Na
quarta-feira, 07/08, aconteceria o terceiro ensaio para a apresentação do
musical “Boi Bonito” no período vespertino. Cheguei cedo a Escola Municipal São
Domingos Sávio para praticar às falas do meu personagem, e também esperar pelos
colegas bolsistas, além da professora supervisora Nara.
Durante
este momento refleti sobre um acontecimento onde presenciei alunos e pais do lado
de fora da escola, esperando o horário exato para poderem entrar na instituição. Muitos
estavam em meio ao sol quente da tarde, e ouvi até uma das professoras pedir para que saíssem daquele local e procurassem um com sombra. Pensei
se aquela situação era realmente necessária, e o porquê de não deixar os alunos
entrarem, para ao menos ficarem no pátio a espera da ida dos professores até as salas. Relembrei o tempo que estudei em escolas do ensino básico, tanto
em uma particular e outra pública, onde também tinha sempre de esperar um horário
exato para poder entrar nos prédios. Penso que a escola é um ambiente de
acolhimento, e esta situação é contrária a acolher os educandos. Digo isso porque
é necessário levar em consideração algumas questões, como por exemplo, a
segurança dos alunos em meio a uma sociedade cada vez mais violenta, e a
própria saúde deles, por causa da exposição ao sol. Analiso isso também
com um caráter mais "universal", onde tal fato é visto na grande maioria das escolas atualmente,
e não somente na que atuo como bolsista do PIBID-Música.
Já
com relação ao ensaio, praticamente não ocorreu. Como cheguei mais cedo, fiquei
sabendo da diretora que Nara não viria. Por um momento me senti confuso, mas após a chegada do colega Diego, tive a notícia de que Nara havia lhe enviado uma mensagem, pedindo que fizéssemos o
ensaio com os alunos, fato que eu já tinha em mente, para literalmente não dar uma “viajem-de-balde”.
Logo
após o bolsista Eduardo chegar, traçamos um planejamento em cerca de dois
minutos, e fui até as turmas pedir que os professores trouxessem os alunos até
a sala de Artes. Optamos inicialmente em fazer somente a passagem das canções
que fazem parte do repertório do musical “Boi Bonito”, as narrações, e alguns
diálogos, mas, com a impossibilidade devido à dificuldade no controle dos
discentes, ensaiamos somente as músicas.
Mesmo
com três bolsistas na mesma sala, os educandos não paravam quietos. Quando
pensávamos que tínhamos o controle, surgia uma situação, que desencadeava
outras situações, e nisto, o foco era novamente perdido. Em meio a tudo isso,
Diego tocou algumas vezes no trombone a melodia da canção “Show das poderosas”,
da cantora Anita. Os alunos ficavam paralisados e em seguida cantavam
todos juntos aquela música, mas assim que parava e tentávamos dialogar com os
alunos, a dispersão tomava seu espaço novamente.
Tivemos
uma nova experiência, pois nunca ficamos sozinhos com todas as turmas juntas sem a presença da professora Nara. Creio que se lecionássemos uma aula em cada
turma separadamente, como já fizemos antes, o fator do controle de classe teria
tido mais sucesso, sendo que cada uma contaria com cerca de 15 a 20 educandos,
e no ensaio, tivemos cerca de 70 em uma única sala.
Nenhum comentário:
Postar um comentário