sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Relatório Escola Olga 12 de agosto de 20

Nessa quinta-feira, tive a oportunidade de substituir o professor Ráiden, que não fora a escola devido a uma reunião. Ele me pediu para que eu continuasse com as atividades de prática de conjunto, que estavam sendo desenvolvidas no primeiro ano A e B. Até então, os remanejamentos das aulas tradicionais com as de musica e educação física, acontecem da seguinte forma: a turma é dividida em duas partes, uma para música e outra para educação física, com quarenta minutos de duração.
Nesse dia a professora de educação física ficou com a turma do primeiro ano A completa. Fui então tentar passar para a turma B, onde a professora pediu que eu esperasse mais um pouco, pois não era a hora dessa turma. Como não faltava muito tempo resolvi esperar nessa sala mesmo. A professora nos deixou na sala, e pediu para que os alunos terminassem a atividade enquanto ela subiria novamente. Ainda não era a minha hora. Os alunos comeram a dispersar, alguns saíram de seus lugares e foram perturbar o outro colega, um menino de cabelo duro fez gozação com uma menina, chamando-a de “cabelo duro”! E além do mais ficaram interrogando, quanto a mim e a meu instrumento que estava do meu lado, eu falei que quando chegasse a nossa hora, agente conversaria. A propósito perguntei: -porque vocês não terminam suas atividades? Fui até a porta e menti dizendo que já estava vindo a professora, todos calaram no mesmo momento. Eu perguntei: -porque vocês fizeram silêncio repentinamente?, alguns responderam: -porque a professora briga. Eu disse então será que é preciso isso para manter a atenção dos alunos? Fui então a minha experiencia sozinho em sala de aula.
Falei aos alunos que o professor não viria, e que ele pediu que eu desse essa aula. Disse então que precisaríamos ajudar uns aos outros, da seguinte maneira: não fazendo bagunça, etc. Fizemos um círculo onde distribuí os instrumentos em forma de sequência. Os tamborezinhos foram os prediletos. Tentamos trabalhar com o ritmo da capoeira, nem todos conseguiram executar, pois a maioria tocava aleatoriamente, ou seja, cada um no seu ritmo. Falei então aos alunos que estávamos fazendo uma prática de conjunto, e que a ideia principal era um ouvir o outro. Em seguida tentei um outro ritmo, em forma de brincadeira, o que deixou mais prazerosa a atividade. Os alunos propuseram dividir em grupos, mulheres e homens. Foi um ritmo inventado ali, naquele momento, o “Papa Mama” no qual um grupo tocava as sílabas papa e o outro mama, nessa atividade eles já conseguiram ser menos aleatórios.
Toquei “samba lele” no trombone, e eles cantavam bem alto e batucavam com muita empolgação. Depois disso, ainda em círculo, nos últimos minutos da aula, que passou muito rápido, conversamos mais um pouco. Falamos sobre a dispersão que ocorreu durante a aula, e que essa foi a razão na qual maioria do tempo foi gasto, e eu tentando falar, mais não conseguia... Perguntei se era preciso gritar para manter a atenção deles, eu disse que não, pois isso pode ser resolvido com diálogo. Deu três horas e todos ali foram liberados.

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