02 de outubro de 2012.
Nos últimos
tempos, Beto e eu temos discutido uma maneira de nos aproximarmos da comunidade
no entorno da Xavier Marques, da qual ela faz parte. Estratégias para isso tem
me passado muito pela cabeça, mais ainda por conta do grupo de estudo de que
faço parte e no qual minha atuação tem sido pequena. Nesse dia, chegando mais
cedo à escola, os alunos ainda na porta, esperando a abertura do portão,
resolvemos tomar um café na padaria próxima. Pedimos pão com ovo e café. Os
rapazes que trabalham na padaria não nos deram brechas para conversas – atuaram
timidamente. Penso, no entanto, em fazer disso um hábito.
Na semana
anterior, o professor Ednaldo havia participado do Encontro de Vivências
Musicas, e trouxe muito material para utilizar nas aulas. Nesse dia,
especificamente, ele iria se utilizar de duas atividades que aprendera no
Encontro.
Para a
primeira turma trouxe uma brincadeira que utilizava notas da melodia da música “O
sapo não lava o pé” usando a sílaba POM, cantada pelos alunos, que deveriam
também bater palmas em movimentos circulares – o objetivo de usar a melodia de
uma música conhecida era facilitar a apreensão dos alunos. Os alunos
responderam bem a primeira parte da atividade, mas não quando o nível de
complexidade da mesma aumentou um pouco – e que consistia na participação de
três alunos, em circulo, cada um começando a brincadeira por uma parte do corpo
(joelho, palma, ou palma pra esquerda ou direita, com a palma do colega ao lado).
Auxiliamos o professor na atividade, até que o grande número de alunos na sala
se mostrou um impecilho para a realização. Ednaldo então teve a idéia de fazer
a atividade com os alunos sentados, a fim de evitar a dispersão, todos ao mesmo
tempo. Funcionou. A idéia do professor é prosseguir a atividade até que todos
consigam realizá-la em trios.
Ao fim dessa
primeira aula, o professor pediu que os alunos que quisessem se apresentar no
Festival de Música da escola mostrassem para ele as músicas que gostariam de apresentar.
Alguns cantaram, outros dançaram e cantaram. O objetivo agora é prepará-los
para as apresentações.
A segunda
turma estava bastante agitada. O professor conseguiu terminar a aula com muito
custo. Para eles, propôs também uma atividade trazida do Vivências: chocolalá –
chocotêtê – chocolate: nisso os alunos deveriam, ritmicamente, cantar as
palavras e bater a palma da mão com a palma da mão do colega posto à frente; as
palmas: Cho – palma, lá – “costa” da mão com a costa da mão do colega, tê –
palma da mão com a palma do colega. Foi muito difícil desenvolver essa
atividade. No fim da aula, o professor pediu que eles cantassem a música Bê-a-Bá, de Toquinho, com que já vinham
trabalhando. Como muitos dos alunos ainda não haviam decorado a letra, o
professor teve a idéia de ligar cada letra da música com a palavra a que ela
remetia. O refrão da música diz:
“Com A escrevo amor, com B bola de cor,
com C eu tenho corpo, cara e coração.
Com D ao meu dispor escrevo dado e dor,
Com E eu sinto emoção!”
E o professor
sugeriu:
A – amor
B – bola de cor
C – coração
D – dado e dor
E – emoção
Fez isso com
todas as letras do alfabeto. Quando todos já estavam cantando a música, foi
apagando as letras, de uma em uma, depois duas em duas, até que eles tivessem
decorado.
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