessa vez ele fizeram a identificação imediata. Para finalizar a aula, O professor sugeriu que a turma criasse uma música com rimas, eles fizeram a composição que ficou assim:

1- A borboleta caiu no chão

2- E ficou batendo a asa

3- Ela bateu a asa no avião

4- Depois tomou uma pedrada

Uma variação da última frase:

5- E ficou toda despelada

Depois de uma votação a frase quatro foi substituída pela frase cinco que era a variação. Maurício mostrou a composição para a professora deles e ela gostou muito do resultado.


domingo, 20 de novembro de 2011

COMPOSIÇÃO

OBSERVAÇÃO DO DIA 17/11/11 NA ESCOLA SANTA BÁRBARA

3º ANO B

Maurício iniciou a aula perguntando à turma o que foi feito na aula anterior. Depois dos relatos, Maurício pediu para que todos executassem o ritmo do samba-reggae como quisessem e então batucaram nas carteiras e depois pediu para que eles executassem no corpo (surgiram três possibilidades). Em seguida o professor chamou um aluno e uma aluna para irem à mesa e utilizar o copo para executarem o ritmo. Os dois acabaram criando outro ritmo. Em seguida, Maurício me pediu para mostrar o samba-reggae com o copo. Mostrei e depois acompanhei a turma cantando “Todo menino é um rei”. Depois Maurício tocou no som a música “Força e pudor” e me pediu pra acompanhar tocando com o copo. A turma foi dividida em dois grupos e cada um ficou com uma parte do ritmo e, com nossa ajuda, tocaram o ritmo utilizando percussão corporal ao mesmo tempo em que cantavam a música “Todo menino é um rei”. Por último fizemos uma audição da música “força e pudor”.

3º ANO C e E

Depois que o professor conversou com a turma a respeito de comportamentos, ele fez uma revisão sobre rimas. Em seguida fizemos audição com várias músicas para serem identificadas as rimas. Ainda existe muita dificuldade na assimilação deste assunto. Uma das músicas que fizemos audição foi um coco. Maurício falou sobre o ritmo e depois me pediu para que eu tocasse no pandeiro e pediu que a turma escolhesse uma música que soubessem cantar para ser cantada no ritmo coco. Eles escolheram “O que é que está escrito” e adaptaram muito bem ao coco. Depois Maurício pediu para que eles sugerissem frases para formarmos um verso com quatro estrofes, sempre atentando para as rimas. Depois de pronto toquei o coco no pandeiro e eles cantaram o que compuseram:
a. A borboleta caiu no chão
b. E ficou batendo as asas
c. Bateu na asa do avião
d. E ficou toda despelada
Depois mostraram para a professora que os elogiou bastante.

UM DIA QUENTE

Aula no Colégio Santa Bárbara dia 10/11/11

Hoje, eu e o colega Pedro substituímos o professor Maurício nas aulas das turmas 3º Ano B 3º Ano C e E, 4º Ano A e 5º Ano A. Utilizamos dois planos de aula, o primeiro proposto por Pedro o qual aplicamos nas turmas do 3º ano e o segundo proposto por mim que foi desenvolvido nas turmas 4º e 5º anos. Cada turma respondeu de uma maneira diferente às mesmas atividades, o que nos deu uma noção de quantas possibilidades podemos explorar.

3º ANO B, C e E

Pedimos para todos arrumarem a sala de forma que liberasse o centro e depois fazerem um círculo (com o 3º ano B, que foi a primeira turma, iniciamos a aula com eles em pé e percebi que assim fica mais difícil conseguir manter o controle da mesma, pois a possibilidade de dispersão é maior quando se tem mais liberdade de movimentos, por isso iniciamos a aula com o 3º ano C e E pedindo para eles ficarem sentados no círculo e só depois ficamos de pé). Em seguida Pedro falou sobre a percussão corporal e fez demonstrações. Depois pediu para que cada um(a) propusesse um som corporal para que todos(as) repetissem (nas duas turmas este exercício funcionou bem, embora tivesse alguns desinteressados). Depois dividimos a turma em grupos (dividimos a primeira turma em quatro grupos e a segunda turma em dois grupos) e então Pedro ensinou uma célula rítmica do samba-reggae para cada grupo. A intenção era reger todos os grupos ao mesmo tempo formando uma orquestra de percussão corporal cantando uma música (com o 3º ano B não foi possível finalizar a atividade, eles estavam muito eufóricos ficando difícil a comunicação, por isso interrompemos a atividade e pedimos para que todos arrumassem as cadeiras voltando aos seus lugares e, como ainda faltavam 20’ para acabar a aula, perguntei a eles se conheciam alguma música de samba-reggae para podermos cantar e umas das alunas, que faz parte do grupo Bagunçaço, sugeriu “Todo menino é um rei” – canção composta por Nelson Rufino – e então escrevi no quadro parte da letra da música e tentamos juntar com o ritmo do samba-reggae, mas também não conseguimos finalizar a atividade, pois a mesma aluna que sugeriu esta música causou um transtorno enorme alegando que a letra estava errada e então tivemos que interromper mais uma vez a atividade para explicar à turma que podemos cantar a mesma música com várias versões, por isso não há nem certo nem errado).

Com o 3º ano C e E a aula fluiu de maneira mais produtiva. Dividimos a turma em dois grupos e ensinamos uma célula rítmica do samba-reggae pra cada um. Executamos a célula do repique com palmas estaladas em forma de estrela (sons mais agudos) combinadas com batida de pé e para a célula do surdo utilizamos batidas no peito que depois foram substituídas por palmas em forma de concha (sons mais graves). Associamos a célula do repique à frase pal-ma pé e a célula do surdo à frase to-ca o tam-bor para facilitar o entendimento do ritmo. Depois colocamos um grupo de frente ao outro formando duas fileiras e iniciamos um jogo espacial unindo-o ao ritmo trabalhado, sendo assim: os grupos se deslocam, um de encontro ao outro, e se cruzam ocupando os lugares opostos e depois deslocam voltando para seus lugares de origem. A ordem era manter o alinhamento lateral, assim despertando a percepção espacial. Depois fizemos outro jogo: mantendo a mesma formação, vai deslocando de dois em dois, um de cada grupo e de extremos opostos, em diagonal e cruzando no centro da sala voltando para suas respectivas filas se colocando sempre no final da mesma. Depois voltamos ao círculo e finalizamos a aula.

4º ANO A e 5º ANO A

Ao iniciarmos a aula pedimos para que todos afastassem as cadeiras liberando o centro da sala e em seguida formamos um círculo (com o 4º ano foi bem mais difícil) e enquanto Pedro organizava a turma eu escrevi no quadro a letra de uma música de domínio público, um coco:
1. Sobe no toco
2. Pega o coco
3. Tira o toco
4. Quebra o coco
5. Abre o coco
6. Pr’a gente coco comer
Dividimos a turma em seis grupos e cada um ficou responsável por uma estrofe (os alunos do grupo que ficou com a última estrofe reclamaram por ser mais difícil, isso nas duas turmas), então marcamos um pulso e determinamos dois tempos para cada um dos grupos falar sua frase. Depois fomos aumentando o andamento. Quando eles estavam mais seguros na música fiz um acompanhamento com o pandeiro. Nas duas turmas esta atividade foi bem sucedida, sendo que nos 5º ano tudo fluiu melhor, pois a dispersão foi menor surgindo até duas novas estrofes que nós incluímos imediatamente na música:
1. Sobe no toco
2. Pega o coco
3. Tira o toco
4. Quebra o coco
5. Abre o coco
6. Pr’a gente coco comer
7. Se não tem coco
8. Come o quê?
Finalizamos a aula tocando e cantando. Os alunos das duas turmas ficaram muito felizes com os resultados.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vidas e Educação... Último lugar na lista de prioridades das autoridades (ir)responsáveis.

Olá pessoal!

Venho compartilhar um pouco da minha indignação referente a situação da Escola Carmelitana que reflete o descaso das autoridades com relação à educação e a vida dos cidadãos.
Como foi noticiado largamente, alguns dias atrás algumas famílias ficaram desabrigadas em virtude da forte chuva que caiu sobre a nossa cidade coincidentemente desde o início do horário de verão. Algumas das famílias foram alojadas nas dependências da escola Carmelitana, isto resultou numa interrupção abrupta das aulas na escola.
Situações como esta relacionadas a um nível elevado de chuva não são incomuns em Salvador, não é a primeira vez que isto acontece, o que nos leva a pensar que algo preventivo deveria ter sido feito. Algum lugar para as famílias desabrigadas já deveria ser previsto para momentos como este, bem como programas eficazes de moradia que visam mudar as pessoas que vivem nas áreas de risco. Mesmo nos tempos de sol escaldante estas providências deveriam ser tomadas para que não fosse necessário "tapar um buraco destapando outro", como está acontecendo na nossa escola. Nossas crianças que já estão sujeitas as deficiências do ensino público (apesar dos esforços da comunidade Carmelitana em proporcionar uma educação de qualidade), foram obrigadas a terem suas aulas suspensas por tempo indeterminado, forçando os professores a planejarem malabarismos futuros para equilibrar a situação. Mas alguns dos nossos governantes insistem em deixar suas mentes cauterizadas pelo sol do verão e os corações congelados pelas baixas temperaturas do inverno, demonstrando sua total falta de responsabilidade e de preocupação com a vida das pessoas. Sei que tudo isto é "chover no molhado", mas me sinto melhor em desabafar e compartilhar a minha insatisfação.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Lá ele...

3º ano C

Chegamos eu e ísis na aula e Maurício estava trabalhando as rimas. Os meninos têm dificuldade em abstrair o sentido e se fixarem no som da palavra. Segundo Maurício, eles têm uma ideia pejorativa do ato de rimar, acredito que em função da mania soteropolitana de sexualizar determinados sons.
Após a parte expositiva, Maurício tocou a música “Arre Burrinho”, já apresentada aos meninos em outra aula. Ela utiliza locais de Portugal para as rimas.
Depois de escrever as rimas da música no quadro, ele pediu uma palavra que rimasse com cada dupla do quadro. Nessa atividade os meninos não tiveram tanta dificuldade. Depois de ouvirem a música, eles associaram melhor os sons.
Maurício colocou outra música, que falava de uma velha que tinha nove filhas e todas foram morrendo, não sem antes rimarem o motivo da morte ao número de filhas restantes. As rimas são em relação ao próximo número. As dos meninos foram essas:

9 – Rosto
8 – Omelete
7 – Inglês
6 – Cinto
5 – Quadrado
4 – Chinês
3 – Perua
2 – Lua
1 – Nua
Nenhuma

5º ano A

Maurício formou uma roda e todos ficaram de pé. Tocou “Fome Come” e pediu que todos batessem os pés no tempo forte. Em seguida, ao invés de baterem os pés, os meninos davam um passo para a direita. Depois cada um ia batendo os pés na cabeça de tempo, um de cada vez. A outra variação foi essa:

A grande maioria não teve dificuldade em fazer o ritmo. Alguns antecipavam os pés, mas atrasavam as palmas para compensar. Todos, então, sentaram e fizeram o mesmo ritmo anterior, mas passando o copo e batendo as palmas. Depois de algumas voltas, Maurício adicionou um copo e todos se atrapalharam, mas não tiveram dificuldade da segunda vez.
O próximo passo foi todos ficarem com copos, primeiro fazendo o ritmo com os copos no lugar para depois passarem para o colega do lado. Quando começou a embolar, Maurício parou e mandou passarem os copos apensa ao comando dele. Precisaram algumas rodadas para os meninos entenderem que era preciso esperar, mas tudo funcionou no final.