terça-feira, 12 de outubro de 2010

RELATÓRIO: Apresentação de Banner e Palestra no II Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEPE) – FACED/UFBA. 30 DE SETEMBRO DE 2010

Palestra – Psicanálise e Alfabetização: Inconsciente Linguagem e Práxis Pedagógica. Prof. Dr. Claudemir Belintane, USP, São Paulo.

O Educador começou a palestra falando que os primeiros contatos da criança com a linguagem são fundamentais no processo de alfabetização, referindo-se a importância do “Manhês” (espécie de inflexão vocal diferenciada quando as pessoas falam com os bebês), também ajudam no processo os contatos desde cedo com as canções, parlendas, jogos rítmicos com as mãos, historias do universo infantil.
Segundo o educador, o inconsciente tem papel essencial na alfabetização, já que é responsável pelas associações entre os símbolos tornando-os compreensíveis de acordo com a subjetividade e “conteúdo textual” da memória de cada um. Para exemplificar o autor citou algumas situações, como na associação feita por uma criança que ao perceber uma tigela quebrada automaticamente cantou a musica do pato pateta que bagunçou demais e quebrou a tigela. Ou seja o inconsciente é o realizador do processo metafórico instantâneo. Sendo esse processo metafórico condição sine qua non para a interpretação dos símbolos da escrita.
Partindo desse pressuposto o educador sugeriu a utilização de imagens e ideogramas como auxiliares na alfabetização, seguindo o caminho histórico da aquisição da escrita pela humanidade. Utilizando também a cultura da transmissão oral grande estimulador da memória. Alertando que o educador deve ter um repertório de histórias infantis, parlendas, trava línguas de memória, para contá-las sempre que necessário.
Sugeriu alguns “passos para a alfabetização que são realizados nos projetos que coordena em São Paulo: A descoberta do Nome Próprio; Nomear Imagens; Reversibilidade Silábica; Associar imagens aos textos e parlendas; Textos em verso; parlendas; histórias que proponham escolhas para continuarem; associação palavra/movimento; mnemonias; brincos; advinhas; trava línguas.
Terminando a palestra o educador ilustrou algumas cenas de embaraço que passou com algumas crianças durante a sua carreira e como conseguiu desembaraçar-se utilizado a mesma lógica do pensamento infantil, abusando da imaginação e da ambigüidade nas respostas.
Essa palestra foi muito enriquecedora e ainda apontou um caminho possível para a minha prática de ensino na qual eu pretendo trabalhar com alunos semi-alfabetizados (turma de fluxo), musicalizando-os e alfabetizando-os.

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