Para a
quarta-feira, 05/06, fiquei responsável por elaborar e colocar em prática,
juntamente com o colega bolsista Eduardo, um plano de aula contendo diversas
atividades. Devido a algumas questões como o trânsito de Salvador, chegamos
atrasados na escola, e com isso, não pudemos realizar com as primeiras turmas o
que foi proposto, porém na sequência, lecionamos para o 3ºano e Grupo V de Educação
Infantil.
Basicamente,
o plano continha uma atividade de integração no início e em seguida, como ponto
principal, a prática vocal de canções que fazem parte do musical “Boi Bonito”,
incluindo a subtração de palavras. Ao final, um momento de relaxamento com
apreciação de composições instrumentais ao violão encerraria cada aula. Também utilizamos a
canção de integração “A aula vai começar”, sendo que foi o momento em que os
alunos estavam mais participativos.
A
principal dificuldade observada em minha opinião e na visão da supervisora
Nara, foi no controle de classe. A maioria dos alunos, após certo tempo,
comportou-se de maneira dispersa durante as atividades, e com isso atrapalhou
os que mais se concentravam. Anteriormente, Nara dialogou comigo justamente
sobre este tema. Pensei, a partir disso, em ter mais autoridade dentro da sala,
porém sem ser autoritarista.
Em um momento
durante a aula com a turma do 3ºano, três alunos passaram a atrapalhar muito o
seu decorrer, e inclusive brigaram entre si. Após chamar a atenção desses
educandos diversas vezes, não pensei duas vezes, e pedi que me acompanhassem
para ficarem com a professora Nara na sala da direção, refletindo um pouco sobre
seus atos e não participando mais naquele momento da aula de Música. Ressaltei
que eles mesmos criaram aquela situação, a partir do momento em que não
atenderam o meu pedido de se concentrarem mais, e tive de tomar, infelizmente,
tal providência. Analisei que fiz bem em ter esta atitude, pois se eu ficasse
somente verbalizando, estes alunos continuariam a atrapalhar a aula. Visualizando
minha postura, de certa forma, não só aqueles que deixaram de participar, mais
os demais discentes que continuaram na sala, passariam a pensar mais vezes
antes de se comportarem de maneira contrária a manter concentração na classe.
Por um
lado, tenho de reconhecer que é natural das crianças terem atitudes bastante
enérgicas, quererem brincar o tempo todo, etc.; porém também é necessário que
em determinados momentos exista mais controle, e isso é
um grande desafio que tenho em relação à faixa etária de estudantes do Ensino
Fundamental I, sendo que com educandos de outras faixas etárias, como por
exemplo, alunos do Ensino Médio e até turmas de Educação Infantil, tenho muito
mais facilidade.
Após a
aula ser finalizada, Nara nos falou sobre o encerramento do semestre na semana
seguinte, onde os alunos apresentarão canções que fazem parte do musical “Boi
Bonito”, e ocorrerão brincadeiras juninas envolvendo funcionários e educandos,
além de um lanche com comidas típicas da época.
Após sair
da escola, refleti bastante sobre diversos temas. Aproveitei o engarrafamento
de seis horas que enfrentei até chegar em casa, além do tempo para escrever
este texto, e pensei muito sobre meu
período no PIBID-Música, as aprendizagens da graduação, minha carreira como educador e músico, futuro como docente após me
formar, entre outros pontos. Confesso que me passou pela cabeça em desistir de
seguir na profissão algumas vezes, devido a circunstâncias como o cansaço, a falta
de valorização, as barreiras que encontramos diariamente para trabalhar, as
questões sociais e políticas que giram em torno do âmbito escolar, burocracia,
etc. Mesmo tendo a motivação como alicerce metodológico, confesso que me sinto
desmotivado algumas vezes.
Motivação é um ponto muito importante dentro da aula, e percebi isso durante o meu estágio, onde utilizei de tal artifício para cativar os educandos, além da minha prática e atuação como professor de Artes atualmente. Agora, após novamente pensar, não pretendo parar, pois em uma frase de minha autoria que diz “pense em desistir se for somente para um único propósito: desistir de desistir”, sempre procuro me espelhar, e assim seguir em frente para conseguir alcançar meus objetivos.