sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Relato Olga Quinta 21 de outubro de 2010

Corri contra o tempo, ou melhor, a favor do tempo para não chegar no Olga atrasado. A ferramenta que usei quase foi em vão, mas enfim deu tudo certo e eu consegui chegar a tempo. Nesse momento estava acontecendo o mesmo ritual de sempre: as pastoras conduziam em fila os carneirinhos para seus respectivos lugares.
Eu havia separado alguns vídeos que baixei no ”youtube” para a apreciação. Nas últimas conversas com Raiden, decidimos que ele levaria seu computador para conectar um cabo HDMI na TV de Led, pois o meu não tinha esse recurso. Então eu levei o meu amplificadorzinho, os arquivos no pen drive e o cabo p2/p10, além do meu computador para eventual plano B. Quanta tecnologia! Não é?!! Bola pra frente! Ráiden decidiu também levar um programa didático que se chama "Tons para educação musical" e funciona assim: você clica e ele toca.
Então subimos para o 1. andar com a TV. Um pega de um lado e outro do outro. Ráiden comenta que o certo era ter uma dessa em cada sala.
Quando chegamos na sala do 1 A, na hora de ligar, Ráiden me pede ajuda para alcançar a tomada que estava no alto. A professora Andréa deu um sorrisinho (Risos de Monalisa).
Na roda, o professor Ráiden pergunta: "Quem lembra da aula, passada?" A conchinha foi a primeira coisa que eles lembraram, depois o batuque no corpo, o "Samba de Maria Luiza" eles não lembraram, mas não durou muito a instiga pela memória da aula passada.
Depois disso o professor fala um pouco da atividade, pede que os alunos se sentem. Ligeiramente todos vão para frente da TV ... parecia que iam entrar! Nesse momento o trabalho foi acalmá-los, pedindo que se afastassem um pouco para trás. Então o professor toca o software, aparecem sons e figuras de pássaros (agudo), gato (médio) e leão (grave) e também outros instrumentos como: baixo elétrico, flauta doce, saxofones etc. O professor escolhe a família das madeiras e pede a alguns alunos para ir na frente escolher um desses instrumentos para serem tocados e depois discutem.
Eu mostrei algumas pessoas tocando instrumentos musicais, dentre estas: um rapaz tocando o tema do super Mário Bros na tuba. Os alunos acharam muito engraçado e riram. Duas crianças: uma tocando o tema do Sítio do pica-pau amarelo na flauta doce, outra Yesterday na clarineta, etc. Além de outro tocando baixo acústico e a musica 16 toneladas do grupo “Funk como Le Gusta” que tem um cantor com a voz bem grave. No decorrer eu ia parando o vídeo e instigando comentários quanto a sensações, nome de instrumento e altura. Alguns respondiam sem pensar e ouvir, esses iam pegando o gancho nos alunos que acertavam. Era muito difícil manter a atenção dos alunos, imaginem eu, um professor ”trainee”. Eu fazia gestos apelando pela atenção. No desfecho o professor Ráiden pega três instrumentos de percussão: um tambalde grave, um tamborzinho médio e um triângulo, agudo. Ele pede aos alunos que indique tais instrumentos quanto à altura. A maioria acerta. De repente eu faço um gesto para Ráiden e ele compreende meu recado quanto a fazer um “som”, eu no tambalde e ele no triângulo. Fizemos um xote, eles chamaram isso de arrocha, rsrsrs... Ai eu cantei "Esperando na Janela" e "Asa branca".
Passando para o 2 B, no corredor o professor pede que tenhamos cuidado com as terminologias usadas. Ele fala por exemplo que ao invés de comparar os instrumentos graves e agudos deveríamos dizer que: um é mais grave ou mais agudo do que o outro. Chegamos na sala com a TV onde a professora Graça, com a mesa cheeeia de provas, demora para perceber que precisamos da mesa para por a “gigante”...
Fizemos o contrário, eu mostrei os vídeos, apresentei um do desenho dos Simpsons com Liza tocando saxofone e não mostrei a 16 toneladas. Nessa classe os alunos estavam até então mais calmos e atenciosos. Falei do nome desses instrumentos, suas alturas e fiz perguntas. Depois Ráiden veio com o software: Tons da música e em algum momento ele equivoca chamando a flauta de mais aguda que o flautim, sutilmente eu pergunto a ele se é verdade, ele reconhece que não. Agente perguntava: -Quem sabe o nome desse instrumento? Surgiam algumas vozes: -É grave! Ráiden diz que grave e agudo não são nomes de instrumentos, mas é a maneira que sai a voz de cada um deles... Eu fiquei com pulguinha atrás da orelha, achei esse conceito parecido com timbre. Na hora que tocamos o forró (FOR ALL), todos pularam e se jogaram no chão tipo carnaval, sabe? Foi muito engraçado! Depois Ráiden me disse que acontece coisas que ele se segura pra não rir...
Chega a hora do recreio. Ráiden organiza a fila para a descida dos alunos. Recolhemos o material e ao descer ele fala em geral sobre o cuidado que deveremos ter nas aulas em não deixar que a tecnologia seja o foco, e nem usar isso como um atrativo para o aprendizado, considerando a realidade dos alunos. Ele menciona que um simples instrumento de percussão foi e é uma tecnologia. Eu concordo em partes e acho isso relativo. Eu até pensei em gravar os arquivos para executar no aparelho de DVD da escola, mas ainda não tive como fazer isso, mas acho que teria o mesmo efeito, sem considerar o áudio da TV que não tem uma boa definição.
Quando fomos colocar a TV na sala de informática, lá estava a professora Kátia, com vários alunos maiores. Pareciam ser do Mais Educação. Toda sorridente ela diz: "Pessoal esse é o professor Ráiden e seu companheiro!" Eu pensei: "vixe! ela ainda não sabe meu nome". Quando saímos da sala, percebi a fisionomia da professora, talvez tentando lembrar. Eu a cumprimento: Tudo bom! Professora Kátia e ela nos apresenta a uma nova professora estagiária de dança: - "Esse aqui é o professor Raiden e aqui é o professor... ". Ai eu falo: - "Diego, tudo bem?"
Para fechar fomos a cantina, tomar aquele rico café, onde aconteceu aquele papo descontraído dos professores, assuntos dos mais diversos: concurso de professores, quinta-feira que vem não haverá aula, feriado. Papos quentes também! Rsrs Eu ficava caladinho, cumprimentava-os. Depois Ráiden me deu uma carona até o ponto de ônibus.

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