segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Teoria lúdica, prática consciente:



Nesta semana aprendi lições muito importantes na escola Xavier Marques. Isso porque sempre encarei as aulas de teoria musical como a parte mais chata de aprender em música e, consequentemente, os alunos que aprenderam teoria comigo até hoje tem certa resistência; entretanto o professor Ednaldo me ensinou nesta quinta feira como ensinar de uma maneira muito interessante sobre pulso ritmo e, consequentemente compassos.  Ao receber a turma ele separou meninos e meninas (acredito que isso foi pela quantidade ser quase igual) e colocaram as duas fileiras em um lado da sala, enquanto que do outro tinha vária cadeiras, cada uma com um instrumento de percussão.
Dividido os grupos, cada equipe teria uma oportunidade de tocar os instrumentos obedecendo a uma escrita no quadro que consistia em quadrinhos aglomerados em pequenos grupos em igual quantidade; na verdade esses quadrinhos significavam o tempo e as aglomerações eram na verdade os compassos. Depois  também houve marcação de som e silêncio entre os quadradinhos.
Além de tocar os instrumentos, o que foi mais estimulante, sem dúvida foi a competição que existiu entre meninos e meninas, principalmente porque a”brincadeira” passou a ser coisa séria! Quando algum menino abusava, o professor tirava pontos da equipe e isso fazia com que o grupo repreendesse quem era indisciplinado, criando assim uma consciência coletiva. O leitor precisava ver a vibração dos integrantes do grupo das meninas, por estar ganhando, como tinham entusiasmo!
Nossa! Como ele foi genial! Assim realmente o aluno entende que a semínima não “vale 1” Coisa que muitas vezes fiz quando comecei a dar aula.
Na aula de canto coral, a turma estava meio vazia, isso ocorreu porque o professor Ednaldo tirou muitos meninos que estavam  atrapalhando por conta do comportamento, ele me explicou que alguns por conta disso já tomaram consciência e por isso retornaram com o comportamento bem melhor; também vi a atitude dele quando alguns alunos, que não gostavam de ser chamados a atenção e ficavam amuados, ele ignorava e assim o aluno voltava a participar da aula de novo: “às vezes eles fazem a mesma coisa em casa, só que aqui a reação é diferente”.
Acredito que a realidade nua e crua, não seja algo distante das crianças da escola Xavier Marques, mas  acredito que na escola esse treinamento para a vida seja muito mais inteligente criativo e sobretudo, lúdico como toda criança merece!

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