Após uma semana sem comparecer a escola Santa Bárbara por conta de alguns problemas de saúde ocorridos com Maurício além de uma paralisação na rede municipal de ensino, voltamos a visitar o grupo cinco e o grupo do terceiro ano A. Quando cheguei à escola, já se encontravam por lá, Géssica e Ricardo. Maurício estava desenvolvendo “a hora do ouvido” no grupo cinco, com os alunos sentados em círculo e escutando uma canção de ninar, e após terem ouvido a canção os alunos diziam o nome do instrumento que estava em evidência na música e imitavam a execução deste. Os alunos dessa turma estão cada vez mais familiarizados com as atividades que vem sendo desenvolvidas por Maurício; não tem havido a necessidade de grandes interferências no tocante ao comportamento da turma, pois, os alunos se identificam bastante com as atividades, sendo os contratempos, de certa forma releváveis. Em seguida, Maurício colocou um cd, onde apareciam diversos sons (moto, pássaros, assovio) e em seguida cada aluno identificava o tipo de som mais agudo e grave. Utilizou os termos “grosso e fino” como forma de analogia aos termos grave e agudo respectivamente. As aulas nessa turma sempre parecem mais curtas que as demais; acaba a aula e os alunos ficam ansiosos por mais uma atividade, principalmente as que utilizam instrumentos.
Fomos para a turma do terceiro ano A, onde demos continuidade a uma atividade utilizando copos para marcar o pulso na música “Viva eu, viva tu” com a turma dividida em dois círculos. Eu e o Ricardo ficamos em uma das rodas e Géssica e o Maurício em outra. Primeiro utilizamos apenas um copo, para depois inserir mais um, ficando dois copos em cada roda. Foi bastante complicado trabalhar com essa turma, os alunos estavam bastante desconcentrados, dificultando o desenvolvimento da atividade e a participação dos alunos que estavam mais interessados. Embora essa turma tenha apresentado um comportamento um pouco melhor do que o da semana anterior, não foi o bastante para podermos desenvolver uma atividade que surtisse um efeito abrangente, no que diz respeito a aprendizagem. Conversamos com Maurício após a aula sobre essas questões, e chegamos a algumas conclusões. Notamos que mesmo que uma atividade possa parecer simples, nem sempre devemos colocar expectativas em relação ao desenvolvimento dos alunos, pois, se trata de um processo onde diversos fatores estão envolvidos além da percepção de cada um. Géssica tocou num ponto importante nesse processo, que diz respeito ao nosso entrosamento com a turma, independente do comportamento desta, ou seja, que não devemos esperar uma adequação dos alunos ao nosso ritmo e sim nos adequarmos a eles.
Quando a atividade é muito prazerosa, o tempo passa e agente não percebe...
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