segunda-feira, 16 de abril de 2012

Primeiras impressões


A minha primeira atividade no programa aconteceu com uma reunião entre o professor Maurício e os outros colegas presentes. Após nos apresentar as dependências da escola onde observaremos as aulas, o professor Maurício nos apresentou o plano de curso da disciplina e seguimos com uma conversa sobre a profissão, as etapas da sua aula, as dificuldades encontradas por ele ao longo da sua vida laboral e as alternativas encontradas para solucioná-las. Ao final nos deixou uma reflexão sobre o que seria ‘’aula de música’’.

Na escola estava acontecendo um curso para os professores, por esse motivo, não pudemos observar as aulas na semana passada. Embora o curso ainda estivesse acontecendo, o professor assumiu a turma do 4° ano cuja professora encontrava-se afastada. Senti-me muito bem recepcionado pelos pequenos que ao nos verem adentrar a sala, espontaneamente nos saudaram com um bom dia. Fomos apresentados aos estudantes e a aula foi iniciada com uma cantiga suave para trazê-los àquele momento. A melodia da canção foi entoada também com boca chiusa e com vibrato de língua aquecendo-os para as seguintes atividades que utilizariam a voz como instrumento. A segunda canção foi sugerida pelos alunos, a música da preguiça. Em caráter animado, ela estimulava as atividades, o estudo e alguns alunos batucavam junto demonstrando competência rítmica e naturalidade. Na canção seguinte: ’’ O que é que está escrito?’’, encontramos na letra um estímulo à leitura. O professor pediu que as crianças apenas cantassem, sem batucar, embora alguns insistissem em fazê-lo sem atrapalhar o andamento da atividade.

Ainda na mesma canção, foram introduzidos elementos como palmas, batida com o pé, e a pausa, tudo através da notação musical não convencional onde o ‘’x’’ representava palma, o circulo representava a batida de pé, e o silêncio foi representado pelo triângulo que foi sugerido por um dos estudantes. O professor Maurício sabiamente acatou a sua sugestão o que, segundo a minha visão, fez com que o estudante se sentisse parte da atividade, foi um dos momentos em que esse aluno mais contribuiu. Durante essa atividade o professor utilizou um medidor (o símbolo do legal) que gradativamente ia chegando a sua posição original à medida que ocorria um avanço na atividade e os parabenizava todas as vezes que a realizavam conforme o esperado.
Para finalizar, cantaram a composição ‘’Bolacha de água e sal’’, que exalta as qualidades do biscoito natural ao passo que sutilmente condena o biscoito recheado, perfumado e sem nutrientes.
A aula aconteceu naturalmente com a experiente condução do professor e mesmo que alguns estudantes apresentassem um comportamento inadequado, o que já era esperado, ele tinha para cada um a fórmula para a correção do comportamento sem precisar disputar espaço com eles. Uma coisa ficou clara, e essa informação vale para os colegas que almejam aprofundar-se em gerenciamento de sala como foi citado na reunião na Carmelitana: o dinamismo nas aulas é fundamental para que não se perca o domínio, ou seja, não existiam intervalos entre uma atividade e outra para não causar a dispersão entre eles.

Um comentário:

  1. Os traquejos em sala de aula são consequência de um bom período de prática de ensino (não me refiro á disciplina de mesmo nome.Me lembro das sábias palavras do professor Davi (Carmelitana) quando diz que o bom músico não é aquele que toca o tempo inteiro mas sim o que sabe a hora de tocar e de silenciar;e isso é mais ligado à sabedoria que á técnica.Embora não esteja lá mas tenho certeza que este aluno ganhou o dia e se sentiu muito mais útil e tão músico quanto o professor.Ele agora vai estar sempre disposto a aprender.Ganhamos ele!

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