Hoje na Escola Santa Bárbara não houve aula para as primeiras turmas devido a reunião com os pais. Ao chegar acompanhei a reunião da turma do pré com a Prof. Livia. A reunião contou com a participação de apenas nove mães e nenhum pai: é curioso observar que realmente no modelo de família predominante ainda é a mulher que acaba se responsabilizando mais diretamente pela educação escolar dos filhos.
A reunião iniciou com a profa. Lívia chamando a atenção das mãe para a importância das crianças cumprirem o horário da escola e evitarem as faltas freqüentes, pois atrapalham o seu processo de desenvolvimento.
O ponto seguinte foi referente à higiene pessoal. Ela pediu para que tivessem mais atenção com a higiene de seus filhos, pois, segundo ela, algumas crianças chegam na escola sem tomar banho após ter urinado na cama durante a noite. Outro assunto abordado foi o problema dos piolhos, orientando elas a passar vinagre e pente fino, caso não tivessem condição de comprar remédios, antes de vir para a escola.
Logo em seguida a professora conversou com as mães para que elas tomassem mais cuidado com seus filhos, no que eles estão vendo na TV, na internet, com as companhias que andam na rua e principalmente com o que dizem ou fazem na presença dos filhos. Deixou claro que as crianças sempre contam na escola o que se passa em casa.
Outro aspecto abordado foi o acompanhamento e auxílio com as tarefas de casa, deixando claro que elas não fizessem por eles.
Terminadas estas orientações ela entrou no mérito da festa de São João: ficou definido que cada criança deverá levar um prato de comida típica, mas caso não possam não devem deixar de comparecer à festa que acontecerá no dia 16/06. Após os acertos da festa foi apresentado para as mães o novo Portfólio, uma pasta em que estará arquivada toda a produção escolar de cada criança e que servirá como instrumento de avaliação adotado pela Secretaria de Educação.
Houve perto do final a participação da coordenadora Ana Rita que conversou com as mães presentes sobre a responsabilidade da família com relação à vida escolar de seus filhos. A professora Lívia conversou individualmente com cada mãe a respeito dos problemas individuais das crianças. Quando terminou ela leu uma linda mensagem para todos: “... não há saber melhor do que o outro e sim saberes diferentes” assim convidando as mães para tornarem – se mais presentes na escola trocando conhecimentos.
No momento da reunião em que foram tratados os problemas de cada criança individualmente chamou minha atenção a colocação de uma das mães que pediu a professora para que botasse mais seu filho de castigo pois ele tinha muito medo disso: ele via constantemente seu irmão maior ficar por dias de castigo sem sair de casa e assim ele “ ficaria uma seda ”. Para mim foi realmente intrigante ver uma mãe fazer um pedido desse, provocando várias questões:
- Como nós que estamos engajados num programa como o Pibid podemos contribuir mais efetivamente para uma reflexão nessas escolas acerca de inúmeros aspectos pedagógicos equivocados que ainda se encontram enraizados em suas práticas?
- Como podemos estabelecer concretamente essa permuta entre os saberes que adquirimos na universidade com aqueles provenientes da realidade encontrada nas escolas?
- Observamos a rotina dessas escolas, discutimos entre nós mas como podemos fazer para que nossa prática reverbere mais efetivamente nesses ambientes escolares?
Enfim fica a sugestão para refletirmos um pouco mais sobre essa questão.
A única aula que acabamos por acompanhar foi a da turma do 3º ano. A turma estava bastante agitada e trabalhamos com a música do Gibi que já havia sido trabalhada algumas aulas atrás, sendo que agora os objetivos eram outros. Desta vez a atenção estava voltada para as rimas contidas na letra da música. Procuramos palavras que rimassem com as palavras da música e depois fizemos uma atividade com ritmoa partir de uma célula rítmica contida na música.
Sapoti,
ResponderExcluiros questionamentos que vc coloca são super pertinentes.
Estava até pensando se não seria interessante começar a fazer nossas reuniões itinerantes, ou seja, algumas reuniões ficariam na Emus e outras específicas para discussão de textos, iniciação à pesquisa ou outros temas nas escolas Santa Bárbara ou Carmelitana. Tiraríamos assim a centralidade da Escola de Música para criar novas possibilidades de discussão in loco.
O que vcs acham??
Muito legal o seu relato e as reflexões derivadas! É isso ai!!
ResponderExcluirDifusão do conhecimento... Gostei dessa idéia!
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