Nesta semana
aprendi lições muito importantes na escola Xavier Marques. Isso porque sempre
encarei as aulas de teoria musical como a parte mais chata de aprender em
música e, consequentemente, os alunos que aprenderam teoria comigo até hoje tem
certa resistência; entretanto o professor Ednaldo me ensinou nesta quinta feira
como ensinar de uma maneira muito interessante sobre pulso ritmo e, consequentemente
compassos. Ao receber a turma ele
separou meninos e meninas (acredito que isso foi pela quantidade ser quase
igual) e colocaram as duas fileiras em um lado da sala, enquanto que do outro tinha
vária cadeiras, cada uma com um instrumento de percussão.
Dividido os grupos,
cada equipe teria uma oportunidade de tocar os instrumentos obedecendo a uma
escrita no quadro que consistia em quadrinhos aglomerados em pequenos grupos em
igual quantidade; na verdade esses quadrinhos significavam o tempo e as
aglomerações eram na verdade os compassos. Depois também houve marcação de som e silêncio entre
os quadradinhos.
Além de tocar os
instrumentos, o que foi mais estimulante, sem dúvida foi a competição que
existiu entre meninos e meninas, principalmente porque a”brincadeira” passou a
ser coisa séria! Quando algum menino abusava, o professor tirava pontos da
equipe e isso fazia com que o grupo repreendesse quem era indisciplinado,
criando assim uma consciência coletiva. O leitor precisava ver a vibração dos
integrantes do grupo das meninas, por estar ganhando, como tinham entusiasmo!
Nossa! Como ele
foi genial! Assim realmente o aluno entende que a semínima não “vale 1” Coisa
que muitas vezes fiz quando comecei a dar aula.
Na aula de canto
coral, a turma estava meio vazia, isso ocorreu porque o professor Ednaldo tirou
muitos meninos que estavam atrapalhando
por conta do comportamento, ele me explicou que alguns por conta disso já
tomaram consciência e por isso retornaram com o comportamento bem melhor;
também vi a atitude dele quando alguns alunos, que não gostavam de ser chamados
a atenção e ficavam amuados, ele ignorava e assim o aluno voltava a participar
da aula de novo: “às vezes eles fazem a mesma coisa em casa, só que aqui a
reação é diferente”.
Acredito que a
realidade nua e crua, não seja algo distante das crianças da escola Xavier Marques,
mas acredito que na escola esse
treinamento para a vida seja muito mais inteligente criativo e sobretudo,
lúdico como toda criança merece!
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