quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Tarde de aprendizados e reflexões...

Na quarta-feira, 07/08, aconteceria o terceiro ensaio para a apresentação do musical “Boi Bonito” no período vespertino. Cheguei cedo a Escola Municipal São Domingos Sávio para praticar às falas do meu personagem, e também esperar pelos colegas bolsistas, além da professora supervisora Nara.
Durante este momento refleti sobre um acontecimento onde presenciei alunos e pais do lado de fora da escola, esperando o horário exato para poderem entrar na instituição. Muitos estavam em meio ao sol quente da tarde, e ouvi até uma das professoras pedir para que saíssem daquele local e procurassem um com sombra. Pensei se aquela situação era realmente necessária, e o porquê de não deixar os alunos entrarem, para ao menos ficarem no pátio a espera da ida dos professores até as salas. Relembrei o tempo que estudei em escolas do ensino básico, tanto em uma particular e outra pública, onde também tinha sempre de esperar um horário exato para poder entrar nos prédios. Penso que a escola é um ambiente de acolhimento, e esta situação é contrária a acolher os educandos. Digo isso porque é necessário levar em consideração algumas questões, como por exemplo, a segurança dos alunos em meio a uma sociedade cada vez mais violenta, e a própria saúde deles, por causa da exposição ao sol. Analiso isso também com um caráter mais "universal", onde tal fato é visto na grande maioria das escolas atualmente, e não somente na que atuo como bolsista do PIBID-Música.
Já com relação ao ensaio, praticamente não ocorreu. Como cheguei mais cedo, fiquei sabendo da diretora que Nara não viria. Por um momento me senti confuso, mas após a chegada do colega Diego, tive a notícia de que Nara havia lhe enviado uma mensagem, pedindo que fizéssemos o ensaio com os alunos, fato que eu já tinha em mente, para literalmente não dar uma “viajem-de-balde”.
Logo após o bolsista Eduardo chegar, traçamos um planejamento em cerca de dois minutos, e fui até as turmas pedir que os professores trouxessem os alunos até a sala de Artes. Optamos inicialmente em fazer somente a passagem das canções que fazem parte do repertório do musical “Boi Bonito”, as narrações, e alguns diálogos, mas, com a impossibilidade devido à dificuldade no controle dos discentes, ensaiamos somente as músicas.
Mesmo com três bolsistas na mesma sala, os educandos não paravam quietos. Quando pensávamos que tínhamos o controle, surgia uma situação, que desencadeava outras situações, e nisto, o foco era novamente perdido. Em meio a tudo isso, Diego tocou algumas vezes no trombone a melodia da canção “Show das poderosas”, da cantora Anita. Os alunos ficavam paralisados e em seguida cantavam todos juntos aquela música, mas assim que parava e tentávamos dialogar com os alunos, a dispersão tomava seu espaço novamente.
Tivemos uma nova experiência, pois nunca ficamos sozinhos com todas as turmas juntas sem a presença da professora Nara. Creio que se lecionássemos uma aula em cada turma separadamente, como já fizemos antes, o fator do controle de classe teria tido mais sucesso, sendo que cada uma contaria com cerca de 15 a 20 educandos, e no ensaio, tivemos cerca de 70 em uma única sala.

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