segunda-feira, 18 de julho de 2011

Relato dia 14/07

3º B

A aula começou com a música “O que é que tá Escrito?”. Essa música tem uma palma no contratempo do terceiro tempo do compasso que exige uma atenção maior dos meninos. O que eles confundem, na verdade, são duas colcheias no segundo tempo que a caixa da bateria faz com a palma no contratempo do terceiro – quando devem bater as palmas eles batem na cabeça do segundo tempo, ao invés do contratempo do terceiro. Escrevi o ritmo durante a aula e ficaria mais interessante ao invés de ficar ditando, mas não sei como exportar a imagem de um compasso apenas do Finale e colocar aqui no relato (se souberem edito isso aqui tudo com a imagem).

A ideia que já tinha visto Maurício usar era coloca-los para fazer as batidas da caixa da bateria com os pés – eles instantaneamente acertam as palmas depois disso...

3º C

Essa aula começou com a mesma pergunta da semana passada: “ quais músicas vocês cantam quando brincam?”, mas não houve nenhuma resposta diferente das que apareceram na semana passada. Maurício falou que no 3º ano vespertino os meninos disseram uma variedade de músicas bem maior do que as turmas da manhã...

Ele colocou o vídeo do “Canarinho da Alemanha”. Quando terminou ele fez os movimentos que as crianças faziam no vídeo – palmas, estalos de dedo e batidas no peito para simular o atabaque e depois pediu para os meninos imitarem um berimbau com a boca. Eles demoraram um pouco para responder, mas um criou coragem e fez o som. Imagino que eles tenham vergonha de imitar sons, já em outras atividades tinha percebido que mesmo sabendo reconhecer claramente os sons dos instrumentos e conseguindo imita-los, eles se negam a cantar na frente dos colegas. Eu acho que isso daria uma aula inteira, mas exploraria (pra variar) improvisações com os sons – me resta saber se eles “aceitariam” a atividade. Funcionou com a turma de Iniciação 2 (hehehehehehe).

Quando chamou um menino para fazer os movimentos na frente da turma, os meninos começaram a chama-lo de “negão”. A velha ironia do racismo brasileiro está em todo lugar. Ele tinha a pele mais escura e os outros negros o chamavam de “negão” por acharem que ele era “mais negro” do que eles.

No final da aula fizemos um cânone com a turma. Metade ficou comigo e a outra com Ísis. A resposta foi bem legal. Ainda bem que vi vários meninos que pelo semblante tinham desenvoltura com a capoeira. Uma aparentemente é filha de um mestre da região, pelo que me falou o colega dela que estava sentado atrás de mim.

Essa atividade sem dois professores ia ser complicada porque os meninos acabam trocando totalmente a letra sem nem perceberem quando tem uma pausa para a nova entrada – eles continuam a frase já iniciada pelo outro grupo com a melodia que deveriam cantar...

4º A

A aula começou com o mesmo vídeo da semana passada. Maurício tentou passar a coreografia das mãos com os copos, mas ficou difícil para os meninos. Ele formou, então, três grupos e fez uma passagem de copos bem mais fácil. Meu grupo foi bem, mas eles ficam bastante inquietos com os copos na mão. Imagino que teria sido pior se a professora não tivesse na sala – ela ficou porque os meninos pediram que ela visse o que eles passavam nas aulas de Maurício... hahahaha

Depois de um tempo ficou um pouco confuso porque eles perdem logo o interesse quando não conseguem executar o ritmo, ai tudo fica mais barulhento.

3º ano A*

Assistimos essa turma por conta de uma reposição de aula. O ritmo trabalhado era o mesmo das outras turmas dos terceiros anos que a gente acompanha. Toda vez que Maurício coloca a música os meninos tentam tocar. É importante desenvolver mais a capacidade de se concentrar em um som e poder analisa-lo. Muitos músicos também têm essa característica... hehehe

A turma estava bastante agitada e foram dados 10 minutos para que os meninos treinassem o ritmo proposto. Houve uma boa resposta de alguns, mas outros explodiram e ficou meio difícil manter por muito tempo por conta do ruído. Um grupo foi para frente e fez a brincadeira.

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