segunda-feira, 4 de abril de 2011

Relato 1º Encontro de Arte-Educação da Península de Itapagipe - 31.03.11

Esse é o relato do 1º Encontro de Arte-Educação da Península de Itapagipe. Como houve este evento e Maurício era um dos organizadores, não teve aula de música na quinta de manhã no Santa Bárbara.
O Encontro começou às 9:20h e foi realizado no SESI do Caminho de Areia. A primeira a expor uma apresentação foi a aluna de graduação em Serviço Social da Universidade Católica Emmanuela Chagas Santos. Ela apresentou um estudo comparativo entre três escolas – duas com aulas de arte e uma sem –, todas localizadas na Península de Itapagipe.
Os nomes das escolas não foram divulgados, mas ao longo da palestra ela apresentou vários dados coletados ao longo das entrevistas que fez nas escolas – interesse dos alunos pelo ensino de arte nas escolas regulares, interesse dos professores, quantidade de alunos presentes nas turmas e etc. Em minha opinião, o dado mais relevante levantado e que vale muito a pena ser citado é a taxa de evasão dos alunos das escolas. Como discutido na nossa reunião de sexta, fica muito difícil definir a influência exata especificamente das aulas de arte na taxa de evasão uma vez que a amostragem foi pequena, mas de qualquer maneira os dados são bem relevantes. Na escola A, que desenvolve atividades artísticas, não havia dados suficientes para a pesquisa, motivo pelo qual foi excluída da mesma neste tópico. A escola B, que também desenvolve atividades artísticas, tinha uma taxa de aprovação de 70% e apenas 5% de evasão – sempre considerando todas as turmas da escola. Já a escola C, que não desenvolvia atividades artísticas e trabalhava com a EJA tinha uma taxa de aprovação de 40% e (pasmem) 70% de evasão.
Como sabemos que evadir significa simplesmente deixar de ir para a escola e a não evasão não significa necessariamente estar freqüentando as aulas, imagino que o ano letivo tenha terminado oficialmente por falta de quórum. Suposições à parte, esses dados são reveladores, apesar de não serem suficientes para a definição da influência do ensino de arte nas taxas de evasão pelo Brasil afora.
Em seguida foi feito um levantamento das manifestações culturais e grupos existentes na Península pela representante do Colegiado Local de Cultura. Ficou claro que os dados não eram absolutos e que existiu uma dificuldade no mapeamento de grupos culturais na Ribeira. Diversos dados foram lançados e foi quase impossível acompanhá-los tamanha a diversidade de tópicos – quantidade de homens, mulheres, idosos, crianças, adolescentes em grupos de samba, capoeira, bandas, fanfarras e etc. Para mais dados referentes a esta pesquisa sugiro o contato do Colegiado Local de Cultura da Península de Itapagipe uma vez que todos foram direcionados exclusivamente àquela área.
Após a exposição, houve o debate entre representantes da prefeitura, escolas estaduais e professores presentes.
Foi uma experiência interessante. Muitas idéias foram lançadas e tentei sintetizar e expor aquelas que não foram muito específicas e que puderam de alguma maneira ser generalizadas para outras áreas.
Quinta feira tem mais!
Aquele abraço!

Um comentário:

  1. Massa Pedro, penso que se a aula de artes não é o fator principal, com certeza é um dos fatores para diminuir as taxas de evasões das escolas públicas!

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