Observação
referente ao dia 15/05/2012
Segundo ano
Antes que entrássemos na sala,
Maurício pediu um material à professora da turma, denominado material dourado.
Nos explicou que era utilizado para trabalhar problemas de matemática que iria
se utilizar dela para a principal atividade da aula. Quando entramos a turma
estava separada de dois em dois. Ele nos solicitou que distribuíssemos os cubos
pequenos que representariam sons curtos e um “aglomerado” de cubos (seis ou sete
juntos) que representariam os sons longos. Antes de tudo ele comparou os cubos
pequenos a grilos, e os logos aos sons dos lobos, tudo com a ajuda das
crianças. Pediu-nos ainda que observássemos como eles montariam a sequência com
os mesmos, pois tocaria sons curtos e longos no violão.
O que mais me chamou a atenção nessa
atividade foi que uma das duplas que era composta por duas meninas não estava
conseguindo acertar nenhuma das sequências. Uma delas, que foi a que mais me
chamou a atenção estava com um olhar desanimado. Resolvi ficar um pouco mais do
lado deles e comecei a incentivá-las até que acertassem. Passaram a ficar mais
atentas e conseguiram acertar pelo menos uma vez. Foi uma alegria para mim ver
satisfação no rosto delas. Fiquei pensando diante disso como deve ser difícil
para um educador, como é o caso de Maurício, assumir uma turma com tantos
alunos, levando-se em consideração que cada uma daquelas crianças precisam de
atenção e de afeto para que o aprendizado aconteça de forma efetiva. Algo que
inclusive, infelizmente é negligenciado em nosso sistema de ensino, ou seja,
questões afetivas ainda estão em segundo plano, estando o conteúdo a cima do
continente e de tudo que ele traz.
Quando terminou a aula bate um papo
interessante com o professor sobre o ocorrido e ele levantou uma reflexão
profícua. Disse que por conta da situação sócio-econômica dos pobres nesse país
(não exatamente com essas palavras), eles tem que enfrentar uma série de insucessos
ao longo da vida; e ter esse instante vitorioso, como no caso da menina
supracitada, faz com que isso mexa na autoestima dos mesmos...
Primeiro ano
Depois de nossa conversa nos
dirigimos à sala do primeiro ano. O querido e entusiasmado primeiro ano.
Absolutamente nada contra as outras turmas, que são maravilhosas, mas, o que me
encanta nesses pequenos é a entrega e disponibilidade para a aula, algo de dar
gosto. Percebemos nela como uma educação musical que vem desde a base pode
transformar a realidade desses crianças.
Começamos cantando a música “Fazendinha
do mestre Zé”, que é uma adaptação do professor para a música “Loja do mestre
André” e a música do Arnaldo Antunes sobre o leitinho. Em seguida distribuímos
clavas para a fila do canto esquerdo e depois eles teriam que ir passando-as
para as demais filas. Teriam antes de tudo que marchar tocando as clavas ao som
da música “Havia um pastorzinho”. Algo interessante dessa atividade foi que a
grande maioria andou certo no pulso e passaram as clavas sem muito problema.
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