No dia 23 de janeiro desse ano, realizei a minha oficina que teve como objetivo norteador trabalhar questões éticas, por meio de dinâmicas com e sem a presença de conteúdos musicais, bem como trazer a prática da Yoga como possibilidade de integração corpo e mente para os presentes e num momento posterior para a sala de aula. É importante lembrar que essas questões são por muitas vezes negligenciadas em nossas instituições de ensino de um modo geral.
Para começar, trabalhamos algumas posições de Yoga buscando trazer a consciência para cada movimento realizado, de forma tranquila, tentando desacelerar em relação à correria desse nosso mundo louco.
Num segundo momento, realizamos uma dinâmica onde os participantes, divididos em duas equipes em igual número, receberam balões nas cores verde e branca contendo neles nomes de música e alguns papeis em branco. Os mesmos foram amarrados na perna de cada participante, cada equipe com suas respectivas cores. Eles tinham que correr pela sala defendendo seus balões e tentando estourar o balão dos componentes da equipe adversária, assim que alcançavam tal objetivo, sentavam-se em cadeiras localizadas no fundo da sala. Venceria a primeira etapa aquela que acumulasse o maior número de papeis, sendo atribuído a cada papel uma pontuação.
Em seguida, a partir do que estava escrito nos papeis, ou seja, nome de algumas músicas como Eguinha pocotó, Robocope gay entre outras, os participantes tinha que fazer mímicas das mesmas para que os outros componentes da equipe dissessem a qual música se referia. Algo interessante é que independente da quantidade de papeis que cada equipe tinha tirado, cada uma delas teve a oportunidade de concorrer de forma que as duas alcançassem a vitória no final. Curioso ainda é que mesmo uma das equipes ter saído em grande desvantagem no início a competição acabou empatada.
Seguimos a oficina apresentando o prêmio para o primeiro colocado e para o segundo. Todos ficaram curiosos, pois no início da Míni gincana havia mostrado uma sacola com o prêmio dentro para o vencedor, porém, o que tinha lá ficava escondido aos olhos dos participantes. Primeiro entreguei pedaços de papel, de tamanhos semelhantes, para o primeiro e para o segundo colocado. Nesse momento escrevemos algo que desejávamos para nós mesmos, expliquei que em seguida dobraríamos um origami de forma mais uma vez a trazer a consciência para aquele momento. Por fim eles descobriram que se tratava de um cisne que logo depois foi compartilhado com os demais participantes, ou seja, cada um compartilhou o que tinha construído com outro participante.
Por último sentamos e refletimos sobre alguns questões relacionadas às atividades realizadas, tais como: solidariedade; perder/ganhar; a possibilidade e importância de trabalhar questões éticas e compreensão dos sentimentos em sala de aula, dentre outras.
Além do mais, pode ser inferido outro valores éticos nas atividades que estão a cima descritas e fica a oportunidade para que pensemos mais sobre a importância de abordar e trabalhar conteúdos que tangem às relações humanas, convivência e respeito à individualidade do outro e compreensão dos sentimentos vivenciados a partir de jogos (musicais ou não) na sala de aula.
Nenhum comentário:
Postar um comentário