sábado, 13 de novembro de 2010

Relato Olga Quinta-feira 11 de novembro de 2010

Cheguei um pouco mais cedo na escola para conversar com o professor Raiden sobre o artigo para o seminário do PIBID, ele me deu alguns toques, mas não foi por muito tempo, pois a aula já estava prestes a começar.
Ao chegar na sala do 1° A percebi que os alunos que foram escolhidos pela professora Andréa estava com um semblante desanimado, cumprimentei-os e todos responderam, mas sem muita empolgação. Talvez eles queriam ir para a aula de Educação Física, e os outros ficarem na aula de música. Engraçado que, não temos a oportunidade de trabalhar com todos os alunos que foram escolhidos na semana passada, aí dificulta um aprendizado seqüencial, contínuo.
Estávamos arrumando as cadeiras e por algum momento a porta bateu e não tinha como abrir por dentro, vixe! Estamos presos! Mas viva o celular! Raiden ligou para alguém que estava na secretaria para vir abrir a porta.
Enquanto Raiden tentava conectar o computador na caixa amplificada, percebi que o ventilador emitia um som que dava uma idéia de pulso, tipo um metrônomo, sabe? Então eu instiguei os alunos a trabalhar em cima dessa pulsação. Depois trabalhamos individualmente no sentido anti-horário, passando de um para o outro, tipo passa ou repassa. Naquele pulso trabalhamos a semínima, colcheia e semicolcheia, ilustradas pelas figuras: pão, lei-te e cho-co-la-te.
Como não deu certo o computador com a caixa amplificada, Raiden faz com que os alunos lembrem do conceito grave e agudo, dessa vez não usamos os “tambaldes”, acho que os alunos sentiram falta desses instrumentos de percussão. Então Raiden usou palmas, os alunos não seguiam muito a pulsação, muitos deles batiam palmas aleatoriamente e isso ia criando uma variedade de ritmos. Raiden resolveu oficializar a atividade proposta pelos alunos, onde cada um criava um ritmo e todos reproduziam, isso tornou a atividade mais lúdica. Eram mais ou menos 8 alunos na sala, sendo que 3, meninas. Oh! As meninas incorporaram-se mais às atividades, e se mostraram excelente boas no ritmo e na percepção.

1° B
O momento de arrumar as cadeiras para a aula foi muito tenso e demorado. Alguns alunos se mostravam indiferentes com os outros, outros arrastavam a carteira e fazia muito barulho. O professor Raiden havia acabado de falar e mesmo assim aquilo acontecia, parecia pirraça! Nesse dia os alunos estavam mais danados e elétricos, tanto na turma A quanto na B. Éh! Esse momento roubou, acho que 20 minutos da aula.
O professor Raiden fez uma roda, onde vi que alguns alunos não queriam pegar na mão do outro. Teve um que não queria pegar de jeito nenhum, e fez uma cara de raiva para o outro, tipo aquela de adulto, “bicho solto”, sabe? É impressionante como eles aprendem rápido, mas nesse caso percebe-se a influência da família. Em alguns casos a educação familiar é mais forte que a educação escolar, e elas insistem em serem mundos diferentes, mundo da escola; mundo de casa; na prática elas deveriam andar juntas, a escola ser família e vice-versa, ambas no compromisso com o aluno, visando um ser humano melhor.
O professor realiza um série de alongamentos, que nos ajuda a relaxar...
Sentamos, ainda em forma de círculo, o professor diz: -Hoje agente vai fazer um ”Orquestra de palmas”! E relembra as atividades anteriores que envolve grave e agudo, e como quase sempre as mulheres, matam logo a charada. ”Destaco Íris, a menina da bolsa do Brasil”, ela é muito sensível e atenta a tudo.
Dessa vez estávamos com todos alunos e isso facilitou a divisão em 5 grupos, como o piso da escola é dividido em grandes quadrados, ficou um quadrado para cada grupo de mais ou menos 4 alunos. Raiden cantou o funk “Ado, a ado, cada um no seu quadrado”. Enquanto estávamos organizando os grupos, percebi que havia pouca luz na sala, de 6 lâmpadas fluorescentes, somente uma funcionava e outra ameaçava acender.
A atividade foi parecida com a do 1° A : semínimas, colcheias e semicolcheias, mas nessa turma dividimos um tipo ou uma combinação de figuras para cada grupo. Depois de um tempo de trabalho, aqueles ritmos se combinavam, concretizando a idéia de orquestra, grupo, cada um fazendo a sua parte. Mesmo com um certa dificuldade causada pelos alunos indisciplinados, que fazia com que cada momento houvesse uma repreensão, mas a atividade foi desenvolvida!

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