segunda-feira, 2 de agosto de 2010

RELATÓRIO OBSERVAÇÃO ESCOLA SANTA BÁRBARA (GRUPO 5) 29 DE JULHO DE 2010

Ir à escola Santa Barbara quinta feira foi uma grande oportunidade de aprendizado para qualquer estudante de licenciatura, maior ainda para o estudante de licenciatura em musica. As questões praticas do cotidiano da escola, o chamado “que fazer” necessários a profissão de educador musical, a reflexão pós-aula, critica-propositiva, foram os conteúdos básicos da manhã.
Quando cheguei, o educador Mauricio Doria estava na sala dos professores, pouco tempo depois da minha chegada, fomos convidados por uma educanda a ir para a sala do grupo cinco que fica ao lado da dos professores, entramos na sala, damos os bons dias a todos e o educador então, pediu que todos dessem as mãos para formar a roda da amizade. A roda se formou, (o tamanho da sala e a disposição das carteiras não facilitaram a formação da roda). Então o educador começou a cantar a musica de apresentação, desta vez quase todos cantaram, se recusando apenas dois (mais tímidos), “sendo que um terceiro cantou com a camisa no rosto”.
O educador tirou o aparelho de som e anunciou a “hora do ouvido”, antes porem quero ressaltar um detalhe do espaço físico da escola e por conseqüência sua paisagem sonora:
“já no fim da atividade de apresentação, trabalhando os conteúdos atitudinais básicos a vida em grupo, fomos invadidos na sala pelo som alto que partia de uma das casas vizinhas. (nos fundos da escola há varias edificações de 2 andares, a sala do grupo cinco fica exatamente no fundo, próxima ao muro, com a janela voltada para a janela das casas)”.
A “hora do ouvido” se viu então um pouco prejudicada, mas mesmo assim os educandos conseguiram manter a concentração na atividade que transcorreu sem problemas, com o educador apresentando a eles a musica de ninar..., todos identificaram o piano como instrumento que estava sendo tocado, depois tocaram piano no ar ouvindo novamente a musica. Cantei a melodia da musica enquanto tocávamos “piano no ar”, mas não fui acompanhado, surgindo então umas questões em minha cabeça (eles não cantaram porque não conseguiram gravar a melodia em duas audições? O fato de ter que dividir a audição da musica de ninar com a musica que vinha da casa vizinha atrapalhou o processo? O que fazer para que o obstáculo se torne material de aula?). O educador perguntou qual o som mais “fino” (agudo) que eles estavam ouvindo, e qual o mais grosso (grave), todos responderam que o carro era o mais grosso e saíram imitando o carro, e ficaram divididos entre o apito e o passarinho quanto ao mais fino imitando os dois.
Ficou decidido que na próxima aula começaremos a aula com as clavas.
Todos nós (eu, Mauricio, Gessica, Tânia) refletindo depois sobre a aula, chegamos a alguns direcionamentos:
– não realizamos a segunda parte da atividade da Fazendinha do mestre Zé e fomos cobrados por isso pelos próprios educandos, então na próxima quinta levaremos a Fazendinha para que os animais sejam colados enquanto faremos uma composição semi-dirigirda de uma historia com Seu Zé e os bichos da fazenda, tentando recriar a paisagem sonora da fazenda.
– e possivelmente a “invasão do som”, poderia ser utilizada como motivo para realizarmos algumas das atividades de Schafer propostas no capitulo “limpeza de ouvidos” do livro “O ouvido pensante”.

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