A minha primeira atividade no programa
aconteceu com uma reunião entre o professor Maurício e os outros colegas presentes.
Após nos apresentar as dependências da escola onde observaremos as aulas, o
professor Maurício nos apresentou o plano de curso da disciplina e seguimos com
uma conversa sobre a profissão, as etapas da sua aula, as dificuldades
encontradas por ele ao longo da sua vida laboral e as alternativas encontradas
para solucioná-las. Ao final nos deixou uma reflexão sobre o que seria ‘’aula
de música’’.
Na escola estava acontecendo um curso para os
professores, por esse motivo, não pudemos observar as aulas na semana passada.
Embora o curso ainda estivesse acontecendo, o professor assumiu a turma do 4° ano cuja professora encontrava-se afastada. Senti-me muito bem
recepcionado pelos pequenos que ao nos verem adentrar a sala, espontaneamente
nos saudaram com um bom dia. Fomos apresentados aos estudantes e a aula foi
iniciada com uma cantiga suave para trazê-los àquele momento. A melodia da canção
foi entoada também com boca chiusa e
com vibrato de língua aquecendo-os para as seguintes atividades que utilizariam
a voz como instrumento. A segunda canção foi sugerida pelos alunos, a música da
preguiça. Em caráter animado, ela estimulava as atividades, o estudo e alguns
alunos batucavam junto demonstrando competência rítmica e naturalidade. Na
canção seguinte: ’’ O que é que está escrito?’’, encontramos na letra um
estímulo à leitura. O professor pediu que as crianças apenas cantassem, sem
batucar, embora alguns insistissem em fazê-lo sem atrapalhar o andamento da
atividade.
Ainda na mesma canção, foram introduzidos
elementos como palmas, batida com o pé, e a pausa, tudo através da notação
musical não convencional onde o ‘’x’’ representava palma, o circulo
representava a batida de pé, e o silêncio foi representado pelo triângulo que
foi sugerido por um dos estudantes. O professor Maurício sabiamente acatou a
sua sugestão o que, segundo a minha visão, fez com que o estudante se sentisse
parte da atividade, foi um dos momentos em que esse aluno mais contribuiu.
Durante essa atividade o professor utilizou um medidor (o símbolo do legal) que
gradativamente ia chegando a sua posição original à medida que ocorria um
avanço na atividade e os parabenizava todas as vezes que a realizavam conforme
o esperado.
Para finalizar, cantaram a composição ‘’Bolacha
de água e sal’’, que exalta as qualidades do biscoito natural ao passo que
sutilmente condena o biscoito recheado, perfumado e sem nutrientes.A aula aconteceu naturalmente com a experiente condução do professor e mesmo que alguns estudantes apresentassem um comportamento inadequado, o que já era esperado, ele tinha para cada um a fórmula para a correção do comportamento sem precisar disputar espaço com eles. Uma coisa ficou clara, e essa informação vale para os colegas que almejam aprofundar-se em gerenciamento de sala como foi citado na reunião na Carmelitana: o dinamismo nas aulas é fundamental para que não se perca o domínio, ou seja, não existiam intervalos entre uma atividade e outra para não causar a dispersão entre eles.
Os traquejos em sala de aula são consequência de um bom período de prática de ensino (não me refiro á disciplina de mesmo nome.Me lembro das sábias palavras do professor Davi (Carmelitana) quando diz que o bom músico não é aquele que toca o tempo inteiro mas sim o que sabe a hora de tocar e de silenciar;e isso é mais ligado à sabedoria que á técnica.Embora não esteja lá mas tenho certeza que este aluno ganhou o dia e se sentiu muito mais útil e tão músico quanto o professor.Ele agora vai estar sempre disposto a aprender.Ganhamos ele!
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