domingo, 25 de abril de 2010

REFLEXÕES ACERCA DA PRIMEIRA REUNIÃO

Nos depoimentos dos educadores Raidén e Mauricio, transpareceram claramente o que já intuíamos nas cartas de motivação!!!!!!

O sistema público de ensino não oferece as condições necessárias para a educação musical. Não há salas de música na maioria das escolas e não existem materiais em quantidade suficiente para a prática musical. A disciplina ainda é considerada pelos colegas de profissão como sendo de segunda importância e não há organização no currículo do curso de música no município.

Mas, o que mais apareceu nos depoimentos dos educadores, é que com boa vontade, imaginação e atitude, todas essas dificuldades podem ser senão sanadas, contornadas. Da falta de salas, faz-se a sala de música itinerante, da falta de material, cria-se um projeto possível. Quanto aos colegas, bem, o melhor é produzir e não se importar com os "ditos malditos". Os que agora são passarão, outros virão a ser educados pela música, se tornando pessoas sensíveis e globalizadoras, essas sim cooperadoras e pesquisadoras.

Através de soluções “simples” e vontade de trabalho, esses educadores partiram de um ponto inicial adverso , mas com os resultados obtidos conquistaram respeito e crédito, sendo convidados a participar no processo de formação curricular da área de música do município, participando também ativamente de políticas públicas que visam alterar positivamente o quadro da educação brasileira através de melhor formação do educador (PIBID).

É necessário que compreendamos que o discurso que versa sobre a escola pública sem solução, onde o ensino de música não é possível, só interessa aos que querem manter o status quo, onde educandos semi-analfabetos e consumistas, nunca se perguntam o porque do fato de existirem casas de 200m² e barracos de 5m², ou se perguntam, não tem bases teóricas suficientes para responderem a estes questionamentos.

E o que isso tem a ver com música?

A música é mais um meio que a classe dominante se utiliza para manter o “estado das coisas”. Mas se bem utilizada também pode ser um meio de questioná-lo e transformá-lo.

Então,

De que lado você esta?

2 comentários:

  1. Ricardo,
    umas dúvidas:
    - o que vc entende com "globalizadoras"? quem seriam estas pessoas?
    - e "os educandos semi-analfabetos e consumistas"?
    E para concluir ...
    e vc de que lado está??

    ResponderExcluir
  2. Oi Flávia!!!!
    então, seres globalizadores, são tipos de individuos que percebem a interligações que existem em todas as ações do universo!!!!! meio vago né? Mas tem a ver com olhar os assuntos dentro do contexto, percebendo onde ele se corresponde com o meio. A nossa educação é muito centrada em um único foco, ou seja o que se aprende, não se preocupa em ver em que contexto está o que se aprende, pra que serve o que se aprende... A maioria dos nossos jovens hoje sai do ensino médio falando probrema, embrema, framengo, mas abem muito bem falar e comprar o Ipod, querem muito ter a Tv de plasma, "precisam urgentemente ter o Tenis da nike, é bem por aí á ideia de cosumistas, consumir, consumir, consumir!!!
    eu estou de lado, a margem, sou sim marginal, acredito que toda informação tem que ser compartilhada, mais ainda críticada e transformada!!!!

    ResponderExcluir