Sexta-Feira, 16 de abril, primeira reunião do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Devo confessar que a ansiedade me devorava por dentro afinal, que fazemos nós?! Para onde vamos? Alguns bolsistas ainda me eram desconhecidos, quem seriam essas figuras? E os professores das escolas? Bom, algumas dessas perguntas ainda não foram respondidas e creio que tudo ainda é muito novo, esse é o primeiro ano do Programa na EMUS, e de fato a minha primeira impressão foi essa: necessitaremos de muita PACIÊNCIA e ORGANIZAÇÃO. Fiquei imensamente feliz com a motivação e o ímpeto de todos bolsistas e professores presentes, mas esse ímpeto pode acabar prejudicando o bom andamento do Programa se não for bem organizado, acredito na capacidade de todos nós, mas de fato ficara tudo muito difícil se não houver colaboração e esforço de todas as partes.
Sobre os professores Maurício e Ráiden resumo claramente os dois discursos em duas palavras: AMOR e TRABALHO. Para Ráiden chegou a virar uma questão de saúde. Após anos de estudo, se percebeu numa sala de aula sem a mínima preparação para lidar com crianças de realidades tão complexas, muitas vezes violentas. Resultado: tendinite, afonismo e muitas outras dores de cabeça. Depois de alguns anos de TRABALHO, DEDICAÇÃO e AMOR a realidade parece modificada, ao menos em parte, mais uma prova do poder transformador da música. Já Maurício se insere num contexto diferente, ele participou efetivamente da história da comunidade que cerca sua escola e da trajetória da própria escola. Através de IDÉIAS inusitadas e de muita INICIATIVA conseguiu transformações na sua escola. Nos dois casos observo que nós bolsistas encontraremos – de certa forma – nas palavras de Ráiden: “A cama pronta para deitarmos e rolarmos!”.
“Em todo homem existe um ímpeto criador. O ímpeto de criar nasce da inconclusão do homem. A educação é mais autêntica quanto mais desenvolve este ímpeto ontológico de criar.” (FREIRE, Paulo. Educação e Mudança:O ímpeto criador do homem. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.)
Toda ansiedade inicial está se convertendo em estudos e leituras, e todo ímpeto ([Do latim impetu] Manifestação súbita e violenta; Movimento arrebatado; Pressa irrefletida), por hora levemente dormente, aguardando o momento certo para se transmutar em TRABALHO e DEDICAÇÃO.
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