segunda-feira, 8 de outubro de 2012

02 de outubro de 2012.


02 de outubro de 2012.

Nos últimos tempos, Beto e eu temos discutido uma maneira de nos aproximarmos da comunidade no entorno da Xavier Marques, da qual ela faz parte. Estratégias para isso tem me passado muito pela cabeça, mais ainda por conta do grupo de estudo de que faço parte e no qual minha atuação tem sido pequena. Nesse dia, chegando mais cedo à escola, os alunos ainda na porta, esperando a abertura do portão, resolvemos tomar um café na padaria próxima. Pedimos pão com ovo e café. Os rapazes que trabalham na padaria não nos deram brechas para conversas – atuaram timidamente. Penso, no entanto, em fazer disso um hábito.
Na semana anterior, o professor Ednaldo havia participado do Encontro de Vivências Musicas, e trouxe muito material para utilizar nas aulas. Nesse dia, especificamente, ele iria se utilizar de duas atividades que aprendera no Encontro. 

Para a primeira turma trouxe uma brincadeira que utilizava notas da melodia da música “O sapo não lava o pé” usando a sílaba POM, cantada pelos alunos, que deveriam também bater palmas em movimentos circulares – o objetivo de usar a melodia de uma música conhecida era facilitar a apreensão dos alunos. Os alunos responderam bem a primeira parte da atividade, mas não quando o nível de complexidade da mesma aumentou um pouco – e que consistia na participação de três alunos, em circulo, cada um começando a brincadeira por uma parte do corpo (joelho, palma, ou palma pra esquerda ou direita, com a palma do colega ao lado). Auxiliamos o professor na atividade, até que o grande número de alunos na sala se mostrou um impecilho para a realização. Ednaldo então teve a idéia de fazer a atividade com os alunos sentados, a fim de evitar a dispersão, todos ao mesmo tempo. Funcionou. A idéia do professor é prosseguir a atividade até que todos consigam realizá-la em trios.
Ao fim dessa primeira aula, o professor pediu que os alunos que quisessem se apresentar no Festival de Música da escola mostrassem para ele  as músicas que gostariam de apresentar. Alguns cantaram, outros dançaram e cantaram. O objetivo agora é prepará-los para as apresentações.
A segunda turma estava bastante agitada. O professor conseguiu terminar a aula com muito custo. Para eles, propôs também uma atividade trazida do Vivências: chocolalá – chocotêtê – chocolate: nisso os alunos deveriam, ritmicamente, cantar as palavras e bater a palma da mão com a palma da mão do colega posto à frente; as palmas: Cho – palma, lá – “costa” da mão com a costa da mão do colega, tê – palma da mão com a palma do colega. Foi muito difícil desenvolver essa atividade. No fim da aula, o professor pediu que eles cantassem a música Bê-a-Bá, de Toquinho, com que já vinham trabalhando. Como muitos dos alunos ainda não haviam decorado a letra, o professor teve a idéia de ligar cada letra da música com a palavra a que ela remetia. O refrão da música diz:

“Com A escrevo amor, com B bola de cor,
com C eu tenho corpo, cara e coração.
Com D ao meu dispor escrevo dado e dor,
Com E eu sinto emoção!”

E o professor sugeriu:

A – amor
B – bola de cor
C – coração
D – dado e dor
E – emoção

Fez isso com todas as letras do alfabeto. Quando todos já estavam cantando a música, foi apagando as letras, de uma em uma, depois duas em duas, até que eles tivessem decorado.

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