Essa segunda não foi dia de ver aulas, os alunos da Escola Carmelitana
estavam todos em prova.Quando cheguei, os meninos estavam em fila para irem
para as suas salas e o professor Davi ficava o tempo todo nos corredores
repetindo a mesma frase: "Quero ver todo mundo tirar dez!"
Os meninos pareciam muito motivados a fazer a prova; parece
assim que todos estavam preparados, a pergunta que não quer calar é: Como vão
fazer a avaliação os alunos do ensino
fundamental que não sabem escrever?
Enquanto isso, nossa preocupação com o
projeto "Todo dia é dia de leitura" não foi esquecida, e por isso e muito mais é
que, além dos alunos da Carmelitana, nós professores e alunos do PIBID também
estávamos fazendo um check-up dos conteúdos já ministrados e visualizando o que
será passado daqui em diante. Percebi que quase tudo o que foi planejado foi
transmitido com sucesso (Nossa! Como Davi é disciplinado...).
O chato é que os alunos que vieram de
outras escolas e que não tiveram a mesma chance de aprender o conteúdo dos alunos
antigos terão, infelizmente, que ficar com esta lacuna (a não ser que se esforcem
para entrar no ritmo). Por outro lado, quem permanecer lá, terá desde cedo uma
boa base de iniciação musical o que contribuirá, e muito, para um maior
desenvolvimento de sua sensibilidade, bem como de habilidades que vão além da
prática musical, indo para o cotidiano. Segundo Piaget: A
alfabetização musical propicia uma construção interdisciplinar. A melhora dos
conhecimentos é, assim, vista não como uma acumulação de saberes, mas como uma
complexificação dos mecanismos intelectuais.
Swanwick também afirma que a avaliação deve ser processual e é fundamental observar, não só as
habilidades, mas também o valor dos resultados alcançados pelos alunos. E isso só
é percebido pelo diálogo e pela vivência, exigindo do professor uma atenção
multiplicada por dez, além de ser um bom articulador de críticas. Sem dúvida,
avaliar requer muita sabedoria e, neste ponto, tenho que concordar com a proposta do "NEOPROFESSOR" comentado pelo meu companheiro, Tiago, em um desses relatos que fiz.
O conteúdo, neste caso, se torna apenas uma ferramenta para, na verdade, fazermos
um gráfico do nível de aproveitamento que vai muito além da sala de aula e do
conteúdo.
Nós
do PIBID (E acredito que Davi também) aproveitamos esta oportunidade para ver
se nós como eternos aprendizes de educação musical estamos aproveitando 100% do
nosso potencial na transmissão de valores competências e habilidades para a futura
geração de nosso país ser NOTA 10!!!!
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