Um mesmo formato de aula para as três turmas: 4º , 5º e 3º ano. A
professora Nara fez uma revisão da história do “Baile do menino deus“. Nessa
aula ela usou um livro que além da história, possuía imagens interessantes, o
que tornou o enredo mais saboroso. Cantaram a música “Romã romã“ e deu
seguimento. Dessa vez, o momento da peregrinação de José e Maria (grávida) em
busca de abrigo (tocou a música que contou a história); e as tentativas da
burrinha e do palhaço Matheus para abrir a tal porta. Nesse capítulo gostaria
de frisar a questão da sabedoria popular em forma de rezas, rimas e crendices,
foi o que usaram para abrir a porta.
E o que tinha dentro dela? Descubra no próximo capítulo, disse Nara.
Depois que a professora mostrou as imagens dos instrumentos tocados na música:
Romã romã. Feito isso, já que tínhamos ali alguns instrumentos ao vivo, tocamos
trombone, alfaia, flauta barroca e ovinho (ganzá). Falei um pouco da história
do trombone, que segundo fontes é de origem egípcia – ressaltei que Egito é um
pais do continente Africano; família dos metais. Toquei trechos de solo de
samba de roda (composto por Fred Dantas) – os alunos acompanharam com palma. Depois
nós bolsistas fizemos uma apresentação em conjunto, Lizandra na flauta barroca
e Rafael na percussão. Tocamos a música: Aquarela, de Toquinho.
Houve um pouco de dispersão na aula.
No 5º e 3º ano, cantamos a música: “a aula vai começar“ (Musicalização
Infantil - UFBA) os alunos acompanharam com palmas.
Quando a dispersão insiste, a professora Nara continua a história e
direciona para os “dispersantes“. Nara tem sido uma boa contadora de história,
fez com a voz onomatopéias e pausas dramática durante. Mas apesar da aula ter
sido boa, as vezes a dispersão insistia.
No 5º ano, vi que tinha alunos muito grandes em relação à maioria, eles ficavam em conjunto e em alguns momentos da aula, tive a impressão deles estarem achando a aula chata. Digo, boa parte das dispersões vieram deles, talvez queriam aparecer de alguma forma. Talvez precisamos criar estratégias para as diferenças de idade, se já criamos, precisamos criar mais.
A respeito da dispersão, fiz essa observação em meu relato desta semana e acho que podemos experimentar formas de condução da aula de modo que os alunos se sintam mais necessários. Acredito que eles dispersem por estarem sempre sendo ensinados e nunca ensinando algo. Talvez fazer mais trabalhos em pequenos grupos ou em duplas e trabalhar sempre com processos criativos. Sinto falta disso muitas vezes! Fazer com que as crianças criem, pois quando criam elas são forçadas a pensar no que estão fazendo e, sem perceber, poem em prática o que lhes foi ensinado.
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