A última terça-feira, dia 21 de agosto,
foi o dia do "nosso" primeiro contato com a Escola Xavier Marques -
digo "nosso" pois também compartilhou dessa primeira experiência o
colega Alberto, o Beto. A escola fica localizada no bairro do Bom Juá.
Chegamos à Escola pouco antes da aula, marcada para as 8h,
começar. Encontramos o nosso supervisor, o professor Ednardo, que chegara pouco
depois de nós, e tivemos um certo tempo de esperar os alunos em sala e
acompanhar-la desde o início. Tinhamos 3 aulas para serem observadas: duas de
"música", com turmas do 3º e 4º anos, e outra turma de coral, formada
pelos alunos que estudavam na Escola durante o turno vespertino.
A primeira turma, do 4º ano, formada por alunos com idade entre 9
e 12 anos, se mostrou tranquila desde o início da aula. Lógico, haviam alguns
alunos mais dispersos, mas que não atrapalharam o andamento da aula. Assim que
todos os alunos se acomodaram, o professor nos apresentou. Logo após,
dividiu-os em 3 grupos, cada um com uma média de 8 alunos. Pediu para o
primeiro grupo se levantar, e que os alunos ficassem em duas fileiras de quatro
alunos, uma de frente para outra. Começou a ensiná-los uma brincadeira: os
alunos deviam bater palmas – aqui, palma com palma, os alunos, um de frente pro
outro, deveriam unir suas palmas - pés, e cantar a palavra “pipoca”, de forma
ritmada. Assim que aprenderam a primeira parte da brincadeira, que consistia
apenas em cantar, bater palmas e pés de forma alternada, o professor indicou que
ao invés de bater os pés os alunos deviam caminhar para o lado, fazendo com que
as duas fileiras, formando um retângulo, se movimentassem de forma circular.
Assim que os alunos do primeiro grupo aprenderam a brincadeira, o professor os
pediu para sentar e chamou os alunos do segundo grupo, repetindo os passos,
ensinando para eles a brincadeira, que aprenderam rapidamente, por já terem visto
o primeiro grupo atuando. Assim foi também com o terceiro grupo. Por fim, o
professor colocou a música Pipoca, do
grupo Palavra Cantada.
A segunda turma, do 3º ano, se mostrou,
desde o início, um pouco mais agitada. Pouco antes dos alunos entrarem na sala,
o professor foi chamado para a diretoria, a fim de assinar uns papéis, se me
lembro bem, pedindo que ficássemos, Alberto e eu, a cargo de passar a
brincadeira para os alunos. Assim que os alunos entraram, o professor nos
apresentou e informou que precisaria sair, pediu que os alunos se comportassem,
e os dividiu em três grupos. Não posso não afirmar que Alberto e eu nos
olhamos, e o pensamento que nos passou pela cabeça vocês devem imaginar. Conseguimos,
no entanto, repetir os passos do professor: grupo a grupo, fomos passando a
brincadeira. Como dissera, a turma era um tanto mais agitada, fato que quase
nos levou a voz. Percebi no entanto, que desde o princípio os alunos nos
respeitaram como professores, atendendo a nossos pedidos de silêncio, quando os
fazíamos de forma mais incisiva. O professor Ednaldo retornou a sala enquanto estávamos
ensinando a brincadeira ao terceiro e retomou o andamento da aula. Por fim, fez
a brincadeira com a música do Palavra
Cantada sendo tocada, alternando os grupos.
Os alunos da última turma, foram chegando
aos poucos, fazendo com que o início da aula atrasasse um tanto. À princípio, o
professor fez um trabalho de relaxamento e alongamento com os alunos. Logo após,
o professor pediu que os alunos fizessem um círculo e começou uma brincadeira
com os alunos marchando e batendo palmas. Terminada essa brincadeira, começaram
a ensaiar algumas músicas que preparavam para uma apresentação da escola. Essa
tarefa tomou a maior parte do tempo da aula, os alunos cantando e dançando as
músicas que deveriam ser apresentadas. Antes de terminar a aula, o professor relembrou
junto aos alunos uma música que eles começaram a aprender na aula anterior. O
andamento dessa aula foi tranqüilo.
Vale ressaltar que o professor Ednaldo
parece conhecer bastante seus alunos, suas dificuldades e temperamentos.
Demonstra bastante autoridade sobre eles, mas sem soar agressivo. Percebesse
também que os alunos o respeitam e são afetuosos com o professor – alguns mais,
outros menos.
Antes que nos fossemos embora da escola,
conversamos bastante com o professor sobre a comunidade, sobre a escola e,
sobretudo, acerca de um problema que a escola enfrenta: o acúmulo de lixo num de
seus muros, próximo ao portão de entrada do estacionamento dos professores. O
professor afirmou que há mais de 3 meses não houve coleta do lixo, o que fez
com que o lixo acumulado formasse um amontoado de quase um metro de altura.
Nesse dia, no entanto, a coleta estava sendo feita, o que fez com um malcheiro
se espalhasse por toda a escola durante a manhã. O professor ainda versou sobre
a dificuldade de fazer com que a coleta fosse feita regularmente e que pessoas
da própria comunidade jogavam lixo e entulho ali, de qualquer maneira.
Esse primeiro contato possibilitou uma
série de reflexões que certamente se seguirão e que espero poder expor aqui no
blog à medida que caminhamos.
Olá Zé Luis,
ResponderExcluirNão se acostume a esta tranquilidade. Tivemos um dia atípico. rs. No dia de ontem, por exemplo, com Paola e Abraão, foi tb um dia atípico ao extremo oposto do que vcs tiveram a oportunidade de partilhar. Espero que consigamos desenvolver um bom trabalho.