Nesta semana a escola estava em comemorações ao "Dia do Folclore" (22/08), mas a escola optou por chamá-la de Semana da Cultura.
Desde a segunda-feria foram feitas apresentações que referissem a cultura popular ou que indiretamente tivessem ligação com a cultura baiana. O professor David apresentou músicas de trabalho, o hino da África do Sul, um samba que tinha como referência a Bahia - tudo isso no pátio da escola. Estive lá, tanto pela manhã quanto pela tarde. Levei o violão e acompanhei o professor e os outros bolsistas nas apresentações. O colega percussionista, Anderson, apresentou os instrumentos de percussão de origem africana (atabaques, timbau, xequerê, agogô, tambor de alfaya). Algumas crianças até sinalizavam: - É da macumba! -, e ele, simples e objetivo, respondeu que sim, que alguns daqueles instrumentos eram usados nos terreiros para os cultos aos orixás. Não aconteceu nenhuma interpelação por parte das crianças. Também apresentaram-se grupos convidados, a exemplo do Bagunçaço, além de uma roda de capoeira que contou com a participação de crianças da comunidade, incluindo também alunos da escola. Ao final foi feito um samba de roda e todos caíram na quebradeira.
No entanto, no primeiro momento da tarde houve aula normal. Pegamos apenas o 2º ano, pois só daria para dar aula para uma turma. O professor David começou falando um pouco sobre o folclore, o que representava aquele dia, peguei o violão e perguntei se alguém sabia cantar alguma cantiga de roda. Alguns começaram a cantar - no momento não recordo quais canções. Aproveitei que estava com os copos e pedi que todos fossem para o tatame e fizessem uma roda. Passei para eles a canção "Escravos de Jó", que é típica do "folclore brasileiro", com a passagem de copos. Eles se entusiasmaram bastante, entretanto, obtive certa dificuldade para fazer com que eles conseguissem passar o copo no pulso para o colega da direita. Aos poucos fui ensinando e eles foram conseguindo mas quando cheguei a parte do "tira e bota" com os copos, o tempo da aula terminou. Eles pediram que continuasse com os copos nas outras aulas. Em seguida todas as turmas foram para o pátio e ocorreu tudo o que já foi descrito.
Parabéns para a Escola Carmelitana - profa Letícia, David, Cristiane e todas/os professoras/es - para o senso crítico e capacidade de tornar estes momentos significativos e não apenas caricaturas da cultura brasileira!
ResponderExcluirQue a cultura brasileira/baiana seja celebrada o ano inteiro, mostrando toda sua riqueza e beleza!