3º Ano B
Maurício iniciou a aula perguntando aos alunos o que eles gostariam de cantar. A música escolhida por eles foi “BOLINHA DE SABÃO”, Maurício pediu que eles cantassem com os lábios fechados, a famosa boca CHIUSA e com estalos de língua na parte em que a bolinha de sabão estoura, depois cantaram com Lá, Lá, Lá. Em seguida Maurício começou a tocar no violão a música “O QUE É QUE TA ESCRITO NA CAPA DO GIBI” e a turma rapidamente identificou e começou a tocar e bater na mesa e logo Maurício pediu que eles não batessem, mas não tem jeito, pois no meio da música todos estavam cantando e batendo o ritmo na mesa. Na segunda atividade, o professor pediu que Eu e Ísis mostrássemos os ritmos com jogos de copos que estamos trabalhando no grupo de estudos. Apresentamos o primeiro ritmo que foi o IJEXÁ onde Ísis explicou um pouco sobre o nascimento desse ritmo e logo depois mostramos o SAMBA REGGAE onde Maurício perguntou se aqueles ritmos estavam presentes em alguma música que eles conheciam e para nossa surpresa só um menino disse que parecia ritmo da África, mas, não conseguiram identificar nem um dos dois ritmos. Ísis citou o olodum como um dos grupos que toca SAMBA REGGAE e Filhos de Gandhi que tocam o IJEXÁ. Para que eles entendessem melhor, Maurício colocou um Cd com músicas em Ijexá e Samba Reggae.
3º Ano C e E
Maurício iniciou a aula cantando a música “A DANADA DA PREGUIÇA” escolhida pelos alunos.Percebi que a vivência deles com percussão é muito forte, pois quando começam a cantar, eles batem palmas ou marcam o ritmo na mesa. Como estava tendo muito ruído externo atrapalhando a aula a exemplo do ventilador que quando ligado ninguém escuta direito, pois ele faz bastante barulho, Maurício resolveu falar um pouco sobre a importância do silêncio. Ele desligou o ventilador e as crianças perceberam a diferença, logo ele falou da poluição sonora e exemplificou fazendo referência à praia da boa viagem onde ocorrem muitas festas, com muitas pessoas e muito barulho e a ilha de Maré onde é um lugar mais calmo. Ele tocou a música da maré que é bem tranqüila e perguntou aos alunos com qual das duas praias a música combinava e eles responderam que era com a ilha de maré. Maurício perguntou se eles lembravam do que tinham visto na aula passada e todos responderam que tinham visto o HIP HOP e Maurício perguntou qual era a música do HIP HOP e eles disseram que era o RAP. Logo, o professor colocou um Rap para tocar e o mais curioso é que eles se identificam muito com esses estilos, todos começam a desencostar da cadeira e a se balançar no ritmo da música. Enquanto a música rolava, Maurício fez o ritmo no copo mostrando para a turma. Em seguida ele pediu que Eu e Ísis mostrássemos os ritmos IJEXÁ e o SAMBA REGGAE nos copos. Mostramos primeiramente o Ijexá e logo depois o Samba Reggae, onde Ísis explicou um pouco sobre a origem de cada ritmo. Maurício perguntou se eles conheciam os ritmos apresentados e alguns identificaram o Ijexá como CANDOMBLÉ e o SAMBA REGGAE como ritmo tocado pelo olodum. Maurício pediu que a turma cantasse uma música da preferência deles para ver se encaixava nos ritmos apresentados e logo surgiu um grande coro cantando “A máquina de furar”, assim foi dado início a um debate onde o professor perguntou que estilo era aquele que eles estavam cantando, onde eles escutavam. Daí começaram a sair muitas respostas: eles disseram que aquele estilo era o pagode e eles escutavam em casa, na rua, com os amigos. Maurício perguntou por que eles gostavam de pagode e eles responderam: porque somos jovens e Maurício indagou novamente, todos os jovens gostam? Eles disseram que não e Maurício faz mais perguntas por que então os jovens ouvem pagode, Silvano Sales, Luan Santana entre outros e eles disseram que ouviam porque tocava na rádio e Maurício perguntou por que toca na rádio? E respostas foram: porque o cantor pede, porque o locutor gosta e a resposta mais surpreendente, Ah, professor essas músicas tocam porque o empresário pede para colocar nas rádios e o professor pergunta novamente, por que o empresário pede para tocar na rádio? E novamente uma resposta surpreendente: ele pede para tocar na rádio porque ele quer ganhar dinheiro. Eles concluíram que as músicas que tocam nas rádios são escolha dos empresários e não pelo público. O debate foi muito interessante e a aula maravilhosa. Fui para casa refletindo sobre tudo que eles falaram.
Êa! Todo mundo tem que saber que o "Jabá" corre solto, eles pagam, a mídia empurra e todo mundo aceita!!!!
ResponderExcluirLegal essa maneira de Maurício de induzir a reflexão para que eles mesmos cheguem a resposta!
Viva a aula de música com crítica ativa!!!!!!
Mais um motivo fortíssimo para que a música não seja somente um conteúdo obrigatório nas escolas de ensino regular e sim uma DISCIPLINA para ser assumida por nós PROFESSORES DE MÚSICA.
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