Não choveu! Consegui chegar à escola a tempo de assistir a aula do 1º ano. Maurício estava entrando na sala, me explicou que iria trabalhar com eles a memória musical. A regente de classe ainda estava presente, e perguntou: “como é que a gente faz quando tem visita na classe?”. Prontamente os alunos começaram a cantar “Boa Tarde, Visitante”. Achei tão doce! Depois de mais dois minutos de algazarra, silêncio. Essa turma é muito agitada e mista, alguns alunos vieram do grupo cinco da Santa Barbara; outros de outras escolas, creches. De modo geral não é uma turma difícil, mas tem, como todas as turmas, suas pérolas. A primeira música trabalhada foi a “Loja do Mestre André”, ela é trabalhada associada a gestos corporais (imita que toca um violino, violão etc.). Há também uma preocupação transdisciplinar por parte do educador, todo tempo ele está questionando os alunos: “mas são quantos instrumentos?...”. A segunda musica recordada é “Xique-xique”: Mauricio separa as fileiras como grupos e cria um ritmo com as claves para que os alunos imitem, sucessivamente até a última fila. Pede-me para que crie um ritmo também, timidamente esboço um ritmo bem familiar aos alunos, eles repetem com destreza. A próxima música é “Da Maré”, cantada por todos com mudanças de dinâmica e gestos corporais. Ainda faltam alguns minutos para o fim da aula, os alunos começam a se mostrar mais agitados e pouco interessados no que Maurício fala, ele percebe e, com os objetivos alcançados finda a aula.
A próxima turma é do 3º ano C, ele me explica que vai iniciar um novo jogo com eles. Jogo com copos, cantando “Viva o rabo do tatu”. Dividimos a turma em duas rodas, ele fica numa e eu em outra. No primeiro momento trabalhamos com um único copo passando pela roda, cada criança bate palma contando um numero e passa o copo dizendo passa. Depois sincronizamos as duas rodas (ex.: Uma roda diz: 1-passa, a outra responde: 2-passa... assim sucessivamente). No segundo momento eles não falam nem contam, só batem palma e passam o copo prestando atenção ao andamento. Alguns se mostram muito concentrados e levam a brincadeira a sério, outros nem tanto, mas todos se divertem. Aos poucos vamos colocando mais copos na roda, tornando o jogo mais difícil. O nível de concentração da turma é baixo, no que resulta em várias paradas para recomeçar o jogo. Com um copo pra cada aluno, conseguimos bem de vagar manter o andamento durante alguns segundos, até que tudo vira festa e bagunça novamente. Fim de aula.
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