quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Olga, dia 08/10/10


Neste dia, Ângela me fez companhia para ir ao Olga. Foi ótimo! Chegamos um pouco atrasadas, Raiden já estava lá com Maurício e André, fazendo um cronograma de atividades que nós, bolsistas, vamos realizar. Fomos para o pátio, onde já estava acontendo as marcações de palco da peça Áfricas. Enquanto isso, Raiden organizava o espaço da percussão. A professora Rita terminou a marcação e pediu que todos formassem um roda para fazer o exercício de concentração. Ela sempre faz este exercício, mas neste dia ela pediu a um aluno que fizesse. Então, ele pediu a todos que fechassem os olhos e lembrassem de todas as marcações de palco que tinham acabado de serem feitas. Ele realmente tinha um espírito artístico e de liderança. E quando acabou a concentração, Raiden pediu para turma permanecer em círculo, e informou que eu iria fazer uma ciranda com eles. Eu me apresentei, e como já sabia que a ciranda tem a fama de ser para criança, eu comecei a atividade perguntando quem já tinha dançado, ou cantado uma ciranda, e muitos começaram a cantar: Ciranda, cirandinha... Então, eu disse a eles: Vocês sabiam que a ciranda é para jovens, adultos, idosos e crianças? E perguntei: Vcs sabem em qual estado a ciranda nasceu? E ninguém sabia. Eu respondi: Nasceu em Pernambuco, e alguns de seus primeiros criadores ainda estão vivos, pois se trata de uma manifestação popular recente. Neste momento percebi que eu não poderia conversar muito, por que estávamos no pátio, um ambiente que não colabora para as conversa, então pedi que fizessem duas rodas, uma dentro da outra, pois são 60 alunos, e comecei a cantar:

Esta ciranda não é minha só
ela é de todos nós
ela é de todos nós

A melodia principal quem diz
é a primeira voz
é a primeira voz

Pra se dançar ciranda
juntamos mão com mão
formamos uma roda
cantamos uma canção

Todos aprenderam rapidamente a canção, e parti para a segunda parte que era ensinar as células rítmicas dos instrumentos no corpo e na voz. O som do bumbo era: Bum; do ganzá era: diz-que-vai, diz-quevai; e o som da caixa era: a onda quebra na'reia. Todos aprenderam fácilmente também. Depois ensinei a dança, e aproveitei e disse que era em compasso quaternário, pois a dança marca exatamente o tempo forte. Depois juntamos tudo, dançamos, cantamos e fizemos o som dos instrumentos.
Reparei que a maioria faz a atividade com vontade, mas tem sempre uns que ainda acham bobo, dançar dando as mãos, ou cantar uma letra simples... Não sei, mas é fato que se um dia alguém perguntar se eles sabem o que é uma ciranda, acho que eles vão lembrar de um jeito diferente.

Terminei a atividade e pedi aos professores que continuassem o ensaio. Andre pediu para os alunos que ficassem em silêncio e concentrassem no que iriam fazer. A professora Rita pediu que cada um fosse para sua marca, enquanto o professor Raiden organizava a banda. O ensaio aconteceu de forma fluída, sem muitas paradas. Na minha opnião a peça está ótima, e a cada momento eu vejo a importância do Olgart na vida dos alunos. A postura deles é de ser artista, e isso reflete na personalidade, no referencial, na formação, na cidadania.

Um comentário:

  1. Legal, Ana ... fiquei curiosa em saber como eles reagiram. Ficaram empolgados? Gostaram? ou fizeram para fazer?

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