Assumir, combinar, moldar-se (adaptar-se)...
Um dia antes da aula encontrei Nara na escola de musica da UFBA e soube
que iríamos assumir a aula nesse dia. Rafael acolheu os alunos com a dinâmica
do morto / vivo e contemplou também alguns alunos como regentes da brincadeira.
Houve um momento em que mal dava para ouvir os comandos do regente, devido a
algazarra que reinava. Sendo assim, tentei sensibilizá-los quanto a saúde vocal
de nos professores. Reportei aos alunos que na aula passada sai com a voz
lesionada, acho que precisei falar um pouco mais alto para ser ouvido. Sabendo
que ficaremos juntos pelo menos ate o final do ano. Propus a construção de
algumas regras, portanto lancei a pergunta:
- O que vocês acham que não pode acontecer em uma
aula de musica?
Alguns responderam: baderna, xingamentos, entre outros e quando estavam
todos falando ao mesmo tempo, sugeri que deveria falar um de cada vez.
Chegamos a conclusão que:
1- Não devemos falar todos ao mesmo tempo;
2- Somente o professor pede silencio; - pois se
todos pedem, não haverá silencio.
Pois e... chegamos ao final da aula, confesso que fiz o papel de chato,
falei isso para eles. Lizandra tocou a musica acalanto, e repentinamente, todos
silenciaram e relaxaram.
No 5º ano, o morto/ vivo ficou mais morto do que vivo, pois alguns
alunos não se permitiram a fazer a brincadeira. Alguns ficaram sentados na
cadeira, e outros saíram da sala. Falamos um pouco das tais regras, e em
seguida fizemos um pouco dos jogos de copos: bate copo e escravos de jo. As
atividades foram proveitosas cinquenta por cento.
Nara chegou e viu o estado em que se encontrava aula, mostrou-se
decepcionada com os alunos, principalmente com os que fazem papel principal no
musical. Depois disso relaxamos um pouco ao som da musica acalanto,
interpretada ao vivo por Lizandra Aquino.
Na ultima aula Nara deu seguimento a historia, onde o personagem: anjo
bom, que ajudou a Matheus encontrar a casa que havia sumido. Durante a
narração, havia três alunos que passaram boa parte da aula, rindo, fazendo
palhaçada, naquele momento, não parecia ser propicio a risos, mais estes alunos
insistiram por um bom tempo da aula. Lembrei que eu também fazia isso, não sei
por que, talvez por que queria chamar atenção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário