Dia atípico na escola Santa Bárbara – 14/10/2010
Diferente dos dias normais na sala de aula, a semana da criança trouxe uma inovação para os alunos da escola Santa Bárbara. O espírito de alegria transparecia no rosto de cada aluno de modo que as reclamações de indisciplina nem se quer havia espaço. Todos os alunos estavam interessados em participar das atividades propostas. As salas foram dividias em áreas de interesses tais quais: Karaokê, Salão de Beleza, Salão de Vídeo, Pintura Facial, Salão de Jogos, Brinquedos, Discoteca e Sala de Artes. O que pude perceber tanto dando um passeio pelas salas quanto conversando com algumas professoras o que estava acontecendo nas salas e as partes que mais interessava às pessoas era em primeiro lugar a discoteca, regida pelo maior DJ de todos os tempos Ricardo Ribeiro (que disse que vai largar de ser professor pra ser Dj...). Em seguida vinha o Karaokê junto com o salão de beleza e a pintura facial. A sala de vídeo não foi muito procurada apesar do filme ser o Homem Aranha que estava passando lá. Acredito que os meninos queriam agitação.A sala da discoteca estava sem cadeiras e com as janelas todas cobertas por um papel branco o que não deixava a sala tão escura mas dava uma de lugar escuro. Tinham CDs pendurados na sala para ajudar na organização e na climatização. A temperatura da sala estava muito quente o que me permitiu ficar por muito tempo, pois pra quem tem rinite alérgica, o abafamento provocado pelo calor prejudica e muito. As músicas mais pedidas foram “Mexe o Balaio” do Psirico e “I’ve gotta feeling” de Black Eyed Peas. Percebe-se então que a indústria cultural predomina em diferentes classes sociais e em diferentes salas, pois na sala do karaokê as músicas mais cantadas foram o Abecedário da Xuxa (nem imaginava que depois de tanto tempo ainda fazia sucesso), Meteoro da paixão e você não sabe o que é amor de Luan Santana. O interessante é que quando se cantavam outras músicas a sala ficava vazia, mas quando cantavam essas músicas acima a sala enchia novamente. Algo bom que pude perceber em meio a toda esta tragédia cultural é que como os alunos precisavam ler as letras das músicas, e as letras tinham um ritmo, eles sentiam que precisavam melhorar a leitura para acompanhar o karaokê e este tinha além da função de distração e brincadeira, um implícito convite a leitura e a educação musical. Durante o karaokê o alunos não deram tanta importância a afinação durante o cantar das músicas e também não foram registrados os pontos que eles fizeram cantando a música.
Outro fato que achei marcante foi o salão de beleza estar sempre cheio. Tinham salas que havia a nuances, mas o esta sala estava sempre cheia de meninas que queriam pintar as unhas e fazer chapinha no cabelo.
As demais salas estavam cheias, mas as que mais se destacaram foram estas supracitadas.
A conclusão a que cheguei deste dia atípico foi observar o interesse das crianças com relação ao modelo de educação tradicional. Apesar de ser um dia de diversão, acredito (não sei se de forma utópica) que a educação poderia ser um pouco parecida com este dia alegre e festivo retirando é claro o fato de haver uma presença do mercado da música imperar como sempre em nossa sociedade. As salas não necessariamente teriam que ser organizadas da forma em que estão. A escola poderia ser um grande centro cultural, organizado de forma a suscitar alegria e ânimo a todos os alunos como foi este dia, mas organizado de forma a transmitir conhecimentos diversos aos alunos. O sistema educacional poderia utilizar elementos diversos como foi o karaokê, a discoteca, e a sala de vídeo, para a difusão de conhecimentos importantes que já são transmitidos, mas não de forma a atrair o desejo pelo conhecimento aos alunos. Daí, resolveríamos o problema da indisciplina na sala de aula e convocaríamos as nossas crianças e jovens a buscar conhecimento e transformaríamos essa nossa sociedade em uma sociedade melhor!
Diferente dos dias normais na sala de aula, a semana da criança trouxe uma inovação para os alunos da escola Santa Bárbara. O espírito de alegria transparecia no rosto de cada aluno de modo que as reclamações de indisciplina nem se quer havia espaço. Todos os alunos estavam interessados em participar das atividades propostas. As salas foram dividias em áreas de interesses tais quais: Karaokê, Salão de Beleza, Salão de Vídeo, Pintura Facial, Salão de Jogos, Brinquedos, Discoteca e Sala de Artes. O que pude perceber tanto dando um passeio pelas salas quanto conversando com algumas professoras o que estava acontecendo nas salas e as partes que mais interessava às pessoas era em primeiro lugar a discoteca, regida pelo maior DJ de todos os tempos Ricardo Ribeiro (que disse que vai largar de ser professor pra ser Dj...). Em seguida vinha o Karaokê junto com o salão de beleza e a pintura facial. A sala de vídeo não foi muito procurada apesar do filme ser o Homem Aranha que estava passando lá. Acredito que os meninos queriam agitação.A sala da discoteca estava sem cadeiras e com as janelas todas cobertas por um papel branco o que não deixava a sala tão escura mas dava uma de lugar escuro. Tinham CDs pendurados na sala para ajudar na organização e na climatização. A temperatura da sala estava muito quente o que me permitiu ficar por muito tempo, pois pra quem tem rinite alérgica, o abafamento provocado pelo calor prejudica e muito. As músicas mais pedidas foram “Mexe o Balaio” do Psirico e “I’ve gotta feeling” de Black Eyed Peas. Percebe-se então que a indústria cultural predomina em diferentes classes sociais e em diferentes salas, pois na sala do karaokê as músicas mais cantadas foram o Abecedário da Xuxa (nem imaginava que depois de tanto tempo ainda fazia sucesso), Meteoro da paixão e você não sabe o que é amor de Luan Santana. O interessante é que quando se cantavam outras músicas a sala ficava vazia, mas quando cantavam essas músicas acima a sala enchia novamente. Algo bom que pude perceber em meio a toda esta tragédia cultural é que como os alunos precisavam ler as letras das músicas, e as letras tinham um ritmo, eles sentiam que precisavam melhorar a leitura para acompanhar o karaokê e este tinha além da função de distração e brincadeira, um implícito convite a leitura e a educação musical. Durante o karaokê o alunos não deram tanta importância a afinação durante o cantar das músicas e também não foram registrados os pontos que eles fizeram cantando a música.
Outro fato que achei marcante foi o salão de beleza estar sempre cheio. Tinham salas que havia a nuances, mas o esta sala estava sempre cheia de meninas que queriam pintar as unhas e fazer chapinha no cabelo.
As demais salas estavam cheias, mas as que mais se destacaram foram estas supracitadas.
A conclusão a que cheguei deste dia atípico foi observar o interesse das crianças com relação ao modelo de educação tradicional. Apesar de ser um dia de diversão, acredito (não sei se de forma utópica) que a educação poderia ser um pouco parecida com este dia alegre e festivo retirando é claro o fato de haver uma presença do mercado da música imperar como sempre em nossa sociedade. As salas não necessariamente teriam que ser organizadas da forma em que estão. A escola poderia ser um grande centro cultural, organizado de forma a suscitar alegria e ânimo a todos os alunos como foi este dia, mas organizado de forma a transmitir conhecimentos diversos aos alunos. O sistema educacional poderia utilizar elementos diversos como foi o karaokê, a discoteca, e a sala de vídeo, para a difusão de conhecimentos importantes que já são transmitidos, mas não de forma a atrair o desejo pelo conhecimento aos alunos. Daí, resolveríamos o problema da indisciplina na sala de aula e convocaríamos as nossas crianças e jovens a buscar conhecimento e transformaríamos essa nossa sociedade em uma sociedade melhor!
Legal, Jean, o seu ponto de vista. Vc centrou muito bem no que poderia ser o desafio da educação musical na conteporaneidade.
ResponderExcluirVc conhece a proposta da Escola da Ponte, fundada por José Pacheco em Portugal?
Outra questão diz respeito ao cuidado com certas expressões tipo "Algo bom que pude perceber em meio a toda esta tragédia cultural"...
Entendo o que vc quer dizer mas não utilizaria o termo "tragédia", pois tem a ver com juízos de valores: nós (acadêmicos) x eles (povão), música boa (de qualidade!)
x música ruim (massificada) e por ai vai ....
A meu ver um/a educador/a tem que ter muito cuidado com estes aspectos. Minha opinião, que não é verdade alguma ... por favor ... opinem ...
Flavia