domingo, 1 de abril de 2012

Perereca no verão

A aula na segunda feira com David foi bem interessante. Como de costume, os meninos cantaram o Hino Nacional e o Pai Nosso antes das aulas começarem. Em seguida, David deu continuidade às atividade com a primeira turma do 5º ano. Eles vão lendo a partitura e cantando o texto que é escrito no quadro. Como eu percebi que os meninos já tinham compreendido a atividade, tomei a liberdade de propor uma outra, só pra que eles brincassem com as figuras rítmicas: cada um ia cantar do jeito que quisesse o texto que estava no quadro. A ideia é que eles utilizassem as durações das figuras que eles tinham aprendido desde a aula passada e improvisassem usando-as. Em relação à atividade, tenho duas observações: a primeira é que os meninos, como esperado, ficam muito tensos quando a palavra “improvisação” é pronunciada. Eles travam de uma forma tão impressionante, que foram precisas algumas tentativas para que eles não cantassem o que estavam cantando desde o início da aula. Ou seja, eles, em princípio, nem sequer consideram a possibilidade de criarem algo em cima do que foi proposto pelo professor. Foram precisas algumas demonstrações minhas, até que uma menina cantou algo diferente. A segunda é que os meninos têm uma musicalidade incrível, enrustida dentro de suas crostas de insegurança. Os improvisos deles variavam em torno dessas células:
Foi só eu fazer um improviso que lembrou um pagode, para um dos meninos soltar essa frase:
Conclusão: a música está lá. E muito bem enraizada. Cabe à nós educadores quebrarmos as barreiras que eles mesmos constroem ao longo da vida. A aula do 3º ano também seguiu na maior tranquilidade. Fiz algumas brincadeiras com os meninos, como se eu não soubesse onde estavam as notas no corpo (desde a aula passada, David definiu a coxa como o dó, os braços cruzados como o ré e o ombro como o mi). Eles ficaram bem empolgados em me mostrar como era o certo. O trabalho está caminhando e está cada dia mais interessante.

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