domingo, 9 de junho de 2013

...Escola Municipal São Domingos Sávio... Relato do dia 05/06/2013... Momentos de reflexão...


Para a quarta-feira, 05/06, fiquei responsável por elaborar e colocar em prática, juntamente com o colega bolsista Eduardo, um plano de aula contendo diversas atividades. Devido a algumas questões como o trânsito de Salvador, chegamos atrasados na escola, e com isso, não pudemos realizar com as primeiras turmas o que foi proposto, porém na sequência, lecionamos para o 3ºano e Grupo V de Educação Infantil.
         Basicamente, o plano continha uma atividade de integração no início e em seguida, como ponto principal, a prática vocal de canções que fazem parte do musical “Boi Bonito”, incluindo a subtração de palavras. Ao final, um momento de relaxamento com apreciação de composições instrumentais ao violão encerraria cada aula. Também utilizamos a canção de integração “A aula vai começar”, sendo que foi o momento em que os alunos estavam mais participativos.
         A principal dificuldade observada em minha opinião e na visão da supervisora Nara, foi no controle de classe. A maioria dos alunos, após certo tempo, comportou-se de maneira dispersa durante as atividades, e com isso atrapalhou os que mais se concentravam. Anteriormente, Nara dialogou comigo justamente sobre este tema. Pensei, a partir disso, em ter mais autoridade dentro da sala, porém sem ser autoritarista.
Em um momento durante a aula com a turma do 3ºano, três alunos passaram a atrapalhar muito o seu decorrer, e inclusive brigaram entre si. Após chamar a atenção desses educandos diversas vezes, não pensei duas vezes, e pedi que me acompanhassem para ficarem com a professora Nara na sala da direção, refletindo um pouco sobre seus atos e não participando mais naquele momento da aula de Música. Ressaltei que eles mesmos criaram aquela situação, a partir do momento em que não atenderam o meu pedido de se concentrarem mais, e tive de tomar, infelizmente, tal providência. Analisei que fiz bem em ter esta atitude, pois se eu ficasse somente verbalizando, estes alunos continuariam a atrapalhar a aula. Visualizando minha postura, de certa forma, não só aqueles que deixaram de participar, mais os demais discentes que continuaram na sala, passariam a pensar mais vezes antes de se comportarem de maneira contrária a manter concentração na classe.
Por um lado, tenho de reconhecer que é natural das crianças terem atitudes bastante enérgicas, quererem brincar o tempo todo, etc.; porém também é necessário que em determinados momentos exista mais controle, e isso é um grande desafio que tenho em relação à faixa etária de estudantes do Ensino Fundamental I, sendo que com educandos de outras faixas etárias, como por exemplo, alunos do Ensino Médio e até turmas de Educação Infantil, tenho muito mais facilidade. 
Após a aula ser finalizada, Nara nos falou sobre o encerramento do semestre na semana seguinte, onde os alunos apresentarão canções que fazem parte do musical “Boi Bonito”, e ocorrerão brincadeiras juninas envolvendo funcionários e educandos, além de um lanche com comidas típicas da época.

Após sair da escola, refleti bastante sobre diversos temas. Aproveitei o engarrafamento de seis horas que enfrentei até chegar em casa, além do tempo para escrever este texto, e  pensei muito sobre meu período no PIBID-Música, as aprendizagens da graduação, minha carreira como educador e músico, futuro como docente após me formar, entre outros pontos. Confesso que me passou pela cabeça em desistir de seguir na profissão algumas vezes, devido a circunstâncias como o cansaço, a falta de valorização, as barreiras que encontramos diariamente para trabalhar, as questões sociais e políticas que giram em torno do âmbito escolar, burocracia, etc. Mesmo tendo a motivação como alicerce metodológico, confesso que me sinto desmotivado algumas vezes. 
Motivação é um ponto muito importante dentro da aula, e percebi isso durante o meu estágio, onde utilizei de tal artifício para cativar os educandos, além da minha prática e atuação como professor de Artes atualmente. Agora, após novamente pensar, não pretendo parar, pois em uma frase de minha autoria que diz “pense em desistir se for somente para um único propósito: desistir de desistir”, sempre procuro me espelhar, e assim seguir em frente para conseguir alcançar meus objetivos.

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