sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Contato imediato de 1º grau


A última terça-feira, dia 21 de agosto, foi o dia do "nosso" primeiro contato com a Escola Xavier Marques - digo "nosso" pois também compartilhou dessa primeira experiência o colega Alberto, o Beto. A escola fica localizada no bairro do Bom Juá.
Chegamos à Escola pouco antes da aula, marcada para as 8h, começar. Encontramos o nosso supervisor, o professor Ednardo, que chegara pouco depois de nós, e tivemos um certo tempo de esperar os alunos em sala e acompanhar-la desde o início. Tinhamos 3 aulas para serem observadas: duas de "música", com turmas do 3º e 4º anos, e outra turma de coral, formada pelos alunos que estudavam na Escola durante o turno vespertino.
A primeira turma, do 4º ano, formada por alunos com idade entre 9 e 12 anos, se mostrou tranquila desde o início da aula. Lógico, haviam alguns alunos mais dispersos, mas que não atrapalharam o andamento da aula. Assim que todos os alunos se acomodaram, o professor nos apresentou. Logo após, dividiu-os em 3 grupos, cada um com uma média de 8 alunos. Pediu para o primeiro grupo se levantar, e que os alunos ficassem em duas fileiras de quatro alunos, uma de frente para outra. Começou a ensiná-los uma brincadeira: os alunos deviam bater palmas – aqui, palma com palma, os alunos, um de frente pro outro, deveriam unir suas palmas - pés, e cantar a palavra “pipoca”, de forma ritmada. Assim que aprenderam a primeira parte da brincadeira, que consistia apenas em cantar, bater palmas e pés de forma alternada, o professor indicou que ao invés de bater os pés os alunos deviam caminhar para o lado, fazendo com que as duas fileiras, formando um retângulo, se movimentassem de forma circular. Assim que os alunos do primeiro grupo aprenderam a brincadeira, o professor os pediu para sentar e chamou os alunos do segundo grupo, repetindo os passos, ensinando para eles a brincadeira, que aprenderam rapidamente, por já terem visto o primeiro grupo atuando. Assim foi também com o terceiro grupo. Por fim, o professor colocou a música Pipoca, do grupo Palavra Cantada.
A segunda turma, do 3º ano, se mostrou, desde o início, um pouco mais agitada. Pouco antes dos alunos entrarem na sala, o professor foi chamado para a diretoria, a fim de assinar uns papéis, se me lembro bem, pedindo que ficássemos, Alberto e eu, a cargo de passar a brincadeira para os alunos. Assim que os alunos entraram, o professor nos apresentou e informou que precisaria sair, pediu que os alunos se comportassem, e os dividiu em três grupos. Não posso não afirmar que Alberto e eu nos olhamos, e o pensamento que nos passou pela cabeça vocês devem imaginar. Conseguimos, no entanto, repetir os passos do professor: grupo a grupo, fomos passando a brincadeira. Como dissera, a turma era um tanto mais agitada, fato que quase nos levou a voz. Percebi no entanto, que desde o princípio os alunos nos respeitaram como professores, atendendo a nossos pedidos de silêncio, quando os fazíamos de forma mais incisiva. O professor Ednaldo retornou a sala enquanto estávamos ensinando a brincadeira ao terceiro e retomou o andamento da aula. Por fim, fez a brincadeira com a música do Palavra Cantada sendo tocada, alternando os grupos.
Os alunos da última turma, foram chegando aos poucos, fazendo com que o início da aula atrasasse um tanto. À princípio, o professor fez um trabalho de relaxamento e alongamento com os alunos. Logo após, o professor pediu que os alunos fizessem um círculo e começou uma brincadeira com os alunos marchando e batendo palmas. Terminada essa brincadeira, começaram a ensaiar algumas músicas que preparavam para uma apresentação da escola. Essa tarefa tomou a maior parte do tempo da aula, os alunos cantando e dançando as músicas que deveriam ser apresentadas. Antes de terminar a aula, o professor relembrou junto aos alunos uma música que eles começaram a aprender na aula anterior. O andamento dessa aula foi tranqüilo.
Vale ressaltar que o professor Ednaldo parece conhecer bastante seus alunos, suas dificuldades e temperamentos. Demonstra bastante autoridade sobre eles, mas sem soar agressivo. Percebesse também que os alunos o respeitam e são afetuosos com o professor – alguns mais, outros menos.
Antes que nos fossemos embora da escola, conversamos bastante com o professor sobre a comunidade, sobre a escola e, sobretudo, acerca de um problema que a escola enfrenta: o acúmulo de lixo num de seus muros, próximo ao portão de entrada do estacionamento dos professores. O professor afirmou que há mais de 3 meses não houve coleta do lixo, o que fez com que o lixo acumulado formasse um amontoado de quase um metro de altura. Nesse dia, no entanto, a coleta estava sendo feita, o que fez com um malcheiro se espalhasse por toda a escola durante a manhã. O professor ainda versou sobre a dificuldade de fazer com que a coleta fosse feita regularmente e que pessoas da própria comunidade jogavam lixo e entulho ali, de qualquer maneira.
Esse primeiro contato possibilitou uma série de reflexões que certamente se seguirão e que espero poder expor aqui no blog à medida que caminhamos.

Um comentário:

  1. Olá Zé Luis,
    Não se acostume a esta tranquilidade. Tivemos um dia atípico. rs. No dia de ontem, por exemplo, com Paola e Abraão, foi tb um dia atípico ao extremo oposto do que vcs tiveram a oportunidade de partilhar. Espero que consigamos desenvolver um bom trabalho.

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