sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Relato do Colégio Municipal Olga Figueiredo - 20 de agosto de 2010 / Sexta-feira

Hoje, ao chegar à escola Olga Figueiredo fui recepcionado pelos alunos do projeto aguardando o início das atividades, mas dessa vez encontrei um grupo menor. Fiquei até surpreso diante o número reduzido de alunos por estar acostumado com o grupo bem maior. Logo fui informado que não teria aula para o grupo de teatro apenas para a turma da banda de percussão.
Se tornou um hábito ao chegar a escola me dirigir na direção para cumprimentar a todos e lá adquirir informações sobre a atividade regular da escola para aquele dia. Entretanto acontecera algo empolgante. A turma toda me acompanhou e me fizeram perguntas a respeito da aula: “Se eu iria dar aula... Se iríamos fazer alguma brincadeira...” Ao me encontrar com a diretora, além dos cumprimentos e boas vindas, me passou a informação que não haveria atividade com o projeto Olgarte. Então eu comentei que não fui informado a respeito e lamentava por não ter ligado para confirmar se realmente teria aula. Os alunos, que estavam perto, logo ratificaram que não teria ensaio para a turma de teatro, mas que o professor Ráiden tinha marcado ensaio com os alunos da banda.
Sendo assim aguardamos a chegada do professor no pátio da escola. Aproveitei o momento para conhecê-los mais, saber um pouco sobre como e quando eles entraram no projeto, como nasceu o gosto pela arte, se na família tinha algum artista, como eles se sentiam após as apresentações, se os familiares ficavam satisfeitos com a vida artística deles e se eles pretendiam se especializar na dança ou na música.
As respostas foram bastante interessantes, cada um se expressava de um jeito. Uns com muita empolgação outros meio tímidos e poucos sem vontade de falar por ainda ter duvidas a respeito.
Ao desenrolar da conversa veio a idéia de fazer um trabalho de improvisação musical com eles. Quando compartilhei que se tratava de uma improvisação e que não tinha planejado aquela atividade, mas que iríamos tentar fazer e ver no que iria dar, ficaram super animados. Falei que eles ficassem livres para criar, improvisar e viajar com o som. Então expliquei como iríamos fazer aquela atividade, e nem bem terminei de falar, empolgados, começaram a dar início à seqüência rítmica batendo na cadeira, batendo palmas, batendo na perna e por aí foi.
O som produzido por eles foi ganhando volume e proporção cada vez maior então pedir para que eles usassem apenas o corpo como fonte de sonora. Eles realmente viajaram com a idéia e nem precisei direcioná-los em que parte do corpo eles poderiam extrair som, eles mesmos foram explorando o corpo e descobrindo as partes que poderiam tirar um som mais alto. A idéia foi ganhando forma e nascendo uma paisagem sonora. Era perceptível a satisfação em estar vivenciando aquele momento, tanto para eles com para mim que não tinha planejado a atividade, porém a idéia deu certo e conseguimos fazer algo super interessante.
Quando eu pensei em despensá-los eles pediram para jogar futebol na quadra. Aí eu pedirpara que eles fossem pegar a bola na secretaria, mas para minha alegria eles já estavam preparados. Parecia que eles já tinham combinado o babinha antes, pois já estavam com a bola na mão. Eu permiti e é claro, acompanhei o jogo. Eu até pedi para jogar também e eles se demonstraram surpresos e ao mesmo tempo contentes com minha participação e olha que tem um tempão que não chuto uma bolinha viu?!
Como o findar da tarde se aproximava fui à direção e perguntei a diretora se poderia dispensar a turma. Ela autorizou e me agradeceu por ter assumido a turma.
Alguns alunos não ficaram muito satisfeitos com a idéia de ter que terminar o jogo, mas mesmo assim conversei com eles e disse que na próxima aula veria a possibilidade de jogarmos novamente.
A experiência que tive com eles fora muito legal, bastante proveitosa.

3 comentários:

  1. Olá colegas, quero pedir desculpas por ter postado hoje, entretanto tive uma semana corrida resolvendo alguns assuntos pessoais. Farei o possível para relatar toda sexta-feira a noite.

    Abraço a todos!

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  2. Aproveitando e esclarecendo...
    Quando cito no relato “que não tinha preparado a aula ocorrida com antecedência” não quero dizer que não me planejo para dar aula. Mas que não tinha me preparado previamente para assumir a turma nesse dia. Entretanto as minhas aulas de preparação vocal para ser desenvolvida com os alunos são pensadas para a realidade deles e preparadas com antecedência visando um resultado satisfatório. Por isso uso o termo de "improvisação" que embora tenha dado tudo certo poderia não ter dado. Improvisar num contexto onde você domina e já tem experiência pode lhe trazer um resultado interessante, mas fora dessa realidade pode ser frustrante, e até interferir de modo negativo na caminhada de construção, conhecimento e rendimento do aluno do aluno.

    Temos que saber para onde estamos levando nossos alunos...

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  3. OLÁ ANDRÉ VOCE CRIOU MAIS UM MARCADOR PARA UM MARCADOR QUE JA EXISTIA, RELATO ESCOLA OLGA, VAMOS DEIXAR O BLOG ORGANIZADO. É SÓ CLICAR NO LAPIS EMBAIXO DO RELATORIO E MUDAR O MARCADOR, APAGANDO DEPOIS O MARCADOR CRIADO. ABRAÇOS.

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